Imagine um encontro perigoso e inesperado: em um prédio comercial, duas assassinas cruzam caminhos pela primeira vez. De um lado, Jenna, uma caçadora de recompensas fria e apática, sempre à caça sem se importar com ninguém. Do outro, S/n Kaling, uma...
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Ao fim da noite, uma garotinha sardenta, de expressão tranquila e inocente, dormia profundamente, abraçando um coelhinho de pelúcia como se fosse seu maior tesouro. Ao seu lado, sentada na beira da cama, estava outra garotinha de olhos intensamente azuis, mas com um semblante que revelava uma maturidade a mais. Diferente da pequena adormecida, ela carregava um peso nos olhos que poucas crianças conheciam. Enquanto observava a outra menina dormir, a mais velha passava os dedos suavemente pelos fios escuros da menor, afagando seus cabelos com um carinho raro.
Com aqueles toques gentis, a menina sardenta começou a despertar devagar. Seus olhos se abriram, ainda embaçados pelo sono, e a primeira coisa que viu foi uma sombra de mão sobre seu rosto e, logo em seguida, um par de olhos azuis profundos e misteriosos.
— Quem é… — sussurrou a garotinha, ainda entre sonhos e realidade, enquanto piscava para clarear a visão.
De repente, a latina adulta dispersa de seus pensamentos ao ouvir o toque do celular, voltando ao presente. Ao ver o número desconhecido na tela, já desconfia de quem poderia ser e atende com um leve suspiro.
— Oi, acabou de acordar, bom dia. Hoje você já volta ao trabalho, sabia? Dessa vez, nem temos como discordar — a voz do outro lado disse, enquanto caminhava com uma mala em direção a um cruzeiro. — A propósito, como seu chefe reagiu ao que aconteceu naquele dia do seu sequestro?
— Ele foi compreensivo e entendeu a situação. Na verdade, achou que poderia ser útil eu e você termos contato — respondeu Jenna, um tanto fria, tentando controlar a reação.
— Olha só, que situação... mas que conveniente pra ele, né? E essa missão que você vai começar hoje, hein? — disse a garota, com um sorriso perceptível na voz.
— Isso não é do seu interesse — respondeu Jenna, com firmeza.
— Ah, que bom ouvir isso... mas acho que você não faz ideia do que seja, não é? Seu chefe não te contou porque não quer que eu saiba, acertei? — Sem resposta, a garota percebeu o acerto e riu, satisfeita. — Enfim, vou precisar viajar por um tempo.
— Aproveite a viagem — disse Jenna, com frieza calculada, deixando a outra sem muito com o que brincar.
— Nossa, quanto gelo! Olha, sei que já passou por muita coisa... não fica insegura só porque eu vou estar longe, ok? — provocou, em tom brincalhão.
— Te garanto que não vou.
— Hm, você é realmente muito fria... aposto que nos veremos em breve — respondeu a garota, já com a voz baixando de tom e soando um pouco mais grave. — Me espera... tá?
A ligação terminou, mas Jenna ficou olhando para o celular, pensativa, as lembranças da infância retornando vagarosamente à sua mente.
— Quem é… — murmurou, perdida nos pensamentos de outrora.
Pouco depois, ao recobrar a postura e terminar de se arrumar, Jenna foi buscada por seu chefe, que a aguardava no carro ao lado de Jim. Logo chegaram ao porto onde um cruzeiro enorme e chamativo aguardava os passageiros.
— Senhorita, está bem? Está um pouco pálida — comentou o chefe, lançando-lhe um olhar atento.
— Sim, estou. Deve ser o cansaço, já que fiquei em casa três semanas inteiras após nossa última conversa.
— Chefe! É aquele! — apontou Jim, empolgado, olhando para o gigantesco cruzeiro que recebia os convidados. — Ele é enorme! Senhorita Jenna, a gente precisa aproveitar isso ao máximo.
— Para, Jim. Viemos aqui a trabalho. O navio Artemísia está fazendo sua viagem inaugural, será uma semana inteira para familiares e funcionários da empresa. Vamos nos infiltrar como convidados e garantir a segurança de uma pessoa importante. Esse é o nosso trabalho — explicou o chefe, sério.
— E quem é essa pessoa? — perguntou o garoto, visivelmente curioso.
— Alguém da alta cúpula de um banco, envolvido com a indústria do turismo mundia — respondeu Jenna, enquanto se dirigiam aos aposentos designados para eles.
— Essa pessoa tem conexões com figuras políticas e financeiras influentes, mas criou alguns inimigos pelo caminho. A pessoa também está envolvida na operação deste cruzeiro e, bom... a verdade é que essa pessoa está ligada a mim -- falou o chefe
— Ligada ao senhor? — perguntou, surpreso.
— De qualquer forma, fiquem atentos. Precisamos estar vigilantes o tempo todo nesses sete dias.
No último andar do cruzeiro, a assassina observava o navio se afastar lentamente da terra firme, enquanto uma expressão enigmática dançava em seu rosto. Com os olhos fixos no horizonte, ela suspirou, absorvendo o ambiente ao seu redor.
— Aposto que ela vai ficar surpresa… — murmurou para si mesma, um sorriso malicioso curvando os lábios.
Dando meia-volta, começou a caminhar de volta para o quarto. No entanto, foi subitamente interceptada por uma figura peculiar: uma pessoa vestida em uma fantasia de coelho que segurava um balão azul. O coelho estendeu o balão sem dizer uma palavra. Ela o pegou, arqueando uma sobrancelha, e lançou um olhar desconfiado para a figura, mas logo continuou seu caminho com o balão em mãos, os passos ligeiramente mais leves.
Alguns instantes depois, um garoto loiro de olhos azuis brilhantes, com aparência jovial e um semblante animado, se aproximou do coelho, apontando para o balão.
— Senhor Coelho, poderia me dar um balão também? — pediu, com um sorriso travesso. — Aquela moça pegou um balão azul, né? Então, quero um vermelho
O coelho fez uma pausa e, depois de um breve aceno, entregou-lhe o balão vermelho. O garoto segurou o balão com entusiasmo, os olhos faiscando de curiosidade enquanto observava a mulher à distância, o balão azul dela oscilando ao sabor do vento.
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