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𝔒  resto do dia transcorreu de maneira estranhamente tranquila. Alex, ainda processando suas conversas com Thomas, tentava ignorar as borboletas que insistiam em voar em seu estômago sempre que pensava no homem. Ele sabia que havia algo perigoso na forma como Thomas Shelby se aproximava dele, mas também sabia que era inútil fingir que não estava intrigado, talvez até atraído.

Quando fechou a loja naquela noite, Alex sentiu um alívio ao perceber que os homens que o seguiam no dia anterior não estavam por perto. Pelo menos, não de forma visível. Ele caminhou para casa, com as mãos nos bolsos do casaco, o colar ainda repousando no balcão da loja, onde ele o deixara.

Seu quarto na pensão era pequeno, mas confortável, e Alex gostava da privacidade. Depois de preparar um chá quente e organizar algumas anotações sobre flores para o dia seguinte, ele finalmente se permitiu relaxar.

Na manhã seguinte, Alex decidiu devolver o colar. Ele embrulhou cuidadosamente a joia em um pedaço de tecido e colocou-a no bolso. Mesmo que não soubesse exatamente como Thomas reagiria, sentia que precisava estabelecer limites.

Pouco depois do meio-dia, Alex deixou um garoto cuidando da loja e seguiu para o Garrison, o bar que ele sabia ser um dos lugares favoritos de Thomas. Quando chegou, o ambiente estava movimentado, mas ele o avistou imediatamente: sentado em uma mesa no canto, conversando com Arthur e John Shelby, mas claramente no comando.

Thomas o viu antes que Alex pudesse se aproximar, seus olhos imediatamente capturando os dele. Ele inclinou levemente a cabeça em um gesto de reconhecimento, e Alex respirou fundo antes de ir até a mesa.

— Alex Dupont — disse Arthur, um sorriso travesso surgindo em seu rosto. — Que honra ter você aqui.

Alex não sabia se aquilo era sarcasmo ou sinceridade, mas ignorou com um quase sorriso para não ser mau educado, focando-se em Thomas.

— Posso falar com você em particular? — perguntou, sua voz firme apesar do nervosismo que sentia.

Thomas ergueu uma sobrancelha, surpreso pela abordagem direta, mas não hesitou. Ele levantou-se, sinalizando para que os irmãos continuassem sem ele, e guiou Alex até um canto mais reservado do bar.

— O que o traz aqui? — perguntou Thomas, suas mãos nos bolsos enquanto ele observava Alex atentamente.

Alex tirou o embrulho do bolso e estendeu-o para Thomas.

— Não posso aceitar isso.

Thomas olhou para o pacote por um momento antes de pegá-lo. Ele desembrulhou lentamente, revelando o colar, e então voltou seu olhar para Alex.

— Por quê?

Alex hesitou.

— Porque eu não quero que isso seja... algo que você use para me controlar.

Thomas ficou em silêncio, seus olhos avaliando cada detalhe da expressão de Alex. Quando finalmente falou, sua voz era baixa, mas carregada de emoção.

— Não era essa a intenção.

— Então qual era? — Alex pressionou, cruzando os braços.

Thomas deu um leve sorriso de lado, mas desta vez parecia genuíno, quase vulnerável.

— Eu queria te agradecer. Pelo arranjo. E talvez... garantir que você se lembre de mim.

Alex sentiu suas defesas enfraquecerem. Ele não esperava aquela honestidade, e isso o desarmava mais do que qualquer outra coisa.

— Eu não vou esquecer de você, Thomas — disse Alex suavemente. — Você não precisa de presentes para isso.

Thomas observou-o por um momento, e então, para surpresa de Alex, devolveu o colar a ele.

— Então fique com isso por você mesmo. Não como um presente meu, mas porque combina com você.

Alex abriu a boca para protestar, mas Thomas levantou a mão, interrompendo-o.

— Sem discussão.

Relutante, Alex guardou o colar no bolso.

— Você é um homem difícil, Thomas Shelby.

Thomas sorriu, e havia algo mais suave em seus olhos agora.

— E você é teimoso, Alex Dupont. Acho que vamos nos dar bem.

Alex não pôde evitar um pequeno sorriso.

— Talvez.

Enquanto Thomas o observava sair do Garrison, ele sentiu algo que raramente experimentava: uma mistura de fascínio e calma. Alex não era como ninguém que ele conhecera antes, e Thomas sabia que, por mais perigoso que fosse, não estava disposto a deixá-lo escapar.

E Alex, ao sair pela porta, sentia que, apesar de sua determinação em manter distância, estava cada vez mais no mundo complicado e irresistível de Thomas Shelby.

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ᶦⁿˢᵗᵃᵍʳᵃᵐ: @me_d0minick
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Entre Flores E Balas - THOMAS SHELBY × OC MASCOnde histórias criam vida. Descubra agora