Capítulo 12

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"Você tem certeza, Gee?", digitou Frank em resposta à proposta de ele se juntar à família Way para o jantar na sexta-feira na casa de Gerard.

"É claro. Eu te espero aqui às 19h, sem atrasos!", respondeu o ator.

Obviamente Gerard levou praticamente a semana inteira para convidar Frank, que por sorte, tinha uma agenda bem livre, com muito pouco (ou quase nada) para fazer. Parecia que nunca era a hora certa de mandar esta mensagem específica. Como ele poderia encaixá-la em meio a outro assunto? Do nada?

"Ok. Levo algo?"

"Não precisa", Gerard respondeu, mas a resposta não era exatamente o que Frank queria ouvir. Ele esperava por um norte, algo que ele pudesse se apoiar para, quem sabe, ganhar a confiança da cria e do melhor amigo de Way.

No passado, Frank tinha uma vida agitada, com muitas pessoas entrando e saindo, mas fazia anos que não lidava com alguém da idade de Ban. Ele não fazia ideia do que ele poderia gostar ou de como agradá-lo. E claro, ele já estava em desvantagem graças à maneira como Gerard tinha conduzido tudo.

Ah, e claro, não era só isso. Eles não faziam ideia de quem Frank realmente era, além de ser o namorado de Gerard. Não podiam nem imaginar que ele era um ex-mafioso, tentando levar uma vida pacífica.

Gerard passou o dia mandando mensagens de afirmação: tenho certeza que Ray e você vão se amar. Tenho certeza que Ban vai querer saber tudo sobre suas tatuagens, etc, mas nada disso bastava para acalmá-lo.

Frank vestiu sua melhor roupa, tentando equilibrar a aparência entre ser "muito Frank" e "não tanto Tony". Passou em uma floricultura e comprou uma pequena monstera deliciosa antes de enfrentar o trânsito caótico. Mesmo assim, acabou chegando alguns minutos atrasado.

"Desculpa o atraso", disse assim que Gerard abriu a porta. Ele não sabia como agir, então seguiu o que Gerard ia propondo. Retribuiu ao beijo breve que recebeu nos lábios.

"Tudo bem, pelo menos você chegou", disse abraçando-o.

Fazia tanto tempo que Frank não se sentia tão nervoso que podia sentir o suor começando a escorrer pela testa. Ele nunca tinha sido bom com famílias e menos ainda com situações tão cotidianas e cheias de nuances. Quando as coisas eram claras, preto no branco, ele podia se sair bem. Sabia o que era justo, o que era ético.

"Pessoal, este é o Frank", Gerard o apresentou formalmente. Ele sorriu. Ray levantou primeiro para apertar sua mão com um sorriso amigável. Mas algo no olhar de Ray fez Frank sentir um desconforto — era como se ele enxergasse através da fachada que Frank tentava sustentar.

Ban veio em seguida, com um sorriso discreto, trocando olhares com o pai com frequência.

"Eu trouxe isso aqui para você. Seu pai disse que você gosta de plantas", disse, entregando o vaso de monstera.

"Obrigado, Frank", respondeu Ban, segurando o vaso em seus braços. Frank viu Ban e Gerard trocarem um olhar.

Aquela era uma dinâmica estranha e inédita para Frank. Por sorte, pouco convívio ele teve com a família de Adam, que morava ainda nos Estados Unidos quando os dois moravam na Itália. Não havia um melhor amigo presente, muito menos uma criança. Ban representava a realidade de Gerard, um lembrete constante de que ele era uma pessoa com uma vida genuína, com raízes profundas.

"Foi Ban que fez o jantar!", Gerard declarou orgulhoso.

"Oh, obrigado. Como italiano, aprecio muito um gesto desses. Não tem nada melhor que celebrar uma ocasião especial do que com comida", Frank disse, embora notasse o olhar desconfiado de Ray quando mencionou sua nacionalidade. Talvez fosse apenas paranoia.

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⏰ Última atualização: Oct 21 ⏰

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