60 - Toto Wolff

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"Para sempre, e sempre, e sempre, você será meu"

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"Para sempre, e sempre, e sempre, você será meu"

***

O clima suave de Viena no inverno parecia estar em sintonia com o aconchego das minhas emoções. A neve caía delicadamente, cobrindo a cidade com uma manta branca, e as luzes de Natal se refletiam nas ruas, criando um brilho suave e mágico. O ar gelado não era incômodo; ao contrário, trazia consigo uma sensação de calor invisível, de momentos tranquilos entre os desafios do mundo.

Toto, o homem que raramente se permitia uma pausa, decidiu naquele momento dedicar-se exclusivamente a nós. Eu sabia que aquele gesto, no meio da rotina cheia de compromissos e pressões, tinha um significado especial. Ele tinha o dom de perceber quando o tempo merecia ser desacelerado, e eu sentia a sorte de estar ali, com ele, naquela noite.

Andávamos lentamente pela rua, com nossos passos marcando um ritmo suave sobre a neve. Quando ele sorriu para mim, percebi que sua observação estava certa. Viena ficava realmente mais bonita no inverno, como se a cidade estivesse envolta em uma magia que só o frio poderia trazer. O tempo parecia suspenso, e, naquele instante, só existiam ele e eu.

— Você sabia que Viena fica ainda mais bonita no inverno? — perguntou Toto, sua voz suave e carregada de uma melancolia doce, como se compartilhasse comigo algo que somente ele, com sua bagagem de vida, poderia perceber.

Eu sorri, tocada pela profundidade da sua fala.

— É impossível não perceber. Mas acho que a cidade só revela toda a sua beleza quando a gente sabe olhá-la da maneira certa.

Ele me olhou com uma atenção silenciosa, e eu sabia que ele via mais do que um simples comentário sobre o clima.

— Exatamente — ele respondeu. — Muitas vezes, as coisas mais belas só aparecem quando sabemos onde olhar.

Seguimos em frente, com o som suave de nossos passos ressoando como uma melodia particular da noite. Passamos por mercados de Natal, com suas barracas coloridas e decoradas, e o aroma envolvente do vinho quente e das castanhas assadas preenchia o ar frio, criando uma atmosfera acolhedora. As pessoas se movimentavam por ali, algumas escolhiam presentes, outras simplesmente admiravam a decoração.

— Já pensou em como seria viver aqui, com os dois pés no chão, longe da correria? — perguntou Toto, sua voz envolta em uma curiosidade que parecia buscar mais do que uma resposta simples. Ele parecia perdido em seus próprios pensamentos, observando os flocos de neve que desciam suavemente do céu.

Eu ri baixinho, sentindo que o questionamento era mais profundo do que ele deixava transparecer.

— Quem sabe, talvez um dia — respondi, sem querer me aprofundar em um futuro incerto, preferindo viver aquele momento, com ele, ali.

— Eu ficaria feliz com isso — ele disse, e seus olhos se encontraram com os meus. Sua mão tocou a minha de forma delicada, quase como se tentasse transmitir algo que palavras não conseguiriam.

O gesto de sua mão sobre a minha me aqueceu mais do que qualquer lareira poderia. Era um conforto inexplicável, a certeza de que, naquele momento, tudo estava no lugar certo.

Paramos diante de uma pequena loja de artesanato, com suas prateleiras cheias de enfeites natalinos feitos à mão. Toto me puxou gentilmente para dentro, como se soubesse exatamente o que queria fazer. Ele se afastou para examinar os itens, e, após alguns minutos, escolheu um anel de cristal. O brilho suave do cristal refletia a luz das velas da loja.

— Este é para você — disse ele, entregando-me o presente com um sorriso tranquilo, como se fosse o gesto mais natural do mundo.

Eu admirei o anel, tocada pela sua escolha, e olhei para ele com um sorriso tímido.

— É lindo, Toto — respondi. — Mas por que esse?

— Porque cada floco de neve é único, assim como cada momento ao seu lado. Este anel é como a noite que estamos vivendo — rara e única.

O significado simples e profundo de suas palavras me tocou. Ele tinha o dom de fazer com que eu me sentisse especial, mesmo com gestos tão simples. Olhei para o anel, vendo como a luz refletia em seu cristal, e então o olhei de volta, cheia de gratidão.

Continuamos nossa caminhada, agora pelas ruas mais calmas da cidade, como se o silêncio tivesse sido feito para nós. O som da nossa conversa era suave, como se estivéssemos imersos em uma bolha protetora contra o mundo lá fora.

Toto me conduziu até um café escondido, um lugar que ele conhecia bem. Quando entramos, a sensação de acolhimento era imediata. O calor do ambiente contrastava com o frio lá fora, e o aroma do café recém-preparado nos envolvia, convidando-nos a relaxar. Sentamos perto da janela, com uma vista privilegiada da rua iluminada pela neve. A xícara de chocolate quente que ele pediu estava acompanhada de um sorriso suave que fazia meu coração bater mais rápido.

— Este momento é perfeito, não é? — perguntei, com a voz suave, já sentindo que o tempo havia desacelerado, como se tivesse parado para nós dois.

Toto sorriu, seus olhos brilhando com uma tranquilidade que me fazia sentir que não havia mais nada que eu precisasse além dele, naquele lugar.

— Perfeito. Como cada momento ao seu lado.

O café se tornou uma pausa deliciosa, uma continuação daquela noite mágica. Entre sorrisos e olhares cúmplices, o tempo passou sem pressa. E, mesmo com a noite chegando ao fim, eu sabia que o que havia vivido ali com Toto era algo que eu guardaria para sempre.

Quando a noite chegou ao fim, ele me acompanhou até o carro, mas antes de eu entrar, ele me puxou para um abraço apertado. Senti o calor do seu corpo, o conforto da sua presença, e soube que aquele amor, aquele momento, seria o suficiente para me aquecer em qualquer tempestade que o futuro pudesse trazer.

— Obrigado por fazer minha noite ainda mais especial — ele sussurrou, com a voz carregada de significado.

Eu sorri, com o coração pleno.

— A magia é sua, Toto. E sempre será.

***

Estou pensando em fazer um especial de Natal com os 20 pilotos do grid atual, mas também com os que entrarão no próximo ano. O que acham?

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