Capitulo 6

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— Como está indo o artigo? 
Ela finalmente me faz uma pergunta normal, longe de toda a insinuação e a conversa confusa de duplo sentido… uma pergunta que eu posso responder. Eu agarro isto firmemente com as duas mãos, como se fosse um bote salva-vidas, e eu sou honesta.  

— Eu não estou escrevendo-o, Leila está. A Srta. Barros. Minha companheira de quarto, ela é a escritora. Ela está muito feliz com isto. Ela é a editora da revista, e ficou devastada por não poder fazer a entrevista pessoalmente. — Eu me sinto como se eu emergisse para o ar, enfim um tópico normal de conversação. — Sua única preocupação é que ela não tem nenhuma fotografia original sua.  

Tebet levanta uma sobrancelha.  

— Que tipo de fotografia ela quer?  

Ok. Eu não tinha previsto esta resposta. Eu sacudo a cabeça, porque eu simplesmente não sei.  

— Bem, eu estou por perto. Amanhã, talvez… — ela é vaga.  

— Você estaria disposta a participar de uma sessão de fotos? — Minha voz é estridente novamente. Leila estaria no sétimo céu se eu puder tirá-las. E você pode vê-la novamente amanhã, sussurra sedutoramente para mim aquele lugar escuro na base de meu cérebro. Eu descarto a ideia, tola e ridícula… 

— Leila ficará encantada se nós pudermos achar um fotógrafo. — Eu estou tão contente, eu sorrio para ela amplamente. Seus lábios abrem como se ela estivesse tomando um influxo forte de ar, e ela pisca. Por uma fração de segundo, ela parece perdido de alguma maneira, e a Terra se desloca ligeiramente sobre seu eixo, as placas tectônicas resvalam para uma nova posição.  

Meu Deus. O olhar perdido de Simone Tebet.  

— Avise-me sobre amanhã. — Alcançando seu bolso de trás, ela retira sua carteira. — Meu cartão. Tem meu número de celular nele. Você precisa chamar antes das dez da manhã. — Ok. — Eu sorrio para ela. Leila vai ficar emocionada.  

— SORAYA!  

Paul se materializou do outro lado no final do corredor. Ele é o irmão mais novo do Sr. Clayton. Eu ouvi que ele estava em casa de Princeton, mas eu não estava esperando vê-lo hoje.  

— Ah, com licença por um momento, Sra. Tebet. — Tebet faz uma cara feia quando eu me afasto dela.  

Paul sempre foi um amigo, e neste momento estranho que eu estou tendo com a rica, poderosa, impressionante fora de comparação, atraente e controladora, é ótimo conversar com alguém que seja normal. Paul me abraça apertado pegando-me de surpresa.  

— Soraya, oi, é tão bom ver você! — Ele esguicha.  

— Oi Paul, como você está? Você está em casa para o aniversário de seu irmão?  

— Sim. Você está parecendo bem, Soraya, realmente bem. — Ele sorri enquanto me examina de certa distância. Então ele me libera, mas mantém um braço possessivo caído sobre meu ombro. Eu me embaralho de um pé para outro, envergonhada. É bom ver Paul, mas ele sempre foi muito familiar.  
Quando eu olho para Simone Tebet, ela está nós observando como um falcão, seus olhos escuros encobertos e especulativos, sua boca uma dura linha impassível. Ela mudou de forma estranha, da cliente atenta para outra pessoa, alguém frio e distante. 

— Paul, eu estou com uma cliente. Alguém que você deve conhecer — eu digo, tentando desarmar o antagonismo que eu vejo nos olhos de Tebet. Eu arrasto Paul acima para encontrá-la, e eles se medem um ao outro. A atmosfera de repente é ártica. 

— Ah, Paul, este é Simone Tebet. Sra. Tebet, este é Paul Clayton. Seu irmão é o dono do lugar. — E por alguma razão irracional, eu sinto que eu tenho que explicar um pouco mais. 

— Eu conheço Paul desde que eu trabalho aqui, entretanto nós não nos vemos com frequência. Ele chegou de Princeton onde ele está estudando administração de empresas. — Eu estou balbuciando… Pare, agora! 

— Sr. Clayton. — Simone sustenta seu aperto, seu olhar ilegível. 

— Sra. Tebet, — Paul retorna seu aperto de mão. — Espere, não Simone Tebet? Da Tebet Holdings Enterprise? — Paul vai de mal humorado para impressionado em menos de um nano segundo. Tebet lhe dá um sorriso cortês que não alcança seus olhos. 

— Uau, há alguma coisa em que eu possa ajudá-la?  

— Soraya tem me ajudado, Sr. Clayton. Ela tem sido muito atenciosa. — Sua expressão é impassível, mas suas palavras… é como se ela estivesse dizendo outra coisa completamente diferente. É desconcertante. 

— Legal — Paul responde. — Vejo você mais tarde, Soraya. 

— Certo, Paul. — Eu assisto-o desaparecer em direção à sala de estoque. — Mais alguma coisa, Sra. Tebet? 

— Só estes itens. — Seu tom é cortante e frio. Porra… eu a ofendi? Respirando fundo, eu viro e dirijo-me ao caixa. Qual é o seu problema?  

Eu carrego a corda, macacões, fita adesiva e as braçadeiras até o caixa. 

— Isso deu quarenta e três dólares, por favor. — Eu olho para Tebet, e desejei não ter feito isso. Ela está me observando de perto, seus olhos intensos e escurecidos. É enervante. 

— Você gostaria de uma sacola? — Eu pergunto enquanto eu pego seu cartão de crédito. 

— Por favor, Soraya. — Sua língua acaricia meu nome, e meu coração mais uma vez fica frenético. 

E mal posso respirar. Apressadamente, eu coloco suas compras em uma sacola de plástico. 

— Você me liga se você quiser que eu faça a sessão de fotos? — Ela é todos negócios mais uma vez. Eu aceno, sem palavras mais uma vez, e devolvo seu cartão de crédito. 

— Ótimo. Até amanhã talvez. — Ela vira-se para partir, depois faz uma pausa. — Ah, e Soraya, eu estou feliz que a Senhorita Barros não pôde fazer a entrevista. — Ela sorri, então anda a passos largos com o propósito renovado para fora da loja, atirando a sacola plásticaacima de seu ombro, deixando-me uma massa trêmula e furiosa de hormônios femininos. Eu passo vários minutos olhando fixamente para a porta fechada pela qual ela acabou de sair antes de retornar ao planeta Terra. 

Certo, eu gosto dela. Eu admito, isto para mim mesma. Eu não posso esconder meu sentimento mais. Eu nunca me senti assim antes. Eu a acho atraente, muito atraente. Mas ela é uma causa perdida, eu sei, e eu suspiro com um pesar agridoce. Foi apenas uma coincidência, sua vinda aqui. Mas ainda assim, eu posso admirá-la de longe, certamente? Nenhum dano pode resultar disto. E se eu encontrar um fotógrafo, eu posso seriamente contemplá-la amanhã. Eu mordo meu lábio em antecipação e eu me encontro sorrindo como uma colegial. Eu preciso telefonar para Leila e organizar uma sessão de fotos.

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Estou amando a interação de vocês. Me digam o que estão a achando! Spoiler o hot vai demorar 😔
Bjs, tia Mi❤️

Fifty Shades of TebetOnde histórias criam vida. Descubra agora