Já imaginou fazer parte do eletrizante universo da Fórmula 1, vivendo momentos intensos ao lado dos maiores pilotos do mundo? Neste livro, você terá a chance de mergulhar em histórias únicas e inesquecíveis, onde cada página o leva para os bastidore...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Eu não vou te deixar ir. Nunca."
***
Com o tempo, não conseguimos mais esconder o que sentíamos. Aquilo que começou de maneira tão discreta, em pequenos encontros furtivos, tomou proporções inesperadas. Os rumores começaram a circular. A imprensa, sempre ávida por novidades, começou a especular sobre o nosso relacionamento, tentando decifrar olhares e gestos, buscando pistas em cada movimento. Mas nós, que sempre fomos cuidadosos, tentamos manter nossa privacidade por mais tempo possível. O que compartilhávamos era íntimo, algo que transcendeu as expectativas de todos à nossa volta. Eu era uma princesa, ele um dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos. Nossos mundos eram incompatíveis, mas o sentimento que nos unia parecia inabalável.
Apesar de todas as dificuldades, as críticas, e os desafios, sabíamos que nossa história já estava escrita de uma forma única. E, talvez por isso, a ideia de manter isso em segredo por mais tempo já não fazia mais sentido. A verdade é que, a partir de certo ponto, eu não queria mais esconder o que sentíamos. O amor que eu sentia por Ayrton era algo que eu não poderia mais manter em silêncio. Ele era mais que um piloto. Ele era o homem que havia quebrado as barreiras do meu coração.
Foi quando os rumores já haviam se espalhado por toda Mônaco que ele me fez um pedido que mudaria minha vida para sempre.
Era uma noite tranquila, a brisa fresca do mar tocando minha pele enquanto caminhávamos ao longo da costa. O restaurante onde íamos jantava era isolado, afastado da agitação da cidade, e a atmosfera ao nosso redor era tão calma quanto os nossos corações, embora eu soubesse que algo estava prestes a acontecer. Ayrton nunca foi de demonstrar nervosismo, sempre tão firme e centrado. Mas naquela noite, algo era diferente. Ele estava inquieto de uma maneira que eu não conseguia explicar.
Sentamos à mesa sob um céu repleto de estrelas. O ambiente era perfeito. A luz suave das velas refletia em seu rosto, criando sombras delicadas e revelando um olhar que eu sabia que escondia algo mais. Ele parecia absorver cada momento, como se a noite tivesse um significado especial para ele, mas ao mesmo tempo, havia um peso em sua expressão.
Eu estava ansiosa, embora não soubesse exatamente o motivo. O jantar transcorreu normalmente – conversamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Mas, à medida que o tempo passava, sentia que o silêncio entre nós estava crescendo, como se ele estivesse esperando o momento certo para falar. O olhar dele nunca se desviava de mim, e eu sentia como se o mundo inteiro tivesse desaparecido, deixando-nos apenas ali, entre o mar e as estrelas.
De repente, ele pousou as mãos sobre a mesa, segurando a minha com uma suavidade incomum para ele. Seu gesto fez meu coração disparar. Algo estava prestes a acontecer, eu podia sentir isso com a mesma certeza com que sabia que o amanhã traria consigo o nascer do sol.
— Sei que nossas vidas são complicadas — ele começou, sua voz carregada de uma emoção que, até então, eu nunca tinha ouvido antes. O tom baixo e hesitante me surpreendeu. — Mas... — ele parou por um momento, como se estivesse pesando as palavras, como se a magnitude do que estava prestes a dizer estivesse pesando em seus ombros. — Quer casar comigo?
O mundo ao meu redor se desfez. O som do mar, as luzes ao longe, as estrelas brilhando no céu, tudo parecia desvanecer, deixando apenas aquela pergunta ecoando em meus pensamentos. A pergunta que ele fizera, de uma forma tão simples, mas tão carregada de um significado profundo, de um amor que, até então, eu não havia permitido a mim mesma reconhecer por completo.
O silêncio se arrastou por um longo momento enquanto eu processava as palavras dele. Eu não sabia o que sentir. Meu coração estava acelerado, as emoções misturadas. Ele me olhava com uma intensidade que parecia cortar a distância entre nós, mas ao mesmo tempo, havia um tremor em sua expressão que indicava o quanto esse pedido significava para ele. Eu sabia que ele estava em um ponto de sua vida onde tudo poderia mudar. Sabia que ele estava colocando não apenas seu coração, mas também sua confiança em minhas mãos.
Ayrton não era alguém que fazia promessas vazias. Ele sempre foi um homem de ação, de coragem, alguém que se entregava inteiramente às suas paixões e, quando isso acontecia, não havia espaço para hesitação. Ele estava me pedindo para tomar uma decisão, para dar um passo que, ao que parecia, nos tiraria da zona de conforto e nos lançaria em uma nova vida, completamente diferente de tudo o que havíamos vivido até então.
E naquele momento, com o coração disparado e as palavras presas na garganta, eu soube que não poderia viver sem ele. Não queria viver sem ele. O que nós compartilhávamos era raro, era real, e isso não poderia ser ignorado ou deixado para trás.
Eu olhei nos olhos dele, buscando a certeza que ele me oferecia. Respirei fundo e, ao me dar conta de que não havia mais dúvidas, as palavras saíram de mim com mais facilidade do que eu imaginava.
— Sim, Ayrton. Sim.
Ele sorriu. Era um sorriso tão puro, tão genuíno, que me fez sentir como se o mundo tivesse voltado a girar ao nosso redor. Ele se inclinou em minha direção e, com uma gentileza que apenas ele tinha, segurou meu rosto entre suas mãos, como se tivesse encontrado finalmente a paz que tanto procurava. Suas mãos estavam quentes, seguras. Ele estava ali, completamente presente, e eu, mais do que nunca, sentia que havia tomado a decisão certa.
Ele me beijou com uma suavidade que eu não esperava, mas que era exatamente o que eu precisava. O beijo foi longo, doce, carregado de promessas não ditas e de uma felicidade compartilhada. Quando nos separamos, ele ainda segurava meu rosto, me observando com os olhos brilhando de emoção.
— Eu nunca vou deixar você ir — ele murmurou, como se fosse uma promessa feita não apenas com palavras, mas com o coração. E eu sabia, sem sombra de dúvida, que ele falava a verdade. Ele não seria como todos os outros. Ele estava disposto a enfrentar qualquer obstáculo para ficarmos juntos, para tornarmos o impossível uma realidade.
E naquele momento, a vida pareceu mais simples. O medo, as expectativas da realeza, os olhares curiosos da imprensa, tudo parecia distante. Eu não era mais apenas a princesa de Mônaco, e ele não era apenas o piloto lendário. Juntos, éramos duas pessoas que haviam se encontrado em meio a um mundo cheio de regras e impossibilidades, mas que agora estavam prontas para escrever sua própria história.
