Sentimentos - Doarda e Sofia

Capítulo 12

Eduarda Hippler

Após o café da manhã, eu e Sofia nos arrumamos para ir buscar os exames da vovó. Sofia estava decidida a conhecer a vovó, e não a julgo, pois contei a ela que foi a vovó quem me ajudou a colocar juízo na cabeça em relação a nós duas.

Espero, do fundo do meu coração, que tudo esteja certo nos exames da vovó e que não haja nada de errado. Quando chegamos ao laboratório, Sofia segurava minha mão o tempo todo. Pedi para que a vovó ficasse em casa e me esperasse lá.

— Duda: Eu não vou aguentar a ansiedade, eu vou abrir. — disse para a mulher ao meu lado. Entreguei minha bolsa para Sofia e sentei na calçada mesmo.

Quando abri o envelope, meus olhos se encheram de lágrimas, mas não por tristeza, e sim por alívio. Estava tudo bem com a vovó; realmente foi só um susto. Pensando de forma positiva, foi um susto; agora eu e Sofia estávamos bem.

— Sofia: O que foi, Duda? — Eu a olhei e a abracei apertado. — Eduarda, você está me assustando. O que deu nesse exame?

— Duda: A vovó está bem, Sofia. Foi uma pequena alteração na diabetes dela. Aqui diz que dá para resolver com o aumento da dosagem de insulina. — Disse, secando minhas lágrimas.

Sofia sorriu e me abraçou forte. Eu tinha sorte de tê-la ali comigo, minha melhor amiga, a minha pessoa, a pessoa por quem eu era apaixonada.

Chegamos em casa e a família toda já estava lá. Alguns olharam para mim e para Sofia com um olhar estranho, mas eu não estava me importando com isso. Dei a notícia de que a vovó iria ficar bem e que foi só um susto. Todos comemoraram.

Sofia ficou num canto da sala sozinha até que vi a vovó indo até lá conversar com ela. Eu não queria incomodar, mas confesso que fiquei um pouco agitada. Fiquei observando as duas de longe.

Sofia Santino

A família de Duda era bem animada. Fiquei muito feliz pela Duda e pela avó dela; que bom que era apenas uma alteração na diabetes. Fiquei perdida nos meus pensamentos sobre eu e Duda até sentir alguém se sentar ao meu lado.

— Margarida: É Sofia, não é? — disse a senhora que logo se acomodou ao meu lado.

— Sofia: É sim, dona Margarida — respondi à avó da Duda com um sorriso.

— Margarida: Dispensa as formalidades, Sofia. Pode me chamar só de Margarida, ou como diz a Duda: Vovó. — Apenas sorri para ela novamente e direcionei meu olhar até a Duda. E até distraída, ela era perfeita. Acho que acabei entrando em um devaneio.

— Margarida: Acho que o amor jovem é a coisa mais linda e pura que existe, principalmente entre mulheres. A Duda gosta muito de você também, querida. Espero que você a ame tanto quanto ela te ama.

— Sofia: Ah, eu gosto mais do que consigo expressar.

— Margarida: Mas ela sabe e entende. Espero que você não a deixe escapar.

— Sofia: Eu me culpava para sempre se fizesse isso.

— Margarida: Fico feliz em saber que minha neta está em boas mãos. Nunca vi ela apaixonada como está nesse momento, nem triste e cabisbaixa como estava quando vocês não se falavam.

— Sofia: Ela me disse algo assim, mas é complicado. Sinto muito por deixá-la triste.

— Margarida: Eu sei, ela me contou. Dei alguns conselhos sobre isso também, e ela te entende.

— Sofia: Muito obrigada! — sorri gentilmente.

— Margarida: Não precisa me agradecer; vovós servem para isso. — Logo olhei para frente e vi minha amada vindo em nossa direção.

— Duda: Estão falando mal de mim? — nos olhou desconfiada.

— Margarida: Claro que não, minha neta. — respondeu a senhora ao meu lado, rindo e dando um beijo na lateral da cabeça da morena.

Duda logo se sentou ao meu lado e me deu um selinho.

— Duda: O que foi? Está com vergonha da minha família? — me olhou desconfiada quando separei nosso selinho rapidamente.

— Sofia: Um pouco, mas alguns de seus parentes parecem não gostar de nós duas juntas.

— Duda: Quer subir para o meu quarto? Garanto que lá a gente pode se beijar melhor. — me olhou com um olhar malicioso.

— Sofia: Para de ser assim, garota, mas quero sim, só porque quero ficar agarradinha contigo.

Subimos para o quarto da Duda, mas não fizemos nada. Cumpri minha promessa a mim mesma: não quero fazer nada enquanto estivermos na casa da mãe dela.

Eu e Duda combinamos de voltar na sexta-feira para minha casa, pedi para Duda passar uns dias lá, porque sinceramente, precisamos matar a saudade...

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Oi vidas!!
Voltei amanhã provavelmente vai ter outro amo vocês e obrigada pelos 2k!!! 🫶