ᴜᴍ ᴍɪʟᴀɢʀᴇ ᴅᴇ ɴᴀᴛᴀʟ ⁴

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A pergunta dele atingiu como um soco, e a pressão dela permaneceu no ar, pesada e sufocante

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A pergunta dele atingiu como um soco, e a pressão dela permaneceu no ar, pesada e sufocante. Dia das Forças Armadas? Três anos atrás?

Um choque agudo de reconhecimento atingiu você, embora os detalhes daquela noite permanecessem confusos.

As memórias estavam lá, mas pareciam distantes — como algo que você não se permitiu lembrar completamente depois de se tornar mãe.

Você se firmou, tentando mascarar o desconforto que crescia em seu peito.

— Do que você está falando? — você tentou soar firme, mas o aperto firme em sua bolsa traiu a onda de nervosismo que corria por você.

Simon se mexeu, seu corpo largo quase eclipsando a luz fraca do bar. Sua mandíbula se apertou e, por um momento, ele pareceu lutar em sua própria cabeça, como se cada palavra carregasse um fardo pesado demais para suportar.

— Houve uma noite —  ele começou, seu tom baixo e áspero, cada sílaba deliberada.  — Aqui. Três anos atrás. Você estava aqui. Eu também. —

Seu coração pulou, uma onda de realização atingindo com uma força quase física. As lembranças nebulosas daquela noite voltaram, lentamente se acumulando juntas — risadas, bebidas, uma conexão inesperada.

Algo que não parecia planejado, mas queimou forte demais para ser ignorado.

O nó em seu estômago se contorceu dolorosamente, cada parte de você pedindo para que você o afastasse, mas a verdade já havia começado a afundar.

— Você é... — As palavras ficaram presas em sua garganta, pesadas e presas, a frase inacabada enquanto a realidade doía como uma acusação entre vocês.

Simon exalou bruscamente, parte suspiro, parte risada — mas não havia humor nisso. O olhar dele se fixou no seu com uma intensidade inquietante e, por um momento, pareceu que ele estava esperando você ceder.

— É —  ele respondeu simplesmente, a palavra carregada de certeza. — E ela é minha, não é? —

Um arrepio frio percorreu sua espinha, seu corpo instintivamente enrijeceu. A verdade pendia no silêncio entre vocês dois, gritante demais para evitar.

Coração acelerado, todos os sentidos gritavam para negá-la, para se distanciar dessa conversa antes que ela saísse do controle. Mas qualquer coisa que pudesse ser dita parecia errada, pesada em sua língua enquanto você as forçava a sair.

— Não sei do que você está falando. —

Os olhos de Simon seguraram os seus, cheios de algo que você nunca tinha visto antes — um desespero que cortava seu comportamento normalmente composto.

— Por favor  —ele pediu, o apelo mais potente. — Só me diga...por favor s/n —

Como isso pôde estar acontecendo?

Imagines Simon RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora