+16 | Uma mente completamente solitária com um coração cheio de bondade tenta deixar toda a tristeza do passado para trás, mesmo sabendo que é inevitável esquecer aquilo que o enfraqueceu.
Victor Avellar, além de ser perfeccionista em tudo o que faz...
"Não consigo encontrar o seu lado bom Não quero julgar Mas quando você lê o seu discurso, é cansativo O que basta, basta Estou tapando meus ouvidos como uma criança Quando suas palavras não significam nada, eu digo: la-la-la Eu aumento o volume quando você fala Porque se o meu coração não pode evitar, vou encontrar uma maneira de bloquear, eu digo: La-la-la..."
Naughty Boy ft Sam Smith - La la la.
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Assim que eu estacionei e saí do meu carro, encarei o galpão velho que mais parecia uma casa abandonada no meio de uma estrada completamente sem ninguém. Ergui meu telefone até o rosto vendo a localização que Daniel havia me mandado para ter certeza se ele não tinha se enganado. As nuvens escuras sobre a casa deram um contraste medonho à cena, que, realmente, parecia com um filme de terror.
No segundo seguinte, lembrei da briga imensamente boba que acabei tendo com Eliza e meu coração apertou. Deveria ter ido para casa, para ela, para os braços dela, mas inconsequentemente estava aqui atrás de vingança. O anel de casamento que havia comprado pesava no bolso da frente da minha calça em sinal de que eu não deveria estar aqui, mas eu era teimoso demais para escutar.
Sabia que não era um dos homens mais corajosos do mundo, mas aquele lugar estava começando a me dar calafrios. O tom escuro das madeiras do lado de fora faziam contraste com a única janela que havia amostra e coberta por tábuas presas. Odiava lugares assim, por isso, comecei a digitar uma mensagem para Scott perguntando se ele estava me zoando. Contudo, quando a porta de madeira começou a ranger levemente, eu parei.
Por um segundo senti minhas pernas tremerem levemente, meu sangue pareceu ter congelado no corpo ao ver um pé saindo pela porta. Pensei em correr, só que já era tarde, pois a pessoa que usava capuz e balaclava vinha em minha direção. Eu era um ótimo lutador, isso eu não negava, mas se esse cara estivesse armado, não poderia fazer muita coisa. Quando ele chegou mais perto, coloquei o celular no bolso e suspendi meus punhos.
― Eu tenho família! ― bati os dentes, o homem riu, a risada era familiar. ― E vou casar, ouviu? Tenho uma noiva e vou casar. Não tente nada ou vai se arrepender.
― Que tipo de marido frouxo você vai ser para Elizabeth?
― Daniel?
― Soy yo.
― Mas... Você... Você tá diferente.
― Quem achou que era, paspalho? tú demorou. Vim apenas verificar se no tinha se perdido. ― tirou o capuz da cabeça e removeu a máscara preta.
― Porra, você me assustou. ― relaxei. ― Não te reconheci com todos esses acessórios, já que você só vive de terno, gravata e sobretudo. Difícil te reconhecer como um bandido.
― Bandido? De novo me chamando assim? ― cruzou os braços.
― Você entendeu o que eu quis dizer. Mas, antes de qualquer coisa, quero que me explique que merda é essa toda que está acontecendo, desde quando você tem uma casa para torturar pessoas? Aliás, que merda toda é essa que está rolando aqui?!
