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  Kenma corria, procurava, olhava em volta, mas não encontrava Tooru. Keiji, e os demais saíram para falar com Hoko, mas o garoto loiro, estava desesperado.

  — Ei, Kenma. - Chamou uma voz conhecida, quando se virou percebeu ser Iwaizumi. - Está... Tudo bem?

  — Hajime! - Correu até o moreno, que o encarava confuso. - O... Oikawa tava certo, um garoto loiro, vai queimar mesmo o palco! - Seus olhos estavam arregalados, e Iwaizumi o encarava, sem expressão alguma.

  — Eh... Eu desisti de tocar. - Andou um paço para trás, e suspirou - Kuroo e Bokuto também desistiram. O Hoko ficou um pouco triste, mas, não tem o que fazer, sem o Oikawa aqui... Nada me faz querer continuar. - Kozume encarou o de olhos verdes, com uma expressão indescritível. - Então, eu... Vou procurar ele.

  — Vou com você! - Comentou desesperado, ele queria se desculpar e conversar com o amigo, mas Hajime negou com a cabeça.

  — Ele não deve estar a fim de ver vocês, mas, não sei se também está querendo me ver... - Kenma parou, e Iwaizumi acenou, saindo dali.

. ♪ .

  — O céu tá lindo né. - Falou uma voz conhecida, Oikawa olhou para o dono encarando os olhos verdes, mas, desviou o olhar.

  Hajime sorriu triste, se sentando ao seu lado, encostando a cabeça na parede de madeira do chalé.

  — O que faz aqui? Deveria estar lá tocando... - Perguntou, se alto abraçando. Iwaizumi encarou o mais novo, que sussurrou baixinho.

— Não tem graça sem ter um tal Oikawa pra me ver tocar. - o acastanhado encarou o outros que estendeu um braço, logo entendendo o chamado, se aproximou meio existente, se sentando em uma das pernas de Iwaizumi e aconchegando a cabeça em seu peitoral. - Entende?

  — Hum... - Hajime acariciou seus cabelos. - Eu vou embora, passar o resto das férias lá em casa. - Iwaizumi parou o carinho e olhou para o garoto, que estava falando como se não fosse nada demais.

  — Por que? - Perguntou em um sussurro quase inaudível.

  — Porque eu não quero me frustar e nem deixar os meus amigos frustados. Eu dou trabalho pra todo mundo, e sendo sincero, não vale mais a pena tentar. Só percebi que quanto antes acabar, melhor.

  Iwaizumi suspirou, Oikawa era difícil de entender. E então, em um abraço necessitado implicitamente da parto do argentino, Hajime encarou seus olhos, aproximando os rostos, roçando seu nariz no de Tooru.

  — Entenda, que não é por causa de uma briga assim, que você precisa sair. - Oikawa tinha o rosto rubro, e Hajime adorou aquela sensação de conforto, por mais que estivesse triste. - Eu quero ficar com você, Oikawa, eu quero te mostrar a cachoeira, e tudo mais... Te amo de uma forma tão inexplicável que não é fácil nem pra mim entender. - Tooru abaixou os olhos, e Iwaizumi o observou, puxando sua face delicadamente para cima. - Eu quero te amar, mas me permita conhecer o universo que me faz feliz... - Colocou sua mão que antes estava no rosto do outro, agora no peito alheio, qual tinha o coração palpitando forte.

  — Hum... Você me ama mesmo né? - Iwaizumi acendiu, fazendo Oikawa abrir um sorrisinho, selando os lábios do outro.

  Iwaizumi segurou as costas de Tooru enquanto o mesmo tinha as mãos firmes em seu pescoço.
  Um selinho demorado, mas com sentimentos em sobre, expandiu aos dois a sensação não só de "casa" mais também de conforto e segurança.

  — Vai ficar comigo? - Perguntou Iwaizumi, já tentou hipótese da resposta.

  — Vou ficar com você... - Sorriu pequeno, abraçando o outro.

  Kenma observava a cena, um tanto que incrédulo, mas aliviado por seu amigo estar bem, cautelosamente, saiu do local, sem deixar rastros. Ele havia seguido Iwaizumi desde o começo, mas, não iria admitir tal ato.

. ♪ .

  Três dias depois, o trio estava no quarto. Oikawa, Kenma e Akaashi não falaram nada com ninguém, e Ísis achou estranho aquilo, mas não era como se fossem se ignorar para sempre.

  — Oikawa! - Chamou Keiji e Kozume que se olharam, mas ignoraram aquele fato, e Akaashi ordenou para que Kozume se pronunciasse.

  O argentino olhou para ambos os amigos quais se encararam e sorriram um ao outro.

  — Olha... Desculpa por ter dito tudo aquilo, e desculpa por não acreditar em você, no final você tava certo... - Comentou o loiro, objetivo.

  — Desculpa por te fazer pensar que eu só mando nas coisas, confesso que não queria ter que fazer você se sentir mal... - Comentou agora, Akaashi.

  Tooru piscou por alguns minutos, e sorriu minimamente, com seus olhos lacrimejados.

  — Desculpem eu, pessoal! - Se aproximou, abraçando os dois que se envolveram no conforto. - Eu não queria... Não queria mesmo dizer tudo aquilo pra vocês!

  Enfim, resolvidos.

Houshi ★Iwaoi★ [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora