Como fui estúpida em acreditar em você, Marcelo! Nunca deveria ter aceito aquele jantar!" Carol exclamou, batendo a mão na mesa com força, fazendo os copos que haviam lá se quebrar. Seu rosto estava vermelho de frustração e raiva.
Marcelo, com um sorriso debochado nos lábios, apenas inclinou-se para frente, como se estivesse se divertindo com a situação. "Calma, gatinha! Já está se punindo? A gente fez um amor tão gostoso!" Ele piscou para ela, a mentira escorrendo de sua boca como um veneno doce.
"Divertir? Você acha que isso é divertido?" Carol respondeu, sua voz tremendo. Ela se levantou da mesa, indignada. "Você não entende que isso não é um jogo!"
Marcelo recuou levemente, mas a expressão em seu rosto permaneceu sombria. "Vamos nos divertir muito ainda," ele disse com uma voz baixa e ameaçadora. O olhar em seus olhos fez o estômago de Carol revirar; ela engoliu seco, sentindo um frio na espinha ao perceber do que ele era capaz.
Enquanto isso, Pri estava na casa delas, sentindo uma estranha inquietação. Um aperto dolorido se formava em seu peito, como se estivesse tentando avisá-la de que algo ruim estava prestes a acontecer. Ela confiava em Carol e sabia que ela tinha algo a explicar sobre aquele jantar e o beijo que havia visto entre ela e Marcelo. Mas suas esperanças foram despedaçadas quando encontrou um envelope na mesa.
Com as mãos trêmulas, Pri abriu o envelope e suas lágrimas começaram a escorrer ao ver as fotos de Carol e Marcelo dormindo juntos na cama. O mundo dela virou de cabeça para baixo; cada imagem era como uma facada no coração. Ela começou a chorar descontroladamente.
Depois de conseguir escapar das garras de Marcelo e deixá-lo trancado no quarto do hotel, Carol dirigiu-se para casa ansiosa para ver Pri e Ben. Ela precisava explicar tudo e resolver essa confusão.
Ao abrir a porta de casa, no entanto, o que encontrou foi devastador: Pri estava chorando no chão da sala, cercada por fotos espalhadas por todo lado. Carol parou abruptamente, o coração disparando em desespero.
"Pri... eu..." Carol tentou falar, mas nenhuma palavra saiu. O nó na garganta era insuportável.
Pri levantou o olhar choroso para ela, um misto de dor e traição em seus olhos. "Não se aproxime," ela pediu entre soluços e subiu as escadas rapidamente para seu quarto, deixando Carol sozinha no meio da sala.
Carol ficou paralisada por um momento, o peso da culpa esmagando-a enquanto as lágrimas começavam a escorregar pelo seu rosto. A dor da perda do amor era mais intensa do que qualquer ferida física que pudesse ter recebido naquele jantar desastroso com Marcelo. Ela sabia que precisaria lutar para reconquistar a confiança de Pri — se ainda houvesse uma chance para isso.
A luz da manhã entrava pela janela, iluminando a cozinha, mas o clima estava pesado. Ben, estava sentado à mesa, mexendo distraidamente em seu cereal. Ele observava a mãe, Carol, que parecia distante, com os olhos perdidos em algum lugar longe dali.
Ben: "Mãe, você tá bem? Você parece… triste."
Carol olhou para o filho e forçou um sorriso.
Carol: "Ah, meu amor, estou só cansada. Muitas coisas na cabeça."
Ben fez uma careta de preocupação. Ele sabia que aquela não era a resposta que queria ouvir.
Ben: "Quer que eu faça algo? Posso ajudar com alguma coisa?"
Ela balançou a cabeça.
Carol: "Não precisa se preocupar com isso. Está tudo bem."
Inconformado, Ben se levantou e decidiu procurar Pri. Ele sabia que Pri tinha sempre um jeito especial de animar as pessoas.
Ben:"Pri! Você pode me ajudar com algo?"
Pri estava organizando alguns papéis na mesa e levantou os olhos para Ben. Havia um brilho triste em seu olhar.
Pri:"Oi, Ben! O que você precisa?"
Ben:"Minha mãe está triste. Você pode tentar animá-la?"
Pri hesitou por um momento e então suspirou.
Pri: "Olha, Ben… pode ser que seja algo do trabalho. Ela deve estar cheia de tensão. Às vezes é difícil lidar com isso."
Ben franziu a testa, mas ele tinha fé que Pri ajudasse a animar sua mãe.
Carol entrou na cozinha com uma expressão séria. Ela olhou para Pri, que estava sentada à mesa com um café na mão. Carol tentou iniciar uma conversa.
Carol: "Oi, Pri! Como você está hoje?"
Pri não olhou para Carol e continuou mexendo no celular.
Pri: "Hmm… tudo certo."
Carol sentiu um nó no estômago ao perceber o desdém de Pri e decidiu ignorar a frustração por enquanto. Ela se aproximou de Ben e começou a enchê-lo de beijos.
Carol: "Bom dia, meu amor! Pronto para mais um dia na escola? Vou te deixar lá!"
Ela lançou um olhar rápido para Pri, mas não obteve resposta. Pri continuava focada no celular como se Carol não estivesse ali.
Enquanto dirigia em direção à escola, Carol tentou puxar conversa novamente.
Carol: “Estou começando a expandir a empresa, quando isso acontecer vou ter mais tempo de ficar em casa. Isso não é ótimo?”
Pri ainda não olhou para Carol e respondeu com um tom monótono:
Pri:“Hum… sim.”
O clima estava tenso e Carol sentiu seu coração apertar. Ela suspirou profundamente e decidiu mudar de assunto para tentar se animar ao lado de Ben.
Carol:“Ben, você viu as fotos da nossa viagem ano passado? Eu estava pensando em mostrar pra você!”
Ben sorriu timidamente.
Ben: “Claro! Eu adorei aqueles dias!”
Finalmente chegaram à escola de Ben. Ele se despediu da mãe com um abraço apertado.
Ben: “Te vejo mais tarde, mãe! Fica bem!”
Carol sorriu para ele enquanto ele saía do carro e acenava antes de entrar na escola. Assim que ele desapareceu pela porta da frente da escola, ela virou-se para Pri com uma expressão decidida.
Carol: “Pri… eu preciso falar com você.”
Pri hesitou por um momento antes de responder.
Pri: “Claro chefe.”
Mas o tom dela era frio e distante; ela ainda não havia olhado diretamente para Carol. O silêncio entre elas era quase palpável enquanto seguiam em direção à empresa.
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A babá que mudou tudo
RomansaCarol é uma CEO empresária, dona da empresa mais conhecida da cidade,tem um filho chamado Ben de 4 anos,Carol tenta achar várias babás, mas nenhuma delas consegue ficar 24 horas com o pequeno Ben. Até que um dia aparece Priscila uma mulher gentil,e...