Hermione verificava o relógio aproximadamente a cada seis segundos, o que não fazia absolutamente nada para fazer o tempo passar mais rápido. Draco deveria chegar ao meio-dia, e já passavam onze minutos, e ela estava preocupada. Tudo o que ela realmente parecia fazer era se preocupar, ultimamente. Não importava que Harry estivesse recebendo o melhor cuidado possível. Ele estava tão longe. Ela não podia sentar ao lado da cama dele à noite e falar com ele, e ela ainda não tinha certeza se podia confiar em Malfoy para fazer isso. Falar com ele. Ser gentil.
Diga a ele o quanto era importante que ele voltasse para casa.
Finalmente, a porta se abriu e Hermione se levantou.
— Curandeiro Black — ela disse, enquanto Parvati o deixava entrar em seu escritório. — Houve algum problema com a Chave de Portal?
— Respire, Ministra Granger — ele disse, parecendo entediado. — Eu tento ser pontual, mas vou lembrá-la se for preciso que tenho dezenas de pacientes. Fui forçado a atrasar alguns minutos.
— Não, eu... eu peço desculpas. Você parece pálido.
Draco assentiu bruscamente.
— Estou bem. Você deve se lembrar que a palidez tende a ser de família, Ministra. Posso presumir que recebeu minha coruja?
— Eu fiz. Auror Patil vai te mostrar o escritório de Harry, e então-
— Eu também preciso coletar algumas coisas da casa. E há perguntas.
Hermione assentiu.
— Terei algumas perguntas pessoais um tanto invasivas. Que precisarão ser respondidas.
— Eu - sim — Hermione disse. — Qualquer coisa. Claro. Mande um Patrono quando estiver pronto e eu posso encontrá-lo em qualquer lugar que você quiser.
— Preciso falar com o Sr. Weasley também. Ron, especificamente, sei que há muitos deles. Separadamente. Sei que vocês três são próximos, mas se houver alguma chance de que haja respostas que possam diferir se vocês estiverem juntos, preciso mantê-los separados. Isso não é negociável, receio. Tenho certeza de que você entende. Talvez fosse mais fácil se Ron me levasse para a casa novamente.
Draco não poderia saber que não havia nada que os três não compartilhassem, mas ela assentiu. Que ele dobrasse as respostas. Ron ficaria feliz em mostrar a casa a ele novamente, contanto que ele estivesse usando esse rosto, e não o outro.
— Antes de começar, quero lhe fazer uma pergunta. — Draco indicou a pequena mesa de reunião, e Hermione saiu de trás de sua mesa, passando cuidadosamente por pilhas de livros para se sentar na cadeira que Draco havia puxado para ela.
— No ano seguinte à guerra, Hogwarts foi fechada para reparos.
Hermione assentiu.
— Sim. Levou algum tempo. O próprio castelo ajudou, é claro, mas havia muito trabalho a fazer. Harry, Ron e eu ficamos lá por meses, ajudando, até que Ron e eu fomos para a Austrália, para-
Draco esperou pacientemente. Se ao menos ele tivesse usado sua antiga expressão de repulsa, ela poderia ter mantido sua compostura melhor.
— Fui tentar corrigir as memórias dos meus pais. Mas não funcionou. Nós voltamos. Ron e eu fizemos nosso sétimo ano quando a escola reabriu, mas Harry recebeu dispensa para começar o treinamento de Auror.
— Eu vejo.
— Ficamos surpresos que ele aceitou, realmente.
— Oh?
— Ele nunca gostou de sentir que ganhou algo que não mereceu. — Ela brincou com uma pena em sua mesa. — Nós pensamos que ele gostaria de obter seus NIEMs.
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Harry Potter and the elusive day off | Drarry
FanfictionO Auror Potter precisa da porra de uma pausa. Ele está exausto. Ele provavelmente não pretendia se colocar em coma mágico, mas essas coisas acontecem. E quem se importa, realmente? Ele está confortável em uma casa onde escondeu toda a merda com a qu...