Carol estava em pé na sala, com o coração pulsando forte e a cabeça cheia de pensamentos confusos. O dia anterior havia sido um verdadeiro turbilhão. A irritação que sentia por Ricardo ainda ecoava em sua mente. Ela sabia que Pri não a procuraria naquela noite, e isso a deixava ainda mais inquieta.
Na manhã seguinte, enquanto se arrumava, Carol ouviu vozes vindas do jardim. Curiosa, mas relutante, se aproximou da janela. Ao olhar para fora, seu estômago se revirou ao ver Pri conversando animadamente com um garoto que parecia estar todo "saidinho" para cima dela. Ele se inclinou para sussurrar algo em seu ouvido e, em seguida, lhe entregou um papel. Carol não teve dúvidas: era o número de telefone dele. A fúria tomou conta de Carol como uma tempestade.
Tomou um banho rápido, mas mesmo assim não conseguiu se livrar da sensação de raiva. Vestiu-se sem ânimo e desceu para a cozinha, onde Ben estava assistindo TV. Tentou manter uma conversa normal com ele, mas sua mente estava longe. Pri entrou na cozinha com um sorriso radiante que só a deixou ainda mais irritada. “Talvez ela esteja feliz por causa daquela conversa com o amiguinho”, pensou.
Durante a tarde, Carol não conseguiu se concentrar em nada. As reuniões que tinha agendadas pareciam insignificantes diante da imagem de Pri e do garoto dançando em sua mente. Desesperada por respostas e consumida pela inveja, decidiu desmarcar tudo. Ela precisava confrontar Pri.
Quando chegou em casa mais cedo do que o esperado, encontrou Pri na sala, surpresa ao vê-la ali. O clima estava tenso desde o início.
“O que aquele cara queria com você?” Carol perguntou, a voz firme e séria.
“Do que você está falando?” Pri respondeu confusa.
“O que aquele cara no jardim queria?” Carol insistiu.
“Era um velho amigo; ele deu o número dele para conversarmos”, disse Pri com uma tranquilidade que apenas aumentava a irritação de Carol.
“É claro! Eu já devia imaginar”, disparou Carol, sentindo o ciúme subir como uma onda avassaladora.
“Não se aproxime dele!” ordenou Carol, agora com um tom autoritário.
“Se eu quiser falar com ele, eu falo”, Pri respondeu desafiadora.
“Você está tentando me tirar do sério né?” Carol perguntou, nervosa e inquieta.
Nesse momento, sem pensar muito nas consequências, puxou Pri para perto dela, segurando sua cintura de forma possessiva. “Você está muito esquentadinha, chefe!” Pri provocou com um sorriso maroto nos lábios.
A respiração de Carol ficou ofegante enquanto tentava formular uma resposta coerente. “Ca…” começou Pri antes de ser interrompida por Carol.
“Shiuu!” disse Carol suavemente enquanto seus olhares se encontravam intensamente. A mão de Carol deslizou pela nuca de Pri e antes que percebessem estava beijando-a com desejo desesperado. O beijo as conduziu até a mesa da cozinha; tudo ao redor parecia desaparecer naquele instante eletrizante.
“Por favor, não me afaste…” disse Carol em um sussurro vulnerável.
“Vamos parar com isso; não quero ser só um caso para você. Isso foi coisa do momento”, respondeu Pri olhando nos olhos de Carol com firmeza.
“Pri, você não é só um caso para mim; nunca foi!” disse Carol desesperada enquanto se aproximava mais ainda.
“A partir de hoje só vamos conversar se for algo relacionado ao seu filho Ben”, Pri tentou manter-se firme, mas havia uma hesitação em sua voz.
Carol ficou em silêncio por alguns instantes, absorvendo aquelas palavras como um soco no estômago. “Senhora Silva…” Pri continuou, mas foi interrompida pela expressão arrogante de Carol.
“Tudo bem; se é o que você quer!” disfarçou Carol tentando esconder a frustração que transbordava dentro dela.
O clima entre elas estava carregado de emoções não ditas e promessas quebradas. Ambas sabiam que aquela conversa era apenas o começo de algo muito mais complicado do que poderiam imaginar.
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A babá que mudou tudo
RomansCarol é uma CEO empresária, dona da empresa mais conhecida da cidade,tem um filho chamado Ben de 4 anos,Carol tenta achar várias babás, mas nenhuma delas consegue ficar 24 horas com o pequeno Ben. Até que um dia aparece Priscila uma mulher gentil,e...