Capítulo 2: convicção.

30 9 1
                                    

A praça do castelão era ainda mais barulhenta do que o esperado.

Com apenas um olhar sabia que pelo menos mais de vinte homens adultos e solteiros estavam ali, todos participando do recrutamento para a guerra, inspirados por sonhos de grandeza.

-Irmão, meu momento chegou- Rudeus falou com um rosto sério.

-Tem certeza que vai fazer isso? - Narciso perguntou, nervosismo estampado em seu rosto.

-Sim, eu já discuti com a mãe, ela me deu sua aprovação- Ele falou com um sorriso confiante.

-Bem, por favor volte vivo- Narciso falou com um olhar sério.

-Quando eu voltar vou trazer gloria e honra a nossa família, soube que quem aceitar o recrutamento recebera um manual de artes marciais, olhe- Ele apontou para a mesa do recrutador, ele era um homem com barba branca usando um terno militar vermelho.

Sua roupa contrastava muito com a roupa dos aldeões.

Seu uniforme preto e vermelho com algumas dragonas era bem chamativo, ao lado dele havia uma pequena coluna de livros vermelhos.

Narciso sabia o que era, o velho tom explicou para ele.

O exército usava todo tipo de isca para conseguir recrutas, uma dessas iscas eram artes marciais de Entrada.

Essas artes marciais não eram especialmente valiosas, mas eram um pouco inacessíveis, aqueles que tinham sonhos de se tornar guerreiros poderiam se inscrever em troca de um manual de treinamento.

Futuramente se eles dominarem a técnica eles até mesmo poderiam entrar em um Centro de treinamento local.

Para muitos que almejavam seguir esse caminho era uma forma de obter grandeza.

Narciso olhou para seu irmão, ele não sabia porque ele estava tão determinado assim, mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso.

-Estarei te esperando, não se preocupe, eu irei cuidar deles- Ele falou antes de ir para outra fila.

Ele ficou em frente a mesa onde o mesmo servo gordinho estava, havia uma placa de madeira atrás dele com o papel que ele esperava.

"Parece que a guerra mudou as coisas"- Narciso pensou ao ver que a oficina de fundição de ferro continuou ativa, além de precisar de carvão vegetal, eles tambem precisavam de mineiros de ferro e pessoas que estivessem confiantes em sua habilidade de fundir ferro e golpear ferro.

Embora também fossem habilidades a fundição de ferro e o golpe de ferro eram muito mais avançados do que fazer carvão e cavar nas minas, qualquer um que fosse capaz de fundir e golpear ferro poderia receber um salário de até 3 moedas de cobre por dia.

-Quais as vagas? - Ele perguntou, recebendo o mesmo olhar de desprezo.

-Carvão vegetal, esgotado, criar cal no forno, esgotado, mineração, Livre, você sabe golpear ferro?- Ele perguntou de forma sonolenta como se já esperasse a resposta.

Esse garoto idiota já estava aqui a um ano, se ele soubesse golpear ferro ele não estaria fazendo qualquer trabalho.

-Hmph! tenho escondido minhas habilidades em golpear ferro para ser humilde, mas como você deseja ver, observe- Narciso falou, suas palavras chamando atenção do homem, ele até se ajustou na cadeira.

Ele por acaso aprendeu a bater no ferro e tem escondido suas habilidades esse tempo todo?

Seus olhos acompanharam narciso de forma confusa enquanto ele caminhava até um cesto cheio de minérios.

*Dong!- Narciso deu um tapa no minério de ferro, assustando os guardas próximos, por um instante ele virou o alvo dos olhos dessas pessoas confusas.

-Viu? Eu sei bater no ferro então, estou contratado? - Ele falou com um sorriso confiante.

Era mitologica.Onde histórias criam vida. Descubra agora