「CAPÍTULO VINTE E DOIS」

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「Capítulo 22 - Consolo」

Victoria chegou em casa com o rosto marcado por lágrimas silenciosas que insistiam em escorrer enquanto tentava se manter firme. Abriu a porta e encontrou sua mãe, Jane, sentada na sala de estar, lendo um livro. Ao perceber a expressão devastada da filha, Jane imediatamente fechou o livro e se levantou.

– Filha… o que aconteceu? – perguntou Jane, com uma expressão de pura preocupação.

Victoria tentou falar, mas foi tomada por uma nova onda de choro. Ela não conseguia esconder a dor e a decepção que transbordavam de seu peito. Jane a envolveu em um abraço aconchegante, acariciando seu o cabelo enquanto aguardava que ela se acalmasse para conseguir falar. Depois de alguns minutos, Victoria finalmente respirou fundo e começou a contar tudo o que havia descoberto.

– Mãe… ele me manipulou – murmurou, a voz entrecortada. – Desde o começo, ele só queria me usar para atingir o meu pai.

Jane segurou o rosto de Victoria entre as mãos, limpando suas lágrimas com delicadeza. Ela já desconfiava que o envolvimento da filha com Terry não terminaria bem, mas ver a dor nos olhos dela partia seu coração.

– Ah, Victoria… sinto muito que você esteja passando por isso – disse Jane, com a voz suave, tentando não demonstrar a própria raiva.

Victoria soluçou, as palavras saindo aos tropeços conforme tentava explicar tudo que sentia.

– Eu… eu pensei que ele se importava de verdade comigo, sabe? Acreditei que tudo fosse real. E talvez fosse, mas… eu não sei mais. Não sei o que era verdade e o que era mentira. E agora… sinto que fui apenas uma peça, alguém que ele usou sem nenhum remorso.

Jane a abraçou novamente, a mantendo próxima e deixando que ela desabafasse.

– Você é tão forte, Victoria. E, mesmo que ele tenha te enganado, você percebeu a verdade. É isso que importa agora. A culpa não é sua, não importa o quanto você tenha se envolvido. Ele é o responsável por te manipular, e a dor que está sentindo vai passar com o tempo.

– Mas, mãe… como pude me deixar enganar assim? Como pude me envolver tanto? – perguntou, com a voz embargada, se sentindo ainda mais vulnerável ao se abrir dessa forma.

Jane olhou para a filha com um olhar amoroso e compreensivo.

– Todos nós temos momentos em que queremos acreditar em alguém, especialmente quando estamos em busca de algo que sentimos falta em nossa vida. Mas isso não te define, Victoria. O que importa agora é o que você faz a partir daqui, e estou aqui para te ajudar a superar isso, passo a passo.

Victoria assentiu, se sentindo um pouco mais leve com o apoio da mãe. Mesmo que ainda estivesse magoada, a presença e as palavras de Jane trouxeram algum alívio ao seu coração.

AMOR PROIBIDO | TERRY SILVER - COBRA KAI |Onde histórias criam vida. Descubra agora