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  — Ou seja... Vai acontecer algo no palco? - Perguntou Bokuto, coçando a nuca. Iwaizumi observava o acastanhado, que afirmou com a cabeça. Ele estava nervoso.

  — Kawa, a gente sabe que você está preocupado, mas... - Keiji tocou no ombro do amigo - É improvável. Existem seguranças, e o palco tem equipamentos resistentes, talvez você só esteja... - Tooru soltou a mão de Akaashi de seu ombro, se afastando do amigo.

  — Se não acredita em mim, entendo, senhor... Raciocínio frio e calculista, que manda em tudo. - Olhou o amigo, que o encarou com uma expressão confusa. - Por que você nunca acredita no que eu falo? Não confia em ninguém pra nada...

  Colocou as mãos no bolso da blusa, que agora estava vestida, e Keiji soltou um suspiro, tentando compreender o amigo.

  — E-eu, não entendo. É claro que confio e sei o que você pensa, Kawa, mas, não é provável que, sei lá, o palco pegue fogo. - Comentou de braços cruzados. - Olha, só não quero que se preocupe, é tão... Improvável.

  — Há! - Tooru encarou o de olhos azuis. - Sabe o que mais é improvável? Muita coisa que talvez venha a acontecer. Eu estou dizendo, Akaashi, e não só dizendo como também tenho certeza!

  Kenma se aproximou tentando separar a briga, mas Kuroo o impediu. Ele não queria que seu agora, garoto, se machucasse.
  — Então me diga, o que é esse muita coisa que não tem como ocorrer, ocorrer, Tooru?!

  — Não sei! - Estendeu seus braços - Talvez, o Suna e Sakusa voltarem?! Ou será que pela lógica eles nunca vão voltar, em, senhor certinho? Eu cansei de toda hora ser você quem toma conta da mente aqui, Akaashi! Se quiser não acreditar em mim, faça. Veremos se realmente o "palco não vai pegar fogo!" - Comentou com a voz embargada e seus olhos marejados. - Akaashi se calou. E Oikawa tampou a boca com as mãos, percebendo o que havia dito. - E-eu... Akaashi... - Tentava se desculpar.

  — Você tá certo. - Sorriu gentilmente, mas suas lágrimas caiam serenas sobre sua face. Bokuto, chegou por trás de Akaashi, o abraçando. - Voltar? Realmente eles não vão, mas, Oikawa... - Se soltou de Kōtarō indo até o amigo lhe abraçando. - Não diga isso, machuca muito.

  Sussurrou enquanto chorava, se soltando do amigo. Kenma sem paciência alguma, encarou o argentino, surtando.

  — Você é louco?! - O loiro gritou, desta vez saindo de perto de Kuroo. Iwaizumi empurrou Kenma, sem muita força, tentando separar outra discussão.

  — Ei! Ei! - Comentou o moreno - Por favor, Kenma...

  — Por favor? - Empurrou a mão de Hajime, que o encarou surpreso. Logo seus olhos dourados ficaram Tooru, que tinha a cabeça baixa. - Que legal, né Kawa? Ninguém vai se machucar, e você sabe. Mas nossa, falar tudo da boca pra fora? Há, é o típico dos Toorus né? Lembra do seu pai, já que quer tanto tocar na ferida dos outros assim. - Oikawa encarou Kozume, com os olhos um tanto avermelhados. Keiji observava, tentando separar a briga, mas chorava nos braços de Kōtarō. - Te obrigou a fazer isso, aquilo, e você ainda fazia, sabe a parte mais legal? Era que você se culpava, né? Lembra de quando quase tentou...

  — E você Kozume!? - Oikawa gritou, surtando. As pessoas que passavam observavam quietas. - Sabe o que o Hinata passou?!

  Hajime, e Kuroo tentavam separar aquela discussão, mas do mesmo jeito, Kenma e Oikawa se viam juntos, tentando um machucar mais o outro, quais estavam com os olhos lacrimejados.

  — Sabe o que o seu irmão passou?  - Respondeu Kozume a altura.

  — Eu pelo menos sei amar alguém! - Retrucou Oikawa.

  — E eu sei me valorizar!! - Kozume gritou, surtando.

  Tooru encarou o amigo por alguns segundos, e logo olhou para Keiji, que estava com uma expressão incrédula em seu rosto. Encarou Bokuto, que nem para ele olhava, apenas tentava confortar Akaashi, observou Kuroo, qual estava olhando a cena, e Kenma, que chorava a sua frente.

  Hajime o olhava, com dor, mas compreensivo.

  — Perdon. - Sussurrou baixinho, antes de sair do local, mas ao ver que alguém segurava seu pulso, se virou, vendo que era Iwaizumi.

  — Fica aqui, Kawa. - Comentou com a voz suave.

  Tooru olhou para a mão de Iwaizumi que segurava seu braço em um aperto frouxo.

  Apenas se soltou.

  — Não... - Sorriu diladino. Aquilo machucou Iwaizumi. - Todos ficam melhor sem mim, e não faça questão de me procurar, tá? - Acariciou o rosto de Hajime, que estava incrédulo com as falas do outro. - Me... Deixa sozinho, por favor. - Sussurrou, e mesmo que Iwaizumi não quisesse, ele afirmou com a cabeça, e abraçou Tooru, que lhe retribuiu o abraço, saindo dali alguns minutos depois.

  Uma mão tocaram em seus ombros.

  — Pode chorar agora. - Era a voz de Tetsuro, e Iwaizumi observando-o sorriu triste, afirmando.

  Apenas se desabou nos braços do outro, enquanto Kenma, ia lavar o rosto, ele odiava chorar.

. ♪ .

  Fechou a torneira, se sentindo mal.
Havia magoado seu amigo, para proteger Akaashi, mas no final acabou desfazendo uma amizade.

  Bateu a cabeça na parede uma vez.

  —  gatinho. - Chamou uma voz, desconhecida, Kozume encarou. - Nossa, que inconveniência minha né? Me chamo Hyato, prazer. - Sorriu gentilmente, mas Kenma não ligava para aquilo. - Pelo visto seu amiguinho saiu como errado, né?

  — Fala logo, o que você quer?... - Perguntou Kozume, com a voz embargada, ainda queria chorar e abraçar seus melhores amigos, até adormecer.

  — Nada... Mas fiquei surpreso de não confiarem no "Kawa" - Sorriu diladino. - Seu amiguinho acertou no bingo, vai que realmente tenha fogo ao redor do palco? - Gargalhou, Kozume encarou o loiro, confuso, mas assustado.

  — O que você... - Antes de perguntar, Hyato saiu. Kozume pensou um pouco, e logo puxou seus cabelos. - Fogo no palco? Oikawa... Oikawa tava certo?!

 

Houshi ★Iwaoi★ [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora