Porque eu estava me afundando, mas eu estava fazendo isso com você
— Olivia Rodrigo
Ela odiava golfinhos. Todos eles eram uns tarados. Deveria trocar o apelido de Joe, e começar a chamado de baby dolphin. Ambos tinham pensamentos tóxicos sobre sexo, conseguindo focar apenas no ato.
Uma lástima.
Nunca esteve tão desidratada.
Não que fosse totalmente ruim fazer sexo contra a parede, a luz do dia, correndo o risco de ser flagrada por um monstro marinho ou barco de pesca. Realmente tinha um lado positivo, principalmente quando era sufocada por um beijo rude.
No fundo ela odiava violência. Estava apenas sobrevivendo.
Maid sempre teve dom para atuar, e sinceramente, se saísse dali viva, com certeza atuaria na Broadway. Não iria atrás de papeis muito explícitos, buscando pela personagem mais tímida possível, que evitasse beijar na boca ou se apaixonar. Principalmente se apaixonar. Pois era certo que Maid não conseguia separar as situações como um artista premiado.
Não, ela não estava apaixonada por Joe.
Nunca ousaria se apaixonar por um homem que a colocava de quatro na cama e a segurava pela nuca como um maníaco. Como se não bastasse está imobilizada por cordas.
— O que eles estão fazendo?
Afastou o binóculo para fazer contato visual com o loiro.
Ele tinha ganhado noite passada um longo arranhão na bochecha, e isso fez com que Maid fosse amarrada e sofresse por algumas horas. Fora um pesadelo estranho, cheio de altos e baixos.
— Sendo golfinhos, não tem muito que fazer. – empurrou o binoculo contra o peito de Joe, entediada por passar alguns minutos do lado de fora observando a natureza.
Maid jogou-se no sofá da pequena sala, tentando parecer menos desconfortável estando nua.
Veleiros eram todos quentes, e o calor não lhe fazia bem.
— Não gosta de golfinhos? – Joe perguntou ao descer as poucas escadas e jogar o binoculo na poltrona, no canto.
— Não, baby shark.
— Gosta de que?
Aquele era o terceiro dia.
Um longo dia.
Ela estava comendo lixo, dormia sem fazer skin care, e tinha se envergonhado muito.
Maid o odiava profundamente, principalmente quando a deixava tão louca e entorpecida que o deixava encharcado. Ela terminava com vontade de chorar de vergonha, então tentava acerta-lo, pirando com sua risada rouca cheia de tesão.
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Mermaid
FanfictionTer azar no jogo e no amor era o cúmulo do absurdo, porém Maid tinha o talento para ferrar com tudo. Não bastava ter dez dedos podres, ela simplesmente poderia ter vinte. Todas as suas últimas escolhas foram questionaveis. Acreditava que cometer err...