Capítulo 15

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Ethan.

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Eu estava no chuveiro, a água quente escorrendo pelo meu corpo, relaxando meus músculos tensos. Fechei os olhos, aproveitando o momento de tranquilidade. Mas assim que eu pisei fora do chuveiro, eu sabia que estava esquecendo de algo. A toalha, claro. Genial, Ethan. Como é que eu sempre lembro de levar o celular para o banheiro, mas não a única coisa essencial para sair dele? 

Com o cabelo pingando e água escorrendo pelo peito, caminhei até a cama para pegar a toalha. Era o meu quarto, afinal. Meu território. A última coisa que eu esperava era ter companhia não convidada. 

E entãi eu a vi. Sentada ali, na beirada da cama, com aquele olhar perdido. 

Ela parecia concentraa em algum pono invisível, como se estivesse desvendando os segredos do universo... ou talvez só decidindo o sabor de pizza preferido. Não sei o que era pior: O sustoque ela levou ou o fato de que eu estava completamente nu. 

— MEU DEUS, ETHAN!!

Emma virou o rosto para o lado tão rapido que quase me preocupei com ela deslocar o pescoço. Cobriu os olhos com uma mão, mas não antes de eu perceber as bochechas suborizadas. Claro, porque eu sou uma visão para quem está acostumada com exército de tenos e gravatas. 

- O que você está fazendo no meu quarto? — perguntei, não me dando ao trabalho de esconder o sorriso. 

Ela não me respondeu. Apenas estendeu uma toalha em minha direção, ainda sem me olhar. Quase ri enquanto a ouvi resmungar algo sobre "falta de respeito". Peguei a toalha e a enrolei ao redor da cintura, mas não sem antes me inclinar o suficiente para provocá-la. 

— pode olhar agora. 

Ela virou entamente os olhos ainda semicerrados como se esperasse que eu esivesse pregando alguma peça. Quando viu que eu estava "decente" — ou pelo menos parte disso — suspirou e jogou o cabelo para trás, tentando recuperar a compostura. 

— Eu... eu estava esperando você. Precisamos conversar. Mas, sinceramente, não imaginei que fosse... tão literal. 

ela revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso nervoso. — na verdade, eu quis dizder desconfortável. 

— Você é quem esta invadindo meu quarto, eu deveria ser o único desconfrtável, não acha?

- Você estava pelado! - ea rebateum apontando para mim como se tivesse encontrando um crime gravíssimo. 

— e você estava olhando!

Ela abriu a boca para responder, mas a fechou de novo, visivilmente irritada. Ah, eu adorava mexer com ela, não podia negar. Emma, com toda a asua postura séria e focada, desmoronando por algo tão simples quanto um pequeno — grande. — descuido meu.

Eu me aproximei, a toalha frouxa na cintura, com um sorriso que sabia que ia irritá-la ainda mais. Emma estava sentada na cama, tão paralisada que parecia que tinha visto um fantasma – ou algo bem mais interessante.

Sem pressa, me abaixei até ficar na altura da barriga dela. Apoiei as mãos nos joelhos, respirei fundo e comecei a falar, como se fosse a coisa mais natural do mundo:

— Tá vendo só, filhote? Sua mamãe é uma tremenda desastrada. Primeiro, ela erra o quarto do cruzeiro e vem parar no meu. Depois, aqui no apartamento, ela faz a mesma coisa. Agora, ela me pega pelado e acha que gritar resolve alguma coisa.

Levantei o rosto e encarei o dela. Ah, aquele vermelho nas bochechas... se fosse um pouco mais escuro, dava para chamar de alarme de incêndio.

— Eu não erro quartos, Ethan! — ela rebateu, furiosa, mas tinha aquele tom de quem sabe que está perdendo o jogo.

Imprevisto a DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora