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São Paulo, Brasil 04:00AM

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São Paulo, Brasil
04:00AM

Aurora Giay
Depois que eu fiz o convite, ele levantou, coçando os olhos, e fomos para o meu quarto. Quando chegamos lá, ele se jogou na minha cama, me olhando.

— Vai deitar, não? — ele perguntou.

Me deitei com a cabeça no peito dele.

— Tô te estranhando, tá doente?

— Shiu, Richard — eu falei.

Ele passou a mão no meu cabelo e deu um beijo na minha testa.

Eu senti um arrepio quando ele passou a mão no meu cabelo, a sensação de segurança e proximidade me envolveu de um jeito que eu não consegui evitar. Às vezes, Richard conseguia ser tão... delicado, e isso só complicava as coisas na minha cabeça. Eu não queria me apegar, mas tudo nele parecia me puxar pra mais perto.

— Não tô doente, só... cansada. — Respondi, tentando esconder qualquer sinal de fraqueza, mas a verdade é que a presença dele me fazia sentir algo que eu não queria entender.

Ele riu baixinho, o som familiar que me fazia derreter por dentro. Ele me abraçou um pouco mais forte, ainda me olhando com aquele sorriso descontraído, mas que fazia meu coração bater mais rápido.

— Eu também tô cansado... — Ele disse, e dessa vez, sua voz era mais suave, quase um sussurro.

— Então dorme.

— Não tô com sono — ele sussurra.

— Nem eu.

Me afasto um pouco, me encostando nele. Ele prensa minha cintura contra seu corpo e, num movimento suave, me vira para olhar em seus olhos. Coloco minha mão na nuca dele, sentindo a tensão entre nós.

— E se o Giay acordar? — pergunto, com um sorriso discreto, tentando manter a leveza do momento.

Ele ri baixinho, passando a mão pela minha cintura.

— Não vai acordar. E, se acordar, é só fazer de conta que estamos dormindo.

Ele me aproxima mais, e por um momento, eu fiquei pensando sobre o que fazer. Então, sem pensar muito, fui em frente. Nossas bocas se encontraram, de forma suave e natural, em um beijo sincero. Eu até sorri um pouco por dentro, pensando que ele realmente sabia como fazer isso direito.

Ele sussurra, com uma voz suave:
"Posso?"

Eu fico quieta por um instante, pensando. Sinto o olhar dele fixo em mim, esperando uma resposta.

A porta estava encostada, e logo vi a claridade da luz do corredor se acendendo. Dei um pulo da cama e me cobri com a coberta, tentando disfarçar a respiração acelerada.

— Fudeu muito — Richard fala, a preocupação clara em sua voz.

— Calma — eu respondo, tentando manter a calma, mesmo sentindo o coração acelerar. Olho rapidamente para a porta, me perguntando se Giay havia ouvido alguma coisa.

Richard me encara por um momento, como se estivesse tentando avaliar a situação, antes de dar um suspiro pesado.

Assim que a luz se apaga de novo, solto um suspiro de alívio, percebendo que Giay provavelmente voltou para o quarto dele. Richard solta uma risadinha baixa ao meu lado, claramente relaxando também.

— Tá vendo? Nem foi tão ruim assim — eu diz, com um sorriso travesso no rosto.

Reviro os olhos, mas acabo rindo também, ainda meio nervosa com a situação.

— Só você pra me meter em cada uma dessas, hein — ele murmura, me ajeitando na cama.

Ele puxa a coberta para cima de nós e me envolve num abraço confortável, e, por um momento, tudo fica em silêncio. É como se o nervosismo de antes tivesse evaporado, deixando apenas o calor tranquilo desse momento juntos.

— Agora vai conseguir dormir? — ele pergunta, sussurrando perto do meu ouvido.

— Se você não inventar mais nenhuma, talvez sim — respondo, dando um sorriso de canto.

Ele ri baixinho, e eu fecho os olhos, finalmente deixando o sono chegar com ele ao meu lado.

Demos alguns selinhos, e senti meu rosto aquecer com o toque leve dos lábios dele. Logo me aconcheguei sob a coberta, e ele passou os braços em volta da minha cintura, me puxando de leve para perto. Ficamos ali, quietos, curtindo o silêncio e a proximidade.

Com as mãos dele repousando na minha cintura, senti um tipo de paz que eu nem sabia que estava precisando. Ele passou o polegar suavemente pela minha pele, num gesto tão simples, mas que transmitia todo o carinho que palavras nem sempre alcançam.

— Dorme bem — ele murmurou, com um sorriso no rosto.

Fechei os olhos e suspirei, finalmente relaxando.

Colega De Quarto Do Meu Irmão - Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora