Capítulo 6

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Harry estava deitado no sofá em frente à lareira, sua cabeça no colo de Draco. Draco tinha um livro na mão, mas ele estava brincando com o cabelo de Harry também, e ele não reclamou uma vez que parecia que ele tinha um ouriço especialmente irritado enrolado em sua cabeça.

— Harry — Draco disse, no momento em que Harry pensou que poderia cair no sono novamente. — Tem uma coisa que eu gostaria de tentar, se você estiver a fim.

— Minha bunda está dolorida — Harry reclamou, mas estava sorrindo.

— Não, outra coisa, embora depois da sobremesa hoje à noite...

— Eu sou a sobremesa hoje — Harry disse, e puxou dois dedos de Draco para dentro da boca. Draco riu dele, mas então, muito irritantemente, ele lutou para que Harry se levantasse. Parado ali na frente da lareira, em sua casa, com as mãos de Draco segurando seu rosto, Harry deveria apenas se sentir seguro e feliz, mas algo se agitou profundamente em seu estômago.

— Você sabe que está seguro aqui comigo.

Draco não formulou isso como uma pergunta, mas Harry assentiu de qualquer forma. Ele se sentiu um pouco melhor quando Draco pressionou um beijo quente contra sua boca.

— Você sabe que eu não deixarei que nada de mal aconteça com você.

— Isso é muito fofo, Draco, mas o mundo não funciona assim.

— Sim, no seu dia de folga.

Estranhamente, Harry não tinha certeza se podia argumentar contra isso. Ele não conseguia descobrir o porquê, mas havia algo sobre isso que parecia verdade.

— Quero que você me mostre o quarto de Sirius — disse Draco.

— Não. Ele não gosta de ser perturbado. Você viu a placa na porta. Ele está de férias. Você pode pedir para ele te mostrar quando ele voltar. — Harry deu a Draco o que pareceu ser um sorriso muito trêmulo e tentou se afastar.

— Tudo bem — Draco disse, puxando-o de volta com toques suaves, alisando seu cabelo. — Está tudo bem, Harry. Mas eu quero que você me mostre uma coisa.

— As portas não abrem.

— Mas elas abrem. Não há nada sobre você que eu não queira saber. Você precisa saber disso.

— Eles não abrem, Draco. Pare com isso. — Ele tentou se afastar.

— Por favor, Harry. — Draco se aproximou. Ele parecia mais alto, de repente, ou então Harry era mais baixo. Alguma coisa. Não, ele era mais baixo – mais baixo, e magro, e seus óculos pareciam estar fazendo o possível para cair de seu rosto. Ele os empurrou mais para cima da ponte do nariz, e se afastou novamente.

— Não — Harry disse, forçando um sorriso, e ele escapou para a cozinha. Talvez um pouco de chocolate quente. Ele não comia chocolate quente há muito tempo. Sim, chocolate quente. Só que ele também queria ir para debaixo da mesa de jantar e imaginar que era sua antiga cama em Hogwarts, cortinas o mantendo dentro e todo o resto fora.

Então ele fez isso.

Os passos de Draco pararam na cozinha, e Harry prendeu a respiração. Talvez Draco não notasse. Mas é claro que ele notou. Ele empurrou as cortinas para o lado.

Ele também parecia mais jovem, seu cabelo estava mais claro e seu rosto mais fino.

Harry olhou para ele com um olhar assassino.

— Saia do meu quarto, Malfoy, ou eu vou azarar suas bolas. — Mas Malfoy, idiota, revirou os olhos e sentou-se na ponta da cama. — Como você entrou na Torre da Grifinória?

Harry Potter and the elusive day off | DrarryWhere stories live. Discover now