Lembram-se de quando anunciei há meses que das três coisas que devemos fazer em vida (ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro), duas delas estavam quase realizadas?
É amanhã, amanhã sai o meu primeiro livro. Foi escrito num período triste da minha vida, mas nele deixei a minha alma.
Ali eu desabafei as minhas frustrações, alegrias, mágoas, mas desistir jamais. Vou estar a partir das 18 horas na livraria Melo aqui na cidade de Sesmarias para autografar todos os livros e agradecer-vos pessoalmente.
Deixo aqui a capa do livro para que vos aguce o apetite da leitura. Obrigada a quem o adquirir.
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Juliette precisava de alguém para ficar com Henrique. Dulce a sua vizinha do lado já se tinha oferecido outras vezes.
Mãe de duas crianças de 5 e 7 anos, Juliette foi-lhe pedir ajuda.
- São algumas horas Dulce. Sabes que estás coisas demoram.
- Vai descansada. O Henrique pode dormir cá caso venhas tarde.
- Eu penso estar de volta pelas 23 horas no máximo. Prevemos umas 4 horas para a sessão de autógrafos.
- Bate aqui à hora que chegares, mas quero um livro teu.
- Claro. Nem precisavas pedir, e com autógrafo especial.
No dia seguinte às 18 horas a fila na porta da livraria já era enorme. Juliette tinha chegado uma hora antes para uma breve recepção e assinou alguns e exemplares.
As pessoas começaram a entrar. A fila estava organizada e muitos queriam trocar ideias com ela, mas não dava. Era muita gente e muito livro.
Eram já 21,30 h. Juliette estava com a mão dolorida e muito cansada, mas cada um que chegava recebia um sorriso e um obrigado.
- Oi Ju!
Aquela voz, fez saltar-lhe o coração. Levantou os olhos e ele estava na sua frente. Lindo e arrumado como sempre.
- Olá. Como estás?
- Melhor agora que te vejo. Vim comprar o teu livro.
- Não precisavas. O conteúdo tu conheces bem.
Mesmo assim Juliette assinou o livro dele
Que estejas feliz ao lê-lo
J Luz
Entregou-lho na mão e pediu à próxima pessoa que se aproximasse.
- Adeus Juliette. - disse ele afastando-se.
Já no carro leu a dedicatória. Fechou o livro e seguiu para casa.
Juliette assinou livros por mais uma hora. Quando todos os clientes saíram ainda assinou mais alguns que seriam vendidos na livraria nos dias seguintes.
Um funcionário veio com ela até ao carro trazendo uma caixa com os livros que ela ofereceria.
Voltou para casa, tirou um livro da caixa e bateu na porta da Dulce.
Henrique dormia profundamente. Pegou nele ao colo despediu-se da amiga e entrou em casa.
Colocou o filho na cama dele e meteu-se debaixo do chuveiro. O cansaço era muito e a àgua a cair no corpo era como bálsamo. Secou o corpo, vestiu o pijama e assim que entrou na cama capotou.
Foi sol de pouca dura. Henrique logo acordou. Juliette não tinha forças sequer para o fazer dormir de novo. Foi buscá-lo para a cama dela e depois dele dormir ela também adormeceu.