- NICHOLAS -
A senhora Wilson aceitou receber Barbara e eu na casa dela para que pudéssemos conviver com uma moradora local enquanto vivenciávamos a incrível Guerra Das Laranjas que acontecia na cidade.
Mentira, a Guerra Das Laranjas não era incrível.
No entanto, aquela era a matéria que ia me manter longe de pessoas emotivas e sentimentos. E era exatamente aquilo que eu queria. Estar em uma cidade do interior significava que as casas eram muito longe uma das outras e havia mato onde geralmente devia haver asfalto. Eu não me importava e até estava empolgado para passar um tempo no meio do nada. O meu maior desafio seria ficar com Barbara no meio do nada.
Era difícil não reagir. Era difícil não dar em cima dela. Era difícil ficar o tempo todo em modo de ataque porque ela não pegava leve comigo e não se rendia. Barbara não era como as outras. Ela estava pouco se fodendo para as minhas investidas e parecia não ligar nem um pouco para mim. Apesar do nosso beijo, parecia que nada havia mudado na nossa relação.
Quando chegamos no endereço combinado, a senhora Wilson apareceu na porta de casa com o avental azul sujo de farinha e uma cesta cheia de pães. Assim que eu e Barbara saímos do carro, ela correu em nossa direção, fazendo os pães dançarem dentro da cesta.
- Meninos! Nicolau e Tabatha! - disse, vindo até o carro. Eu dei um leve sorriso para Barbara. Nicolau e Tabatha!? - ai, que bom que estão aqui! - falou a senhora de cabelos grisalhos, presos em um coque - eu estou esperando vocês desde ontem! - contou, dando um sorriso muito feliz. As bochechas rosas e os olhos claros a faziam parecer uma vovó de livros infantis - eu preparei um lanchinho porque imaginei que estariam com fome - disse, estendendo a cesta de pães para mim - come! - falou, parada em frente ao carro - pega um.
No meio da rua. Ela queria que eu comesse no meio da rua.
- Come, Nicolau - disse Barbara, cruzando os braços - ele ama um pãozinho, senhora Wilson. Esse físico aí precisa de muito carbo - falou ela, apertando meu bíceps e dando um sorriso falso para mim.
Sorri falsamente para ela de volta.
- Vou levar as mochilas e pego um dentro de casa. Pode ser? - perguntei, olhando para a senhora Wilson e tentando soar simpático. No entanto, os lábios dela começaram a tremer e a doce senhorinha parecia que ia desmoronar na minha frente. Puta que pariu! Voei com a mão dentro da cesta, pegando um pão mais rápido do que a senhora Wilson conseguia raciocinar - hmmmmm - falei, antes mesmo de morder - tá delicioso - disse, finalmente mastigando - Tabatha, você vai gostar muito.
A senhora Wilson virou a cesta para Barbara, que pegou um pão também e começou a comer no meio da rua. Eu dei um sorriso para ela, vendo-a mastigar junto comigo enquanto a senhora Wilson nos observava orgulhosa.
- Tem muito mais lá dentro - anunciou, segurando a cesta com uma mão enquanto usava a outra para nos chamar - vamos! Quero mostrar a casa pra vocês e contar sobre a guerra.
Barbara caminhou comigo até o porta-malas, pegando a mochila dela enquanto eu pegava a minha. Para conseguir carregar as coisas, colocamos os pães na boca e andamos lado a lado sem conseguir falar. Entramos em silêncio na casa da senhora Wilson, caminhando pela mansão antiga e com cheiro de confeitaria enquanto observávamos as fotos nas paredes. A casa parecia ter saído de um desenho animado, com cortinas rosas, tapetes de flores e quadros de paisagens por todos os lados. Era uma casa muito grande e bem diferente de tudo o que eu tinha visto, com mais de cinco quartos e sete banheiros. No entanto, para minha surpresa, a senhora Wilson deixou o maior quarto para mostrar por último.
- Esse é o quarto de vocês - anunciou, mostrando um quarto com uma cama gigante coberta de pétalas de rosas - eu preparei para vocês dois! - disse, juntando as mão e dando um pulinho.
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Nick ou Britt? (Nicholas Alexander Chavez Fanfic) - FINALIZADA
FanficFINALIZADA :) Barbara e Brittany são amigas desde sempre. As duas se formaram juntas na escola, passaram para a mesma universidade e agora dividem um apartamento enquanto navegam pelos primeiros anos da vida adulta. No entanto, o que nenhuma das dua...