Intrigante

17 1 1
                                    

Liberdade

Essa é a sensação de você tomar um banho.

Entrar suada, cansada, suja ou qualquer outra coisa e sair renovada.

A água quente entrava em contato com a meu cabelo, rosto e corpo, me deixando limpa e pronta para me jogar na cama e não sair até o necessário, o dia foi cansativo, hoje era quarta, ou seja, faz três dias que estou nessa rotina cansativa, não tive tempo para ir no meu refúgio, acordava cedo e dormia tarde, em decorrência disso consegui terminar apenas em dois dias de limpar o porão, casinha das ferramentas e um pouco da biblioteca grande da casa, e eu estava
um caco, lavei roupa que por sorte eram somente as minhas e as da Brunna, estudei igual condenada, não pense que estudar em casa era fácil era muito mais pesado e ainda ajudei Brunna a arrumar diversos papeis, parece que ela acha coisas só mim não poder ficar parada.

Mas eu sabia no que estava me metendo quando achei ser uma boa ideia fugir para um lugar que provavelmente Brunna saberia que eu iria, Burra!

Embora eu ache que seria pior se ela não tivesse me achado na manhã do dia seguinte.

Por meu cansaço só coloquei um blusão e ainda com os cabelos molhados cai na cama e dormi profundamente.

Quando eram exatas 7:00 da manhã meu despertador tocou, me levantei ainda meio que dormindo e escovei meus dentes e fui rumo a minha rotina.

Fui direto para a biblioteca para terminar de limpar hoje, quando eram 8:00 horas eu larguei a biblioteca e fui para fazer o café da manhã para os seguranças, as empregadas chegavam após as 10:30 da manhã então eu que fazia o desjejum, porque Brunna acordava correndo para ir pro escritório, se eu não fizesse cedinho, deixando a tarefa para as empregadas, provavelmente ela não comeria.

Em seguida, após fazer o café peguei o bolo, torta, queijo, suco e frutas vermelhas que era o que Brunna costumava comer de manhã, ela acordou quando eram 9 horas, estava com a aparência impecável de sempre, o único indício de que acabará de acordar era o robe preto e pantufas que ela usava.

- Bom dia - ela murmurou com a voz ainda um pouco grogue de sono, mas mesmo assim deu um sorriso torto na minha direção. Antes que ela pudesse se sentar na mesa, percebeu que eu não tinha nenhuma intenção de responder responder como nós outros dias porque eu estava me fazendo de difícil e já ia saindo para ir para a cozinha, Brunna colocou uma mão na minha cintura e me puxou na sua direção, sussurrando no meu ouvido logo depois - Você tem que ser educada e responder, Ludmilla- comentou de forma irônica.

Porque eu me sentia tão... Tão?... Não sei.ao certo, com a presença dela? Só sei que meus pelos se arrepiaram e minhas pernas ficaram bambas, Talvez fosse só incômodo mesmo...ou o cansaço.

Me desvincilei do braço dela, sibilando um bom dia baixo e fui para a cozinha.

- Não demora, gosto de tomar café com você - ouvi ela dizer, só levei o pães para a cozinha dos seguranças, bolo e café, voltando para a grande mesa para tomar café com minha madrasta - Não se esqueça que hoje você tem aula hoje.

Concordei com a cabeça baixa, eu estava tão cansada que nem ao menos tinha força para provocar a Brunna.

Você está péssima - obrigada Brunna! pensei com desdém, a voz dela pareceu realmente preocupada, eu sempre soube que Brunna me castigava assim mas que se eu quisesse lançava um drama, ela não tardava em me liberar fingindo que não estava fazendo isso para não me deixar com raiva, ela tinha o coração muito mole ou eu era muito irresistível, acho que é a segunda opção. Mas eu era orgulhosa demais para contar com a pena dela, ainda mais estando certa, não em ter saído sem avisar ela e sim pelo motivo que fiz isso, ela não tem o direito de ficar com qualquer um de baixo do mesmo teto que eu, se eu não posso, porque ela pode? Por isso preferia desmaiar de sono a aceitar
a pena dela, eu não fiz? Arco com isso - como sou uma ótima madrasta vou deixar você amanhã livre das tarefas e como você não tem aula pode descansar o dia inteiro ou ir para aquele buraco que você gosta de ficar enfiada - disse com um sorriso, me olhando - responde ou retiro a proposta
- logo acrescentou sem paciência.
Eu poderia dizer "estou ótima madrasta obrigada, lembre-se disso no próximo castigo" mas apesar do meu orgulho eu era racional sabia que não aguentaria muito, eu estava quase desmaiando de sono precisava dormir, por isso engoli minha dignidade e ainda cabisbaixa pelo sono, assenti.

- Claro, obrigada.

-Obviamente então o seu prazo se estende até segunda, e além disso quero conversar com você depois, agora se prepara para sua aula

- me deu um beijo na cabeça e foi rumo a sua sala.

Após o café, fui encontrar a Srt Donalds, quando eram 12 horas ela me liberou para um intervalo, nesse intervalo eu conversei com a Andrea que era uma senhora de 52 anos muito legal enquanto almoçava, Brunna era simples para comida mas sempre exigia que fosse saudável mais por mim que por ela, ela sempre foi preocupada com minha alimentação, como meu pai tinha diabetes ela morria de medo que eu tivesse também, e os seguranças amavam qualquer coisa que Andrea fazia então não éramos exigente para comida.

Após almoçar voltei novamente para a aula, fiquei lá até 16 horas, após me liberar Srt Donalds foi embora após o café, Andrea adorava me mimar então sempre deixava algum doce escondido pra mim comer de madrugada, após fazer o lanche da tarde simples Andrea e Sarah que eram as duas domésticas foram embora, eu tomava café com os seguranças na área dos empregados mesmo, eles eram muito engraçados, Brunna só tomava café da manhã comigo, eu tinha que ficar em cima dela pra ver se ela estava comendo direito, se eu não levasse o almoço ala e depois fosse buscar a bandeja (pra ver se ela tinha realmente comido) ela nem se importava em comer, ficava atolada em trabalho.

Não podia negar que Brunna era dedicada, e ela tinha meu respeito por isso, embora não pareça eu era grata, sabia que Sam era um ladrão de merda e que Brunna se esforçava para deixar meus negócios bem, mesmo ela não tendo direito a eles.

Como na casa só morava eu e Brunna a casa com dois andares só sujava com frequência o primeiro andar, sendo assim o segundo só era limpado só uma vez por semana, no sábado que era meu dia livre, após só varer o primeiro andar e ajeitar algumas coisas para facilitar o trabalho de Andrea e Sarah, eu geralmente ficava o dia vadiando ou importunando a
Brunna.

Quando era por volta das oito da noite, terminei meus deveres deixado pela professora e vou até a sala de Brunna.

Ela estava enfurnada em meio a papéis e com os olhos vidrados computador, ela controlava as linhas dos restaurantes e vinhos na maior parte a distância, oque fazia ela ficar o dia inteiro resolvendo problemas das duas fábricas de vinho e das linhas dos restaurantes, claro que tinham os sócios, mais no primeiro problema ou solução importante
Brunna que resolvia, e muito bem por sinal já que os negócios estavam indo de vento em polpa.

Ela levantou seus olhos até mim após eu pigarrear.

-Oh, Lud! Boa noite, senta quero te avisar algo.

Fiz o que ela pediu e olhei para ela esperando um pouco curiosa.

- Como você sabe eu comando as coisas de longe, mas nem sempre meus homens de confiança ou Priscila minha melhor amiga conseguem segurar as coisas, então eu vou ter que ir resolver uns assuntos de financias amanhã na Veneza, você vai ficar aqui sozinha com os seguranças, só Harold irá comigo - disse se levantando, foi impossível não bufar e revirar os olhos, claro que ele vai - más você sabe que não se pode confiar no ser humano 100% então por isso vou te dar isso, como não vou ficar aqui é bom você ter como se defender - então ela tirou de uma gaveta ao lado da mesa dela uma arma, ela era prata e entregou na minha mão.

- Brunna eu não sei usar isso... E eu não preciso... - segurei o objeto, surpresa pelo seu peso, e um pouco apavorada por estar segurando o mesmo.
- Ludmilla eu não vou poder estar aqui, então pega, ensinar eu te ensino depois que terminar aqui, mas é praticamente só puxar o gatilho, só tem telefone no escritório então se precisar é só ligar pro número que está colado do lado do mesmo...
- Tudo bem, mais não sei se..
- Sem mas, você é uma mulher muito bonita Ludmilla, algumas vezes isso é uma qualidade mas na maioria das vezes isso faz a gente virar um alvo mais do que a mulher já é, você é muito inocente para entender, só não larga ela, tá bom?
- Embora estivesse estranhando a atitude dela concordei com a cabeça, ela nunca gostava de sair em viagens e me deixar sozinha, mas não via como os meninos podiam fazer mal para mim, eu cresci com eles, todos me viam como uma afilhada.
- Brunna era alguém muito intrigante, isso era um fato.

A má-drastaWhere stories live. Discover now