AMOR PROIBIDO | TERRY SILVER - COBRA KAI |

「CAPÍTULO QUATRO」

「Capítulo 4 - Discussão」

A luz do sol filtrava-se através das janelas do dojo, criando um ambiente vibrante e cheio de energia. O cheiro de suor e determinação preenchia o ar enquanto Victoria se concentrava em suas técnicas de luta, sentindo-se mais confiante a cada dia que passava no Cobra Kai. Ela estava se adaptando bem ao novo ambiente, e a intensidade dos treinos a deixava animada.

Após o último treino, Victoria estava se alongando quando uma voz familiar a chamou.

— Oi! Você é nova aqui, né? — Uma garota de cabelos loiros e olhos penetrantes a observava com curiosidade. Era Tory, outra aluna do dojo.

— Sou, sim. Sou Victoria — respondeu, um pouco surpresa pela abordagem. Havia algo reconfortante na maneira como Tory se apresentava, e Victoria sentiu uma faísca de conexão. — Comecei a treinar aqui recentemente.

— Legal! Eu sou Tory. O Cobra Kai é intenso, mas você vai se acostumar — Tory disse, seu sorriso acolhedor dissipando um pouco da tensão que Victoria sentia. As duas começaram a conversar sobre os treinos, compartilhando dicas e experiências. Victoria se sentiu à vontade em compartilhar como o dojo a inspirava a ser mais forte.

A conversa estava se desenrolando bem quando, de repente, a porta do dojo se abriu com força. Daniel LaRusso entrou, sua expressão carregada de preocupação. O ambiente se tornou pesado, e todos os alunos pararam para observar a cena.

— Victoria! O que você está fazendo aqui? — ele exclamou, sua voz alta e cheia de tensão. O olhar dele percorreu rapidamente o dojo, aterrissando em Terry Silver, que observava a cena com um semblante calmo e avaliador.

Victoria se virou, o coração disparando.

— Estou treinando, pai. É o que eu quero — respondeu, tentando manter a compostura, mas a frustração começava a transbordar.

— Treinando? Com Terry Silver? Você não sabe com quem está se envolvendo! — A raiva de Daniel era evidente, suas palavras cortando o ar como uma lâmina afiada.

As palavras de seu pai a atingiram em cheio, e Victoria sentiu uma onda de indignação.

— Eu sei muito bem quem ele é, e isso não é da sua conta! — retrucou, sua voz subindo em intensidade. Ela não se deixaria intimidar.

Tory permaneceu ao lado de Victoria, sua presença ao lado da nova amiga oferecendo um apoio silencioso. Ambas podiam sentir a tensão crescente, e Tory, mesmo sendo nova ali, sabia que precisava apoiar Victoria.

— Você não pode simplesmente aparecer aqui e me dizer o que fazer! — Victoria continuou, a irritação se tornando evidente em sua voz. — O Cobra Kai me faz sentir forte, algo que você nunca se importou em me ensinar.

Daniel balançou a cabeça, seu olhar um misto de preocupação e frustração. — Você não entende. Silver manipulou pessoas a vida inteira. Ele não se importa com você. Está apenas usando você como um peão no jogo dele. — Ele olha ao seu redor — usando todos vocês, na verdade.

A expressão de Victoria endureceu.

— Você só está preocupado porque não consegue controlar a minha vida! Desde que decidiu deixar tudo para trás, você não sabe nada sobre mim!

O silêncio caiu sobre o dojo, e todos os olhos estavam fixos nela. Silver observava a cena com uma expressão neutra, mas com um brilho de interesse nos olhos. Ele sabia que esse confronto era crucial para entender a dinâmica entre eles e conseguir algum proveito disso.

— Victoria, isso não é seguro — Daniel insistiu, a preocupação evidente em seu rosto. — Você é minha filha, e eu não posso ficar de braços cruzados enquanto você se coloca em perigo.

— Eu não sou uma criança, e você precisa entender isso! — Victoria desafiou, sua voz cada vez mais firme. — Eu tenho o direito de tomar minhas próprias decisões. E o que é mais perigoso: ser treinada pelo Sensei Silver ou ficar presa a uma vida que você escolheu para mim?

A tensão no ar era visível, e Daniel pareceu hesitar por um momento. Ele não sabia como lidar com a nova independência da filha, e isso o deixava ainda mais frustrado.

Tory, ao lado de Victoria, ofereceu um olhar de encorajamento, solidificando o laço que começava a se formar entre elas.

— Você foi incrível – ela sussurrou, e Victoria sentiu um calor de gratidão.

— Isso não é só sobre você e Silver — Daniel disse, sua voz agora mais calma, mas cheia de emoção. — É sobre você se proteger de um mundo que não é gentil com pessoas como nós.

Victoria respirou fundo, a adrenalina ainda correndo em suas veias.

— Eu estou aqui por mim, pai. E vou continuar aqui, independentemente do que você pense!

O olhar de Daniel se endureceu. Ele sabia que não poderia simplesmente aceitar isso.

— Você está fazendo um grande erro — ele murmurou, parecendo triste e derrotado ao mesmo tempo. — Você realmente acha que ele se importa com você?”

Naquele momento, a raiva de Daniel parecia se transformar em desespero. Ele virou-se para Silver, que havia permanecido calmo durante toda a cena.

— Você tem que parar de manipular minha filha, Silver. Isso não é um jogo, e não vou deixar que você a use!

A atmosfera mudou, e todos no dojo sentiram a tensão aumentar cada vez mais. Silver, percebendo que a situação estava esquentando, se aproximou, um sorriso enigmático no rosto.

— Daniel, eu não estou aqui para machucar sua filha. Estou aqui para ajudá-la a se tornar a melhor versão de si mesma.

— Não é você quem decide o que é melhor para ela! — Daniel gritou, os músculos de seu corpo tensos com a frustração. — Ela é minha filha, e eu não vou permitir que você a controle!

Victoria sentiu a raiva crescer dentro de si.

— Pai, chega! Você está mais preocupado em me proteger do que em me entender! — Sua voz ecoou pelo dojo, e todos estavam atentos ao desenrolar da situação.

Daniel, então, virou-se para Silver, seu olhar desafiador.

— Eu não vou deixar você se aproximar dela. Você pode ter enganado muitos, mas não vai me enganar nem a ela.

Silver cruzou os braços, ainda com aquele sorriso confiante.

— Daniel, eu entendo seu instinto protetor, mas você precisa deixar Victoria fazer suas próprias escolhas. — o sorriso cínico cresceu no seu rosto, Daniel ficou irritado.

Victoria olhou para os dois homens, percebendo que a tensão entre eles estava muito além de sua própria luta. Era uma batalha de egos, uma disputa entre o passado e o futuro, e ela estava no meio disso tudo.

— Eu que decido o meu caminho, e não vou deixar que ninguém decida por mim. Não mesmo — Victoria disse, sua voz firme e decidida. O dojo ficou em silêncio, todos os olhos voltados para ela, e nesse momento, ela soube que havia dado um passo significativo em direção à sua própria independência.

Tory olhou para Victoria, admirando sua coragem. O apoio silencioso que ofereceu, agora se transformou em uma amizade nascente.