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Com o pânico crescendo dentro de meu peito e se espalhando solto a toalha que vinha agarrando esse tempo todo e só fui perceber que fiz tal proeza quando o rapaz escondido as sombras soltou uma risada e diz:

“Uh, como veio ao mundo, não achei que seus pais seriam tão radicais.”

Não consigo mais conter o desespero, já sinto as lágrimas se acumularem abaixo dos meus olhos.

Me abaixo pegando a toalha do chão e voltando a cobrir o meu corpo nu.

“Quem é você?!” Grito, “o que quer comigo?!”

“Sou Jeff” ele diz deixando as sombras.

Um homem de cabelos compridos e escuros, parece ser daqui da Tailândia apesar dos seus olhos serem maiores dos tailandeses comuns, seus olhos são grandes e só perde para o seu sorriso. Com suas mãos no bolso do sobretudo que se arrasta pelo chão ele dá um passo se aproximando e eu dou um passo recuando.

“Sua família sabe o que eu quero com você, pensei que eles fossem preparar você para esse dia”, ele me avalia com seus olhos antes de lamber o lábio inferior, “todos dos meus prometidos até agora foram preparados, mas acho que entendo o que os seus pais tentaram fazer”, outro passo se aproximando e outro passo meu recuando, “todos esses anos se mudando, fugindo dos meus homens, nunca deixando você sozinho, tendo a certeza que os seus amigos eram pessoas.”

Outro passo se aproximando, não há mais lugar para fugir, tropeço no pé da cama caindo em cima do colchão.

‘Mas quem diria, não é?" Ele posiciona os joelhos na lateral do meu corpo sentando no meu estômago, “que o Kiko teria que segurar o seu pai um dia a mais do que o combinado e a Vovó Plan doente? Uh de cortar o coração”, ele leva a mão em seu peito antes de colocá-la em volta do meu pescoço, se inclinando para ficar face a face comigo, “tia Goushn tendo que viajar a trabalho deixando a mamãe longe o suficiente para proteger o pequeno Code, e o demônio do mal, que salvou a sua vida, livre e pronto para te pegar.”

Tento empurrá-lo, mas o seu aperto em volta da minha garganta arranca o ar dos meus pulmões.

“Mas, diferente do que você pensa, darei a oportunidade de seus pais explicarem e se despedirem de você.”

As luzes se acendem e as janelas se fecham, ele dá um meio sorriso acariciando o meu rosto.

“Está na hora de ir para casa, pequeno”, ele sai de cima de mim, “vá se trocar, faz frio no inferno.”

Me and the Devil Onde histórias criam vida. Descubra agora