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C L A R A S O U Z A Assim que chegamos o Richard apresentou as crianças, o pai dele se abaixou e deu aquele abraço apertado no Lucca, com um sorriso acolhedor e cheio de orgulho.
— filho, olha só esses pequenos! — disse ele, rindo e bagunçando o cabelo do Lucca. — Tem o seu jeito, né?
Richard só sorria de orelha a orelha, visivelmente feliz em mostrar a família dele pro pai dele e pro irmão.
O irmão dele, que também tinha esse jeitão brincalhão, chegou logo em seguida e abraçou o Richard, puxando-o para perto.
— Tá criando bem, mano! Tô vendo que você pegou jeito com a criançada — brincou ele, olhando com carinho para o Lucca e a Sofia. — E essa pequena, hein? Vai ser danada que nem o pai, certeza.
Eu só conseguia sorrir vendo eles interagirem. Era tão bom ver Richard tão à vontade com a família, o carinho de cada um por ele e por nossas crianças.
Enquanto seguíamos para o carro, os olhos de Richard ainda brilhavam, como se ele estivesse absorvendo cada segundo daquele reencontro. Ele se inclinou para a Sofia, que estava no meu colo, e fez um carinho no rostinho dela, que olhava para o avô e o tio com aquela curiosidade de criança.
— E essa princesinha? — perguntou o irmão do Richard, sorrindo enquanto acariciava o cabelinho da Sofia. — Vai dar trabalho, hein?
Richard deu uma risada leve e passou o braço em volta do meu ombro, me puxando um pouco mais para perto.
— Ih, mano, já tô preparado. Essa aqui vai ser minha parceirinha em tudo.
A gente ria e trocava histórias enquanto nos dirigíamos para a casa da família dele. O caminho era cheio de paisagens lindas, e Richard ia apontando tudo para Lucca, que estava grudado na janela.
— Ó lá, filho! Foi aí que o papai aprendeu a jogar bola, nesse campinho aí! — Richard disse, apontando para um campo simples, mas que claramente guardava muita história.
