Não esqueça de deixar a estrelinha e o comentário.
18 capítulo
Diego Guzman
Desço do carro com a determinação de um predador. O bar está envolto em uma nuvem de fumaça e o som abafado da música dá um tom sinistro ao ambiente. Meus olhos se fixam em Olga, cercada por mulheres, rindo e erguendo o copo em um brinde. A raiva me consume, e meus passos se tornam pesados e firmes.
Chego por trás, agarrando seu braço com uma força brutal. Ela se debate, mas meu aperto é implacável. Seus gritos e protestos são abafados pelo caos ao redor enquanto a arrasto pelo salão. A música para abruptamente, substituída pelos gritos de Olga, que se tornam mais agudos à medida que a empurro para fora.
Bato-a contra a parede com um impacto ensurdecedor. O som da cabeça dela contra a parede ecoa pela noite. Ela desliza até o chão, e eu me abaixo, segurando seu cabelo com um aperto cruel.
— Por quê... — ela tenta falar, mas a puxo com mais força, silenciando-a.
— Nunca mais se meta na minha vida, nem nas minhas mulheres — rosno, a voz carregada de uma fúria incontrolável.
— Não sei do que você está falando... — ela treme, tentando disfarçar o medo em sua voz.
Minha raiva se intensifica, um rugido interno que me força a gritar:
— Não minta pra mim! Você foi atrás da Rosália! — Ela nega, mas sei que está mentindo. — Não é uma pergunta. Eu sei que a ameaçou...
— Eu só queria te proteger — sua voz é um grunhido desesperado.
— Não preciso da sua proteção! O que eu preciso é que você volte para casa e cuide da sua filha. Rosália e as minhas mulheres não são da sua maldita conta, piche cabróna! — rosno, soltando seus cabelos com um gesto brusco.
Ela cai de lado, ofegante, e eu fico em pé, meu peito subindo e descendo com a raiva. Olho para seu rosto machucado, sem um vestígio de arrependimento. Ela precisa entender que, quando se trata de Rosália, eu não aceito interferências.
Deixo Olga no chão, seus gemidos diminuindo enquanto me afasto. Meus passos ecoam pela noite silenciosa enquanto volto para o carro, tentando domar a fúria que ainda arde dentro de mim. De repente, o estrondo dos pneus derrapando quebra a quietude da noite, seguido por faróis brilhando na rua.
Antes que eu possa reagir, disparos estouram ao meu redor. Me abaixo instintivamente, sacando minha arma. O som dos tiros preenche o ar, e meus olhos se estreitam enquanto localizo os veículos com janelas escuras, ocultando os atiradores.
Troco tiros com os inimigos, movendo-me entre as sombras. Meus homens logo aparecem, e o confronto se intensifica. Uma dor aguda no meu braço indica um tiro de raspão, o sangue escorrendo e alimentando minha fúria. Eliminamos os atacantes um a um, até que o silêncio retorne à noite.
— Todos mortos, patrão — grita um dos meus homens.
— Descubram quem são — ordeno, a voz cortante.
Respiro pesadamente, o cheiro de pólvora e sangue preenchendo o ar. Olho ao redor, garantindo que não há mais ameaças. Mas uma preocupação aterradora me assola: Rosália. Ela estava comigo há pouco tempo. E se eles a encontrarem?
Corro para o carro, o coração batendo descontrolado. Rosália não é apenas uma paixão recente; ela me prendeu de um jeito que não consigo explicar. Algo em seus olhos, a dor, a raiva e o medo que ela carrega, me fascinam. Ela é como eu, atormentada por seus próprios demônios, e isso me atrai.
![](https://img.wattpad.com/cover/374170433-288-k412652.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hera venenosa, spin-off de Paixão proibida
FanficNão tema a escuridão; tema o que se esconde dentro dela." Há muito tempo, uma batalha devastadora no céu levou o anjo mais belo e poderoso à queda. Expulso do paraíso junto com seus seguidores, ele foi condenado ao exílio e à dor eterna, abrindo cam...