Chegou o grande dia em que ficaríamos a saber os passos seguintes.
Fomos recebidos pelo doutor e estava particularmente bem disposto.
- Pai. Você será o dador. Agora precisamos de internar a criança pois precisa de vários exames e alguma preparação.
- E eu doutor. Quando podemos começar?
- Também tem exames a fazer, mas a colheita só é feita no dia do transplante.
A minha assistente vai levá-los para o quarto onde a criança vai ficar e onde também podem ficar.- Doutor, podemos ficar sempre com ele?
- De dia podem ficar os dois, mas de noite só fica um porque apenas temos uma cama pequena.
- Eu ajeito-me de qualquer maneira. - disse Rodolffo.
- O senhor é o que deve estar mais descansado. Revesem-se e descansem também.
Rodolffo e Juliette seguiram a enfermeira até um dos quartos. Havia ali duas camas, uma pequena de criança e outra de solteiro.
Não demorou muito para virem buscar Henrique pode para fazer exames.
- Vocês também podem vir e ficar junto dele.
E foi assim durante o dia todo. Várias vezes vieram buscar Henrique.
Quando veio a noite Juliette disse que ficaria e que Rodolffo fosse descansar em casa.
- Eu não vou conseguir dormir sabendo-os aqui sózinhos.
- Tens que fazer um esforço. Preferes ficar e que eu vá? Achas que te vais sentir melhor?
- Não. Vou sentir-me mal na mesma.
- Na gaveta da minha mesinha tem comprimidos para dormir. Toma um, assim vais descansar melhor.
- Vou perguntar à enfermeira se posso. Não quero estragar tudo. Ju, ligas-me se precisares de mim?
- Vai descansado. Se precisar eu ligo.
Rodolffo deu um beijo no filho e outro na face de Juliette.
Já em casa tomou um banho, comeu uma fruta, tomou o comprimido e foi dormir. Não demorou muito para cair num sono profundo.Enquanto isso Juliette estava velando o sono do filho. Quem o visse não diria que estava tão doente. Henrique era resistente, um guerreiro. Choramingava quando era picado mas calava-se, logo que ia para o colo da mãe ou do pai.
A enfermeira veio trazer um chá e uns biscoitos para Juliette.
- Beba pelo menos o chá que a ajuda a ficar mais calma. E durma porque o Henrique está medicado para dormir a noite toda. Os exames são cansativos e queremos que ele descanse muito.
Juliette assim fez e deitou-se. Não foi fácil, mas após algumas horas foi vencida pelo cansaço e adormeceu.
Rodolffo acordou cedo. Tomou café da manhã e preparou outro para Juliette. A distância até ao hospital era curta e não havia perigo de esfriar.
Juliette havia-lhe pedido para lhe levar alguns roupa. Rodolffo procurou no closet, escolheu umas calças e uma camisola, Roupa íntima e um pijama. Meteu tudo numa sacola e foi para o hospital.
Ela já estava acordada, mas Henrique continuava a dormir.
- Como foi a noite?
- Ele dormiu sem acordar e continua. E tu?
- Dormi bem. Tomei o comprimido. Trouxe café para ti. Ontem quase não comeste. Conseguiste descansar?
- Sim. Estou bem. Preciso é de um banho.
- Trouxe a tua roupa.
Henrique acordou, mas logo de seguida veio a enfermeira buscá-lo. Eram necessários mais exames.
Rodolffo acompanhou-o enquanto Juliette ficou a tomar banho e a tomar café.
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