O Amor Manda Mensagem

30 | Narração.

Assim que chegou à casa do Kim, Niki desceu do carro e o trancou, se certificando que não seria roubado, logo indo até a porta de entrada, tocou a campainha e esperou pacientemente para ser atendido.

Esperou poucos minutos para dar de cara com um Sunoo de fios loiros e bagunçados, com uma tiara felpuda de raposa em sua cabeça e uma roupa folgada. Extremamente lindo aos olhos do japonês.

— Amor! Por que não avisou que já estava vindo? Eu estava me arrumando todinho pra você... – Disse com um bico no rosto, completamente frustrado de ser encontrado daquela forma.

— Sabe que não precisa se produzir todo pra mim, né? Eu te amo de todas as formas. – Foi sincero, sorrindo apaixonado para o mais velho.

Ao ouvir a confissão, Sunoo sentiu as bochechas quentes e o estômago revirar.

— Niki...

— Olha, eu te trouxe o bolo que pediu e... Flores. – Mostrou os dois presentes que comprou antes de ir ate lá, sorrindo ao ver a cara de surpresa do namorado. — Você gostou?

— Niki- eu... Eu... Meu Deus! Eu amei! – Os olhos marejados entregavam o quanto estava feliz com aquela atitude, não conseguindo processar tudo. — Amor... Eu... Eu nem sei o que te dizer!

— Não precisa dizer nada.

No momento seguinte, o Nishimura deixou as coisas em cima do batente perto da porta, onde havia algumas plantinhas, para poder se aproximar do Kim, puxá-lo pela cintura e se inclinar para baixo, selando seus lábios.

Sunoo envolveu os braços no pescoço do namorado, emaranhando os dedos entre os fios escuros, acariciando-os assim como sua cintura era acariciada com cautela. O ósculo era calmo, não tinham a intenção de aprofundá-lo, apenas sentir o doce e presença de cada um. Foram segundos longos para conseguirem se afastar, tomando de volta o ar que lhes faltava.

— Eu te amo. – Confessou, colando sua testa na do mais velho.

— Eu te amo mais. – Retribuiu, sorrindo sem jeito.

Logo depois eles entraram para dentro de casa, e enquanto Niki retirava o bolo da embalagem para eles comerem, Sunoo colocava as flores em um jarro de água, pondo-as na estante do seu quarto para sempre que acordar, dar de cara com elas e lembrar o motivo de estar levantando.

Ao chegar na cozinha, encontrou o japonês comendo algumas uvas do pacote que tinha na geladeira, sorrindo sapeca ao ser pego no flagra.

— Comendo sem pedir? Que coisa feia, Niki. – Brincou, indo na direção dele e ganhando uma uva na boca.

— São verdes e sem sementes! Não pude resistir. – Sorriu amarelo, se inclinando para selar os lábios cheinhos.

— São as suas favoritas, tive que comprar.

Eles sorriram um para o outro, desfrutando um pouco mais das uvas antes de irem até a mesa para poderem comer o bolo que o Nishimura havia comprado, trocando risadas, selares e jogando conversa fora. Passaram o resto do dia daquela maneira, aproveitando a companhia um do outro das melhores maneiras possíveis.

Ao final da tarde, começou uma chuva forte em que eles tiraram um cochilo juntos, para logo em seguida correrem para fora de casa para brincarem no jardim.

Enquanto Niki se jogava nas poças de lama, Sunoo fazia bolos de lama, usando algumas gramas e flores pequenas para os enfeites. Aos poucos que ficava cansado, o mais novo se aproximava do namorado, até que estava sentado ao seu lado, observando-o atento em sua confeitaria. Niki riu completamente apaixonado ao vê-lo não gostar do próprio trabalho, logo o Nishimura começou a fazer um bolo ao seu lado.

Trocando olhares e sorrisos bobos, eles observavam o trabalho um do outro, até que Sunoo viu a forma que o bolo de Niki estava tomando, sentindo seu coração acelerar em paixão.

— Amor... – Seus olhos começaram a arder e ele mordeu o lábio inferior para segurar as lágrimas.

“ Niki e Sunoo, forever ” Era o que estava escrito no bolo em forma de coração.

— Eu te amo... – Disse derramando algumas lágrimas, sendo consolado no mesmo instante com abraços e beijos calorosos. — Você é tudo pra mim... O homem da minha vida, pra minha vida.

— Você foi a razão pra mim não desistir de mim mesmo. Obrigado por ter me mudado, Kim Sunoo. Eu amo você. – Tirou algumas mechas que caiam sobre os olhos dele, olhando profundamente em seus lumes. — Eu te amo.

— Eu te amo muito mais.

Fim.