LA VITA NELLA MAFIA - Salvazione

CAPÍTULO 5

“Apague todas as memórias ruins. Segure as mãos um do outro e sorria”.

A tarde estava com um clima ótimo, o vento agradável, nem muito quente.
Era estranho para essa época do ano, tudo estava compactuando para um dia agradável.

Me pego lembrando da visita da noiva... Ex-noiva do Pietro.
Ainda estava abismada pela audácia dessa Elizabeth de vir aqui. Não sei o que ela acha que eu fiz, sua raiva era imensa pela manhã, isso porque ainda nem foi anunciado para a famiglia o meu casamento, deveria triplicar sua fúria quando isso acontecesse.
Sabia que teria problemas com ela, principalmente se Pietro mantivesse a relação com a mesma.
Imagina, de noiva a amante.
Desceu bem as escadas da hierarquia.

Tudo estava acontecendo rápido, faltavam menos de 24 horas para o meu casamento.
Era muito maluco pensar que isso aconteceria, que agora eu estava grávida e que me casaria com uma pessoa que só conheço de vista.

Enquanto aguardava Leonard aparecer, me perco em meus pensamentos, pensando em muitas possibilidades de como seria na casa do Louis.
Eles não encontrão uma pretendente a tempo para me substituir, só se a família dela estiver tão desesperada como a minha, fazendo a família D'amico sair perdendo com o cancelamento do noivado que mal começou.

Tinha que esperar todas as reações vindo de Louis, se quando ele me viu pela primeira vez me deu um tapa, imagina quando se sentir ridicularizado por tudo que aconteceu e receber um não no final.

— Você vai falar com Louis? — Minha mãe, que estranhamente estava mais carinhosa, até me ofereceu um pedaço de torta, se sentando ao meu lado. — Sabe que só você pode anular o casamento.

— Sim, estou esperando Leonard — falo, enquanto comia rápido. — Antes que pergunte, é uma pessoa próxima ao Pietro que vai me acompanhar.

Ela me olha, limpando as migalhas que caíam do meu prato, não muito contente com minha etiqueta.
Ajeito a postura, comendo mais devagar agora.

— Você trata o senhor Pietro muito informalmente — me oferece o copo de suco ao seu lado. — Ele ainda não é o seu marido, tenha mais respeito para não ser repreendida — ela sempre teve muito medo de que eu fosse punida por esses detalhes pequenos, logo a culparia pela minha péssima educação.

Tudo aqui era muito fingido e forçado, uma educação extrema, uma falsidade ainda maior, te enganam com uma ilusão de que se importam, mas só querem tirar proveito do que você tem a oferecer, se não tiver, até sua respiração incomoda.

— Ele não se incomoda, não disse nada a respeito da forma que falo com ele — Pietro falaria se me quisesse o chamando de senhor ou mais formalmente. — Pode ter certeza pelo pouco que o conheço, se isso o incomodasse, ele teria informado.

— Aproveite que finalmente seu pai está de bem com você, tente algo... — A interrompi, agora mais ciente dessa sua gentileza.

Lhe entrego o prato, me reprendendo por deixá-la entrar mais uma vez na minha vida.

— Mil perdões, mas eu não sou a senhora — fico de pé. — Não vou aproveitar os únicos e poucos segundos de carinho que ele está tendo comigo, ignorando uma vida inteira de desgosto vindo da parte dele. Eu não esqueci, mãe. Eu entendo que a senhora queira que minha relação com ele seja boa para que você não tenha problemas, mas quando a sua ficha cair que aquele homem não é o cara com que a senhora se apaixonou na adolescência, vai entender todo sentimento ruim que sinto por ele.

Ela fica em silêncio, não me respondendo.
Ela era totalmente dependente dele, casou sem a benção dos meus avós, só está com ele porque não quer mostrar a nossa família que está em um casamento fracassado.