122 - Especial de Natal - Nico Hülkenberg

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"Eu poderia ficar com você por um milhão de anos e ainda achar que é a primeira vez

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"Eu poderia ficar com você por um milhão de anos e ainda achar que é a primeira vez."

***

A primeira coisa que senti quando saímos do carro foi o frio, cortante, típico da Alemanha no inverno. A cidade estava coberta de neve, e os telhados das casas pareciam saídos de um conto de fadas. O mercado de Natal de sua cidade natal estava a poucos passos dali, e o som de risadas e músicas natalinas preenchia o ar.

Nico estava ao meu lado, com aquele sorriso tranquilo no rosto, e me guiava com a mão firme em minhas costas. A sua presença sempre me passou uma sensação de segurança, como se tudo ao nosso redor fosse acolhedor e perfeito, mesmo em meio ao frio.

— Pronta para o melhor mercado de Natal? — ele perguntou, seu tom suave carregado de empolgação.

Eu sorri, sentindo a magia da noite se espalhar ao meu redor.

— Sempre.

O Mercado de Natal era encantador. As barracas, feitas de madeira, estavam enfeitadas com luzes douradas e vermelhas, e o aroma de vinho quente e biscoitos de gengibre pairava no ar. O som de sinos e o murmúrio das pessoas que exploravam as barraquinhas dava àquele lugar uma atmosfera calorosa, apesar da temperatura lá fora.

Nico me guiou até uma barraca que vendia pequenos enfeites para a árvore de Natal. Ele parecia decidido, seus olhos examinando cada detalhe com um brilho peculiar. Quando encontrou o que procurava, pegou um enfeite de vidro delicado — uma estrela dourada, com pequenas pedras brilhantes incrustadas.

— Para você — ele disse, colocando o enfeite em minhas mãos.

Fiquei sem palavras, tocando o vidro suave.

— É lindo — respondi, minha voz rouca pela surpresa.

— Combina com o seu sorriso — ele completou, o sorriso de sempre, mas com um toque de sinceridade que me fez rir suavemente.

Nos próximos minutos, exploramos mais barracas, provando os petiscos típicos da época. O cheiro das castanhas assadas e da carne grelhada nos fazia rir enquanto Nico tentava, sem sucesso, convencer-me a experimentar algo mais exótico, como um prato típico que ele adorava, mas que eu achava meio estranho.

— Você não vai se arrepender — ele insistiu, oferecendo-me um pedaço de um prato frito que tinha um cheiro peculiar. Eu olhei para ele, desconfiada, e ele riu.

— Ok, ok, vamos para o vinho quente — ele disse, entregando-me um copo fumegante de especiarias e vinho, o que foi uma verdadeira salvação contra o frio. O calor do líquido me aqueceu por dentro, e pude sentir meu corpo relaxando ao lado de Nico, que estava feliz por estar compartilhando essa experiência comigo.

A noite avançava, e o mercado de Natal estava ficando cada vez mais encantador. As luzes piscavam por todo lado, e as pessoas pareciam mais animadas à medida que a noite avançava. Nico olhou para mim com um sorriso tímido, os olhos brilhando de uma forma que eu não conseguia entender, mas que me deixava completamente envolvida.

— Eu tinha uma ideia — ele disse, me olhando com aquela intensidade tranquila, — quero te comprar algo.

— Você já me deu o enfeite — eu ri, achando a ideia fofa. — Eu não preciso de mais nada.

— Eu sei — ele respondeu, mas seu olhar estava firme, e ele parecia muito determinado. — Mas eu quero te dar algo mais.

E, sem esperar muito, me levou até uma barraca que vendia uma infinidade de cachecóis, gorros e luvas de todos os tipos. Ele ficou parado em frente à prateleira cheia, e seus olhos brilharam com a descoberta.

— Este — ele disse, pegando um cachecol vermelho, com detalhes de flocos de neve bordados. — Combina com o seu sorriso, e vai te manter aquecida.

Eu fiquei sem palavras por um momento. Nico, com toda sua simplicidade, estava me presenteando de forma tão doce, sem pressa, sem pressões. Ele queria me ver feliz, e isso, por mais simples que fosse, era tudo o que eu precisava.

— Eu adoraria — eu disse, minha voz suave. — Obrigada, Nico.

Ele sorriu, e vi em seus olhos um brilho que só os momentos mais especiais podem proporcionar. Ao me entregar o cachecol, ele cuidadosamente o enrolou ao redor do meu pescoço, ajustando-o de uma forma que fizesse com que eu me sentisse confortável e aquecida. Era como se o gesto simples, mas carregado de carinho, fosse o ponto culminante de um dia que se tornava cada vez mais especial.

Com o cachecol em volta do pescoço, seguimos pela praça decorada. As luzes de Natal estavam por toda parte, refletindo na neve que cobria as calçadas, criando uma atmosfera mágica. Estávamos no meio do mercado, com sacolas cheias de doces e presentes, e mesmo com a neve caindo suavemente ao nosso redor, eu não sentia frio. Nico estava ao meu lado, e isso tornava tudo perfeito.

De repente, ele parou no meio da rua. As luzes das árvores de Natal estavam piscando em uma sincronia encantadora, e a atmosfera parecia intocada pelo tempo.

— Este é o melhor Natal da minha vida — ele disse, sua voz baixa e sincera, mas com a emoção de quem sente o peso da verdade em cada palavra.

Eu olhei para ele, os olhos arregalados, e antes que eu pudesse dizer algo, ele se aproximou. Nico estava tão perto que pude sentir a suavidade do seu hálito, e então, de forma suave e carinhosa, ele me beijou. O beijo foi lento e cheio de doçura, como se o tempo tivesse parado ao nosso redor. Era como se a simplicidade daquele momento fosse suficiente para expressar tudo o que não conseguíamos dizer.

Quando ele se afastou, ainda com as mãos em meu rosto, seus olhos estavam fixos nos meus, e eu soube que ele não estava falando apenas sobre o Natal, mas sobre nós. Sobre o quanto aquele momento, com ele ao meu lado, significava mais do que qualquer presente ou tradição.

— Eu não sei o que seria deste Natal sem você — ele disse, seus olhos me dizendo tudo sem precisar de mais palavras.

Naquele momento, eu soube que este, sem dúvida, seria o melhor Natal da minha vida também.

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