Capitulo 10

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*Aviso importante no final do capítulo *
Ela puxa a minha mão com tanta força, que eu caio para trás contra ela, enquanto um ciclista que passa a toda velocidade, quase me acertando, indo pelo caminho errado nesta rua de mão única. 

Tudo acontece tão rápido, que em um minuto estou caindo, no próximo eu estou em seus braços, e ela está me segurando firmemente contra seu peito. Eu inalo seu cheiro limpo, cheiro vital. Ela cheira a roupa limpa e fresca, e a algum perfume caro. Oh meu Deus, é inebriante. Eu inalo profundamente. 

— Você está bem? — Ela sussurra. Ela está com um braço ao meu redor, apertando-me junto a ela, enquanto os dedos de sua outra mão, suavemente rastreia meu rosto sondando, examinando-me. Seu polegar escova meu lábio inferior e eu ouço sua respiração ofegante. Ela está olhando fixamente em meus olhos, e eu seguro seu ansioso olhar, queimando por um momento ou talvez para sempre… mas eventualmente, minha atenção é atraída para sua bonita boca. Oh meu Deus.  E pela primeira vez em meus vinte e um anos, eu quero ser beijada. Eu quero sentir sua boca na minha.Que droga! Beije-me! Eu imploro, mas não me movo. Eu estou paralisada por causa de uma necessidade estranha, desconhecida, completamente cativada por ela. Eu estou olhando fixamente para a boca perfeitamente esculpida de Simone Tebet, hipnotizada e ela está olhando para mim, seu olhar encoberto, seus olhos escurecidos. 

Ela respira mais rápido que o habitual e eu parei completamente de respirar. Eu estou em seus braços. 

Beije-me, por favor.  Ela fecha seus olhos, respira fundo e sacode brevemente sua cabeça como se respondesse minha pergunta muda. Quando ela abre seus olhos novamente, é com algum novo propósito, uma vontade de aço. 

— Soraya, você deveria me evitar. Eu não sou mulher para você... — ela sussurra. 

O quê? De onde veio isso?  Seguramente, eu é quem deveria decidir. Eu franzo minha testa para ela e balanço minha cabeça diante da rejeição. 

— Respire, Soraya, respire. Eu vou ficar ao seu lado e irei te soltar agora — ela quietamente diz e se afasta suavemente. 

A adrenalina corre por meu corpo, não sei se por causa do ciclista ou da proximidade inebriante de Simone, mas estou fraca e arrepiada. NÃO!  Minha mente grita quando ela se afasta e sinto-me roubada. Ela tem suas mãos em meus ombros, segurando-me o comprimento de um braço, analisando minhas reações cuidadosamente. E a única coisa que eu posso pensar é que eu queria ter sido beijada, fiz isto malditamente óbvio e ela não quis. Ela não me quer. 

Ela realmente não me quer. Eu realmente estraguei o café da manhã. 

— Estou bem. — Eu respiro, achando minha voz. — Obrigada — eu murmuro cheia de humilhação. Como eu podia ter interpretado mal a situação entre nós? Eu preciso me afastar dela. 

— Pelo que? — Ela franze a testa. Suas mãos não saem de mim. 

— Por me salvar. — Eu sussurro. 

— Aquele idiota estava indo na direção errada. Eu estou contente que eu estava aqui. Eu estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido com você. Você quer vir e se sentar no hotel um pouco? — Ela me solta, suas mãos ao seu lado e eu na sua frente me sinto uma idiota. 

Com uma sacudida, procuro clarear minha cabeça. Eu só quero ir embora. Todas as minhas esperanças inarticuladas foram esmagadas. Ela não me quer. O que eu estava pensando?  Eu brigo comigo mesma. O que Simone Tebet poderia querer comigo? Meu subconsciente zomba de mim. Eu me abraço e me viro em direção à rua e noto com alívio que o homenzinho verde do sinal de trânsito apareceu. Rapidamente atravesso a rua, consciente de que Simone Tebet está logo atrás de mim. Fora do hotel, eu giro brevemente para enfrentá-la, mas não posso olhar em seus olhos. 
— Obrigada pelo café e por ter concordado com as fotos. — Eu murmuro.  

Fifty Shades of TebetOnde histórias criam vida. Descubra agora