「CAPÍTULO OITO」

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「Capítulo 8 - Aproximação」

A festa já passava da meia-noite, e Victoria se encontrava em um dos corredores mais silenciosos do dojo, onde havia menos luzes e as sombras criavam um clima mais íntimo. Ela estava distraída, olhando para as fotos antigas nas paredes, quando ouviu passos se aproximando. Ao se virar, encontrou Terry parado a poucos metros, o olhar penetrante fixo nela.

— Você se cansou da festa? — ele perguntou, aproximando-se lentamente.

— Não, não... A festa está ótima — Victoria respondeu, tentando soar tranquila, mas sua voz traiu a leve tensão que sentia. Silver parecia diferente naquela penumbra, menos o Sensei e mais um homem cuja presença era inegavelmente envolvente.

Ele deu mais alguns passos, reduzindo a distância entre eles, e inclinou a cabeça ligeiramente, a avaliando com um olhar intenso.

— Você não parece o tipo de pessoa que gosta de multidões. Talvez prefira momentos mais... reservados.

Victoria sentiu seu coração acelerar.

— É... eu gosto de momentos assim, onde não há muitas distrações. — Ela respondeu de forma sedutora, sua voz saindo quase num sussurro.

Silver sorriu de canto, como se tivesse captado mais do que ela havia dito. Ele deu um passo ainda mais próximo, tão perto que Victoria podia sentir o calor que emanava dele.

— Você é interessante, Victoria. Há algo em você que me fascina — ele disse, sua voz baixa e um pouco rouca.

Ela sentiu um arrepio percorrer a espinha.

— Eu... nem sei o que dizer — confessou, nervosa, mas sem conseguir afastar o olhar. A presença dele a enfeitiçava de uma maneira que ela não conseguia controlar.

Ele ergueu a mão, hesitante, e então tocou delicadamente uma mecha do cabelo ruivo de Victoria, que caía sobre seu ombro.

— Este tom... ele combina com você — disse, observando como a luz fraca refletia nos fios. — E esse brilho nos seus olhos... você deve saber o quanto é linda.

Victoria sentiu o rosto corar, mas não desviou o olhar. Havia algo avassalador na maneira como ele a tocava, com um respeito que contrastava com a intensidade da situação.

— Obrigada... eu... acho que nunca tinha ouvido isso assim — ela murmurou, se sentindo quase vulnerável sob o olhar de Silver.

Ele riu, um som baixo que enviou uma nova onda de calor pelo corpo dela.

— Parece que você precisa ouvir mais vezes — ele disse, se aproximando ainda mais. Agora, seus rostos estavam a poucos centímetros de distância. O perfume dele era marcante, masculino e sofisticado, preenchendo o ar entre eles.

Victoria ficou sem palavras. O olhar de Silver era como um imã, e ela sabia que, naquele momento, estava sendo completamente tomada pelo desejo que começava a brotar entre eles. Sem pensar, ela olhou para os lábios dele, e Silver pareceu perceber, pois um sorriso lento se formou em seu rosto.

— Você está nervosa? — ele perguntou, com uma leve provocação no tom de voz, como se estivesse testando seus limites.

Ela respirou fundo, reunindo a coragem que só encontrava em sua presença.

— Não. Acho que estou apenas... curiosa.

Ele ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— Curiosa sobre o quê?

— Sobre você — ela admitiu, sentindo o peso das palavras. — E sobre o que estamos fazendo agora.

Silver não respondeu imediatamente. Em vez disso, ele se inclinou ligeiramente, aproximando-se ainda mais, de modo que o rosto de ambos quase se tocava. O olhar dele era intenso, mas havia também um traço de suavidade.

— Victoria, você tem ideia do quanto é tentadora? — A voz dele era quase um sussurro, fazendo com que ela se sentisse ainda mais atraída.

Ela mal conseguia respirar, sua mente em um turbilhão de emoções e pensamentos.

— Eu... acho que você está brincando comigo — disse, quase como uma acusação, mas sem qualquer intenção de o afastar.

— Não estou — Silver respondeu, sua voz baixa e séria. — Eu não brinco com sentimentos assim.

A declaração dele a desarmou completamente, e por um instante, Victoria não sabia o que fazer. A mão de Terry ainda tocava suavemente seu cabelo, e então ele a puxou um pouco mais para perto, agarrando a sua cintura.

— Mas eu também não quero apressar as coisas... quero que você sinta o que está acontecendo, tão intensamente quanto eu.

O coração de Victoria batia descontroladamente, mas ela não recuou. Em vez disso, se manteve ali, o encarando, como se esperasse por mais, por algo que confirmasse o que já sabia que estava surgindo entre eles. O olhar de Silver continuava fixo no dela, e, naquele momento, ambos sabiam que a conexão que compartilhavam não era apenas física. Era algo mais profundo, uma atração que ia além da simples curiosidade.

— Estou sentindo, Silver — ela sussurrou, sua voz repleta de honestidade. — E, ao mesmo tempo, tenho medo.

Ele tocou delicadamente o rosto dela, o polegar acariciando sua bochecha.

— Medo é apenas um obstáculo a ser superado... quando você estiver pronta.

Eles ficaram assim por um longo momento, apenas sentindo a presença um do outro. Para Victoria, era como se o mundo tivesse se reduzido ao espaço entre eles, e, pela primeira vez, ela percebeu que talvez estivesse disposta a se arriscar, mesmo que significasse mergulhar em algo desconhecido.

AMOR PROIBIDO | TERRY SILVER - COBRA KAI |Onde histórias criam vida. Descubra agora