Já imaginou fazer parte do eletrizante universo da Fórmula 1, vivendo momentos intensos ao lado dos maiores pilotos do mundo? Neste livro, você terá a chance de mergulhar em histórias únicas e inesquecíveis, onde cada página o leva para os bastidore...
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"Às vezes, o coração vê o que é invisível aos olhos."
***
A noite estava tranquila, quase mágica. Sempre acreditei que o universo tem uma maneira estranha de fazer as coisas, de colocar as pessoas no lugar certo, no momento certo. Mas, naquela noite, parecia que algo ainda mais especial pairava no ar, como se todas as estrelas tivessem se alinhado para que o momento entre mim e Felipe acontecesse.
A festa estava animada, cheia de risos e conversas animadas, mas havia algo na atmosfera que fazia o resto do mundo parecer distante. As luzes suaves, o som da música ao fundo e as pessoas ao nosso redor se misturavam em uma névoa suave que nos isolava, mas ao mesmo tempo nos conectava. Felipe estava ali, como sempre, com seu sorriso encantador e aquele jeito tranquilo que fazia tudo ao seu redor parecer mais leve.
Eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele tinha algo especial. Era mais do que a fama que carregava, mais do que os troféus e vitórias nas pistas de corrida. Havia algo nele que renovava minha curiosidade, como se ele tivesse camadas que eu quisesse explorar e descobrir. Não sei exatamente quando nossa amizade se transformou em algo mais, mas naquela noite, eu sabia que algo estava prestes a acontecer.
Nos olhamos por um instante, e algo naquele olhar me fez sentir que a tensão entre nós não era apenas fruto da minha imaginação. Ele parecia absorver o ambiente, mas seus olhos estavam em mim, como se ele também tentasse entender o que estava acontecendo entre nós. Não era um olhar comum, mas intenso, carregado de algo que eu não sabia nomear, mas que me deixava inquieta.
Com o tempo, nossas conversas com o grupo de amigos foram se dispersando. A festa continuava no mesmo ritmo, mas uma pequena distância se abriu entre nós e os outros. Eu sentia que algo nos chamava para longe daquele lugar. Ele sugeriu, com um sorriso discreto, que fôssemos até o jardim.
— Vamos dar uma volta? O ar aqui dentro está pesado demais — disse ele, com um tom que soava quase como um convite silencioso.
E, sem hesitar, seguimos juntos para fora, em direção ao jardim iluminado por lâmpadas baixas e suaves. As luzes fracas criavam sombras dançantes nas plantas e árvores ao redor, dando um clima quase onírico ao ambiente. O vento fresco da noite nos envolvia, e o som distante da música parecia mais um sussurro. Ali, tudo parecia mais calmo, mais focado, e de repente eu percebi o quanto meu coração estava acelerado.
Conversamos sobre muitas coisas, como sempre fazíamos. Falamos sobre corridas, sobre os altos e baixos da vida, sobre o que queríamos para o futuro. Mas, a cada palavra que trocávamos, eu sentia que algo estava mudando entre nós. As risadas dele, tão naturais e espontâneas, faziam meu coração bater mais rápido. Era como se o tempo estivesse se esticando, nos envolvendo em uma bolha onde nada mais importava. Eu podia sentir a proximidade dele, o calor da sua presença, e uma crescente curiosidade sobre o que aconteceria a seguir.
Aquela conversa, que parecia tão normal, era, na verdade, um prelúdio de algo mais. Eu sabia disso, e ele também parecia saber. Quando ele falava, a suavidade da sua voz me fazia querer ouvir mais. Mas, a cada momento, a tensão aumentava. Ele estava ali, a poucos centímetros de mim, e a cada riso, a cada troca de olhares, sentia que ele se aproximava mais. E eu não queria afastá-lo. Eu queria mais. Eu precisava mais.
— Sabe, Sn... — Felipe começou, sua voz mais suave agora, mais íntima. — Às vezes, as coisas acontecem de um jeito que a gente não entende, mas, no fundo, sabe que eram para acontecer.
Aquelas palavras me pegaram desprevenida. Ele estava tão perto, tão próximo que eu podia sentir a sua respiração tocando o meu rosto. O coração bateu forte no peito, e uma corrente elétrica percorreu meu corpo. O que ele queria dizer com aquilo? Era só mais uma frase de efeito? Ou havia algo mais ali? A tensão estava insuportável.
Olhei para ele, tentando encontrar uma resposta, mas algo no olhar dele me disse que ele também estava sentindo a mesma coisa. E, antes que qualquer um de nós dissesse algo mais, o momento se intensificou. Ele se inclinou para frente, e, sem pensar, eu fiz o mesmo. O resto do mundo desapareceu. Não havia mais música, nem risos, nem amigos ao redor. Só havia a gente, ali, no meio daquele jardim iluminado pela lua.
Quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez, foi como um choque. Não foi rápido, nem agressivo, mas suave e hesitante, como se ambos estivessem esperando o sinal certo para dar o passo. No começo, foi apenas um toque leve, mas logo as mãos dele foram em minha cintura, me puxando para mais perto. O beijo se aprofundou, e a pressão dos nossos corpos juntos fez com que tudo ao meu redor sumisse. Como se o tempo tivesse parado.
Eu me entreguei a ele sem hesitar, e ele também parecia fazer o mesmo. Não havia mais perguntas, só a resposta que nos unia. O calor do seu corpo próximo ao meu fazia meu coração bater mais rápido, e eu queria mais. Ele não se afastava. O toque dele era suave, mas decidido, como se ele soubesse exatamente o que queria, como se tivesse esperado por aquilo também.
Quando finalmente nos separamos, eu estava atordoada. Não sabia o que pensar, nem o que dizer. Apenas fiquei ali, encarando-o, tentando processar o que acabara de acontecer.
Felipe sorriu para mim, um sorriso genuíno e cheio de algo que eu não conseguia identificar, mas que fazia meu peito apertar. Ele estava tão perto que eu podia sentir o calor da pele dele contra a minha.
— Achei que não ia ter coragem de fazer isso — disse ele, com um tom de brincadeira, mas seus olhos estavam sérios, como se estivessem dizendo algo mais.
Eu ri, ainda um pouco tonta, sem saber se estava acreditando no que tinha acontecido. Não conseguia tirar os olhos dele, e minha respiração ainda estava irregular.
— E eu achei que você não tivesse coragem também — respondi, brincando, mas meu coração não mentia. Eu estava mais viva do que nunca.
Ele riu baixinho, o som suave e contagiante que sempre me fazia sentir que estava em casa. E ali, naquele momento, no meio do jardim iluminado pela lua, entre as risadas distantes da festa e o sussurro da brisa noturna, algo havia mudado entre nós. Algo que eu sabia que não seria mais desfeito.
Não sabia o que o futuro nos reservava, mas aquele momento, com Felipe ali, foi só o começo de algo novo. Algo que, sem dúvida, seria especial.