Lucerys virou-se na cama mais uma vez, pela enésima vez naquela noite fria; Suas pernas ficaram emaranhadas nos lençóis emaranhados e ele foi forçado a mudar de posição quando a exaustão o impossibilitou de levantar os pesados cobertores e arrumar a bagunça que sua cama havia se tornado. Bufando, acabou separando cautelosamente as pálpebras para o caso de a luz do sol bater em seu rosto vindo da janela, de bruços no colchão e nos travesseiros espalhados.Com certa resignação e aborrecimento, seu olhar se perdeu no teto escuro e alto da sala; Virando o rosto para as janelas, viu a escuridão que ainda pairava sobre Pedra do Dragão. Não havia sequer um sinal de luz, não estava nem perto do amanhecer.
- Droga.
Mais uma vez, ele tentou deitar-se de lado. Se já lhe era quase impossível adormecer de barriga para cima, seria pior se permanecesse nessa posição com a insónia que sofria; Naquela ocasião, ele quase sorriu satisfeito ao perceber que os lençóis lhe deram um descanso e ele finalmente conseguiu se acomodar de lado, quase de bruços.
Sua satisfação durou pouco quando percebeu que sua bexiga estava explodindo. Depois de alguns minutos e com alguns xingamentos entre eles, ele se levantou e sentou na cama, afastando abruptamente os cobertores, furioso. Ele não tinha ido ao banheiro antes de dormir naquela noite? Por que ele teve que urinar tanto? Estava tudo contra ele naquela época?
E sim, a resposta foi claramente sim.
Ao se levantar e caminhar lentamente em direção ao banheiro de seu quarto, foi impossível não lembrar os motivos de sua ansiedade; Desde que chegara à conclusão de que as suas alterações emocionais e físicas se deviam à aproximação de um período de calor que se antecipava há quase um mês, nada fez senão tentar sair de Pedra do Dragão sem atrair demasiada atenção ou levantar suspeitas. em sua mãe e irmão mais velho por sua partida precoce.
No entanto, as opções eram muito limitadas e Lucerys se viu encurralado enquanto os minutos se transformavam em horas e as horas se transformavam em dias. Já haviam se passado três dias desde que ele chegou lá com Arrax e a única chance que teve de justificar seu retorno a Valdocaso foi não responder à carta, embora em teoria eles fossem bastante próximos.
Em desespero, Lucerys conseguiu enviar um corvo diretamente para Valdocaso mesmo correndo o risco dos meistres informarem sua mãe sobre isso; enviar uma mensagem para Aemond teria sido suicida por vários motivos. A carta poderia ser interceptada, poderia cair em mãos erradas e, pior ainda, levaria muito mais tempo para chegar a Porto Real, se o Alfa estivesse lá. Lucerys sabia que ele passava a maior parte de suas ausências lá, mas ela também sabia de sua propensão a atear fogo nos campos que faziam fronteira com os territórios Negros com Vhagar, então enviar um corvo para lá para que a mensagem nunca fosse lida não era uma opção sensata.
Portanto, a única maneira possível de transmitir sua situação a Aemond era comunicar-se com Daeron, que ele sabia que ainda estava em Valdocaso ou nos limites do território da fortaleza. É claro que, ao escrever a carta, ele foi direto e conciso, sem revelar quaisquer detalhes comprometedores, mas deixando claro que a questão de localizar Aemond era extremamente urgente.
Ele usou a palavra vital, como se isso fosse um risco de vida ou morte.
Sim, às vezes era exagerado.
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Tóxico
FantasíaLucerys Velaryon esperava se encontrar em qualquer situação perigosa... mas não nesse tipo de problema, especialmente com seu tio Aemond. (Esta história não me pertence,ela é da escritora/o, just_Chiru no Ao3, os devidos créditos devem ser dados a e...