#*A frustração era o pior sentimento na minha opinião.
E quando essa frustação é por si mesma ou por algo que você não consegue resolver é pior.
Brunna é uma mulher extremamente atraente, com cabelos loiros que vão até a cintura fina se moldando ali ao quadril largo, o rosto era extremamente delicado e forte uma combinação quase impossível, mas com ela acontecia, o maxilar e queixo delicado, o nariz fino e arrebitado junto a lábios vermelhos e carnudos, ela poderia tanto parecer uma mulher como uma menina, quando vi ela
pela primeira vez me lembro de comparar ela com um anjo.Eu sempre suspeitei que ela tinha se casado com meu pai por interesse, e agora estava cuidando de mim pelo mesmo motivo, não por ela ser uma alma boa que está sacrificando sua juventude para cuidar de alguém que nem seu sangue tinha, mas mesmo contra a vontade eu tinha que aceitar o fato que eu tinha que agradecer por tudo que ela fez por mim, eu não era uma pessoa ingrata, sempre fui agradecida pelo que Brunna faz por mim, mas eu estava me sentindo tão frustada por não me entender nos últimos tempos que minha única vontade era ficar longe dela para poder colocar minha cabeça no lugar, mas ela não permitia que isso acontecesse.
Bom, sei que Bruna não era tão interesseira, se casar com meu pai provavelmente foi interesse, eu não duvido, mas cuidar de mim não é, embora quem estivesse de fora acreditasse facilmente nisso, mas a verdade é que Brunna não precisa cuidar de mim.
Com a morte do meu pai, ele não deixou sua recém esposa desamparada, deixou imóveis para ela, e uma boa quantia em dinheiro.
Com sua morte repentina Brunna tinha total direito de me deixar num orfanato, quando eu completasse 18 anos então poderia assumir meus bens, mas Brunna resolveu cuidar de mim, e além disso ela gerência meus patrimónios enquanto eu não sou de maior e ela tem minha guarda pois ela é uma "Oliveira" desde o momento que casou com meu pai, ela cuida dos negócios até eu ter idade o suficiente, eu nunca cheguei a ler o testamento, vou fazer isso na hora certa, mas Brunna me disse que caso ela quisesse minha guarda, ela poderia deixar os negócios, ela em hipótese nenhuma poderia vender ou fazer algo além disso, meu pai colocou no testamento para ela ficar na frente da empresa e cuidar de todos meus bens até eu completar 21 anos, pois até lá estarei madura o suficiente para não acabar com o negócio passado de geração para geração. Então ela não precisava de mim, ela já tinha uma boa quantia em seu nome no banco, ainda era jovem, se não fosse o suficiente ela poderia dar o golpe em outro homem.Após colocar a madeira improvisada na minha caverna escondida, e encontrar
Brunna junto a Harold, um dos seguranças, me lembro dele pois ele é o único que me trata formalmente, além de ser amante de Brunna (cara interna de nojo) sigo o caminho sem esperar por eles, já estava ferrada mesmo, e não queria ficar perto daquele saco de esterco de cavalo de rua.Logo avistei as luzes de longe e a construção que tanto odeio.
Logo após a morte do meu pai Brunna me obrigou a deixar Veneza, e me mudar para a Califórnia, não seria tão ruim se a casa não estivesse localizada em uma cidade minúscula, e por cima fosse no meio de uma floresta, sem quase ninguém por perto, meu único contato com pessoas diferentes são quando raramente trocam de segurança, e geralmente são homens gordos e velhos, e os que não o são, simplismente são muito velhos para mim ter uma amizade da minha "idade".
Eu tenho aulas particulares com Srt Donalds quatro vezes por semana, ela me ensina diversas matérias, mas segundo Brunna logo além dela viram mais dois professores para me ensinarem coisas complementares.
A casa era de pedra com vidro, era a construção maior no meio e outras duas menores que era a biblioteca e uma que era uma espécie de espaço para fazer festas, que até hoje foi usado somente duas vezes, a casa era muito bonita por fora com um jardim muito bem cuidado, com grandes muros de pedra, por ser no meio da floresta sem polícia por perto.
Brunna carregou a casa de seguranças grandões armados, e que sabem atirar muito bem, além da mesma, Brunna é uma ótima atiradora.
Não tardei em entrar na casa eu sabia que estava cheia de afazeres, Brunna muito boa do jeito que é, me deu um puxão no braço, para me parar, mas logo me soltou quando viu minha expressão de dor falsa.
- A mocinha vem comigo, não esqueci do que fez - ela me chamou com o dedo me fazendo seguir ela, subi as escadas de madeira rumo ao segundo andar onde ficava o escritório de Brunna, lá ela entrou e abriu espaço para eu entrar, o escritório de Brunna tinha uma parede de vidro que deixava amostra oque se passava fora da casa, com grandes persianas, tais que agora estavam abertas deixando a luz solar entrar e iluminar o comodo.
Brunna nunca me bateu, ela acha que melhor que a violência modos de castigos perfeitos são a limpeza, ela acha que a pessoa para ter disciplina precisa ter responsabilidades, a casa tem duas empregadas que veem regulamento no período da tarde, mas Brunna sempre dispensa elas quando se é necessário para me colocar pra limpar as coisas pra aprender "a ser gente" como ela sempre diz, e se não o fizer, bom daí ela manda os seguranças me colocarem no porão, uma vez dúvidei e ela realmente o fez.
Então como ontem eu fugi de casa eu sabia que como castigo iriam ser várias coisas para fazer, agora percebi que tomei no cu, não sei em que eu estava pensando quando achei que era uma boa ideia sair de casa sem falar nada para ela.
Lembrei, era na minha liberdade de existência.
- Não foi nada legal oque você fez, mocinha, eu perdi tempo procurando você, quase fui atacada por uma cobra e além disso me machuquei - ela apontou para o pulso que estava enfaixado, me fazendo fazer uma careta uma careta de culpa, se ela se machucasse eu não ia me perdoar, agora mesmo estava me sentindo péssima, mesmo não sendo nada grave - oque você acha sobre isso?
Ela me análisou de cima a baixo com seus os olhos intensos.
Abaixei o olhar, deixando meu orgulho de lado, eu fiz merda sem explicação, bom na verdade eu estava puta com ela quando achei que isso ia ser uma boa ideia e não era nem porque eu não podia sair, era pela falta de respeito dela de ficar copulando com o esterco em forma de gente.
Acabei de ficar puta com ela de novo.
Levantei o olhar, olhei para ela fixamente com raiva.
Ela tem que me respeitar! Essa casa é minha também, ela não pode ficar por aí com qualquer um enquanto eu moro no mesmo teto.
- Bom, não vai falar nada? Então vou mandar destruírem o lugar onde você estava...
- Não! - digo me aproximando da mesa que ela estava sentada, ela abriu um sorriso revelando todos os seus dentes perfeitos e brancos.
- Ótimo.
- Me desculpa eu errei, só não toque lá - disse, com o maxilar cerrado.
- Que lindo me emocionei com tanta sinceridade - Brunna ironizou colocando a mão sobre o peito e limpando falsas lágrimas - mas enfim, toda ação tem sua reação Ludmilla - odeio quando ela me chama assim, mentira não odeio mais no momento estou odiando, ela falou voltando a sua pose normal e girando um livro sobre a mesa - você está de acordo?
- Sim
- Ótimo, começando com hoje, até o final da semana, domingo, quero o porão - ela diz contando com os dedos compridos - biblioteca - colocou dois dedos - piscina, o quartinho das ferramentas e também você vai me ajudar uma hora por dia antes de dormir com assuntos da empresa, é bom que você já se acostuma com esse mundo, já está quase com dezessete anos.Abri minha boca e arregalei os olhos, eu não tinha tempo para fazer isso não!
Não estudando e tendo que dormir para ficar de pé e ainda tendo que viver! Isso é trabalho escravo!- Mas..
- Sem mas! - Brunna pegou o livro de capa azul e começou a folhear sem me dar a mínima atenção.
- Eu não tenho tempo para terminar isso tudo a tempo...
- Você acostuma - olhou o relógio no pulso que não estava machucado - e se eu fosse você ja começava, porque se não fizer isso será castigada no final da semana...Pensei em contestar, mas vejo no relógio que fica na mesa de Brunna que já era 7 horas, então eu teria uma hora livre pois acordo às 8 horas, então já podia agilizar isso porque não queria perder meu refúgio e muito menos ir parar no porão.
- Te ODEIO - bufei e sai da sala dela batendo a porta, mas consegui ouvir a risada dela.
QUE RAIVA!