Capítulo 10 - Envergonhado

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Acordei com um estrondo vindo da cozinha. De novo.

Abri os olhos devagar, a luz da manhã atravessando as cortinas e me forçando a encarar o fato de que era hora de levantar. O som de um objeto caindo e a voz abafada da Laura soltando um "foi sem querer!" me fizeram soltar um suspiro pesado. De todas as coisas que poderiam me tirar do pouco sono que tive, claro que seria ela.

Por que eu concordei em deixá-la ficar aqui mesmo? Ah, claro, porque sou o irmão legal.

Ainda deitado, fechei os olhos por um momento, tentando ignorar o barulho, mas minha mente não colaborava. A conversa com a Laura da noite anterior vinha em flashes desconfortáveis. As palavras dela ecoavam na minha cabeça: "Você tá afim dela, Marc." Balanço a cabeça, como se isso pudesse apagar o pensamento. Eu? Afim da Helena? Impossível. A gente só teve algumas conversas... Mais intensas, talvez, mas nada demais. Ela só... É interessante. Isso não significa nada. Certo?

Outro barulho me arrancou das reflexões. Um som que só podia ser algum utensílio caindo no chão.

Suspirei mais uma vez, jogando as pernas para fora da cama. Meus ombros estavam tensos, minha cabeça pesada. A noite tinha sido um desastre – primeiro a Laura me provocando, depois eu mesmo me torturando com pensamentos que não deviam estar ali. Decidi que era hora de levantar antes que minha irmã destruísse meu apartamento inteiro.

Levantei-me com preguiça, passando a mão pelo rosto na tentativa de despertar. O espelho no banheiro refletia alguém mais cansado do que eu achava que estava. Eu encarei meu reflexo por um momento. "Você tá afim dela, é óbvio", Laura tinha dito. "Cala a boca, Laura," murmurei para mim mesmo, enquanto abria a torneira e jogava água no rosto.

Se eu estivesse mesmo afim da Helena... Bom, não estaria, porque isso não faz sentido. Ela é profissional, séria, definitivamente fora do meu alcance. É melhor não complicar as coisas. Além disso, não faz nem sentido eu ficar remoendo isso. Não tem nada ali. Absolutamente nada.

Saí do banheiro com esse mantra na cabeça e segui até a cozinha, ainda meio zonzo.

— Que você quebrou agora, Laura? — Perguntei, minha voz rouca de sono.

Encontrei minha irmã agachada no chão, pegando os cacos de uma xícara quebrada. O café pingava na bancada e no chão, um desastre completo.

— Desculpa, Marc! — Ela disse, com um sorriso que não combinava em nada com o estrago. — Eu tava tentando fazer café pra você. Mas... Bom, deu nisso.

Suspirei e me encostei na bancada, cruzando os braços.

— Laura, você consegue fazer alguma coisa na cozinha sem destruir metade dela?

— Não se preocupa. — Ela respondeu, ainda sorrindo. — Eu limpo tudo.

— Aham. — Resmunguei, pegando um pano para ajudá-la.

psicoamor || marc casadó & helenaOnde histórias criam vida. Descubra agora