Capitulo 16

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WILLIAN BANKS

Dormir no chão foi terrível para minha coluna mas creio que isso seja o de menos comparado a fazer alguma maluquice com uma mulher bêbada, ainda mais com ela sendo sua melhor amiga. Creio eu que não conseguiria resistir a tentação se estivesse ao seu lado vendo aquelas pernas à noite toda.

Acordo mais cedo que o recomendado para uma viagem de descansar mas um tanto tarde para o dia a dia. Vou ao banheiro e novamente passo muito tempo apreciando a água quente, toda vez que tomo banho com ela em algum lugar só me lembra mais que eu deveria consertar meu chuveiro elétrico. Coloco um shorts Jeans e uma camisa de girassóis, antigamente eu odiava essas roupas com estampas mas hoje em dia eu gostaria de usar todo dia, cada uma parece ter uma personalidade tão única.

Vou até o lado de Emma checar se ela está dormindo realmente e me abaixo procurando ouvir sua respiração para ter certeza que ela está dormindo ou só está fingindo.

No entanto eu cheguei perto demais e acabei acordando ela, conforme olhava seus olhos tive um susto com eles abrindo, ainda mais com meu rosto quase colado ao seu.

Ela demora a processar o que está acontecendo e quando olha sua roupa de dormir ela dá um pulo.

— O que aconteceu ontem à noite?... — Pergunta bocejando com a voz trêmula.

— Nada demais. — Digo com calma me levantando do chão.

— Nada demais? Então porque eu tô assim? — Seu tom aumenta em uma mistura de desespero e raiva.

— Primeiramente que se algo acontecesse nem com esse... pijama você estaria usando agora.

— Seu safado! Por que você fez isso?

— Fiz o que? Eu acho que você deveria tentar lembrar de algo de ontem, mais especificamente uma vodka.

— Você me beijou! — Ela diz provavelmente lembrando de trechos soltos do que aconteceu.

— Eu teria beijado se eu não tivesse consciência e me importasse com você, na verdade poderia ter feito algo até pior mas eu não te vi como uma mulher vulnerável que eu poderia fazer o que quisesse, mas sim uma que eu deveria proteger no momento.

Ela fica em silêncio e se enrola no cobertor e vai para o banheiro para tomar banho ou para esconder a vergonha. Patético achar que vai esconder algo assim mas vou fingir que não vi nada.

Espero o tempo passar e mais de 15 minutos se passam e nem escutei o chuveiro ligar ao menos.

— Tá bem? — Pergunto.

— E se eu não estiver? — Ela diz não respondendo minha pergunta.

— Tanto faz, vou ver se vovó já se acordou. — Digo para ela saindo do quarto.

Não é tão longe nossos apartamentos, na verdade é menos de um passo de distância entre um e outro, não preciso nem mesmo sair da frente da porta para bater na sua.

Me sento em um sofá que há na frente dos dois quartos e espero ela aparecer, bato mais algumas vezes e nada dela aparecer. Quem sabe ela só esteja dormindo mais por ter bebido mas a vovó sempre acordou cedo, faça chuva faça sol em qualquer lugar do mundo ela acordava antes do galo cantar.

Enquanto espero ela me perco nos pensamentos pensando em como vai ser nadar com golfinhos hoje à tarde ou como rosa se tornou minha cor favorita.

Hóspedes passam para lá e para cá mas nada de Gracie aparecer, ligo para seu celular algumas vezes mas nada dela atender e o seu celular nunca está desligado. Naturalmente um pânico se instala na minha mente, sempre quando meus pais demoravam a voltar do trabalho ou de algum lugar eu sempre cogitava coisas absurdas acontecerem, e o pior foi que na última vez que os vi uma delas aconteceu, quando fui ver eles já estavam mortos. Mas Gracie não vai estar morta, ela vai à igreja e irá todos os dias e seu quadro de saúde não é ruim, o que poderia acontecer? 

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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