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𝔄  conversa entre Alex e Thomas fluía de maneira surpreendentemente natural. Apesar de toda a intensidade que Thomas carregava, Alex começava a perceber que havia uma humanidade por trás daquela fachada impenetrável. Ele não era apenas o líder dos Shelby; ele era um homem que, de alguma forma, queria protegê-lo.

Thomas pediu mais dois copos de uísque, e Alex decidiu relaxar. Permitiu-se saborear a bebida e o momento, embora ainda sentisse que estava em território desconhecido.

— E quanto a você, Dupont? — perguntou Thomas, recostando-se na cadeira. — O que te trouxe para Small Heath?

Alex hesitou por um instante. Ele nunca gostou de falar sobre o passado, mas algo na expressão de Thomas o encorajava.

— Queria um recomeço — respondeu, finalmente. — Algo longe do que me prendia.

Thomas assentiu, como se entendesse perfeitamente.

— Um novo começo nem sempre é fácil.

— Não, não é — concordou Alex. — Mas eu não tinha escolha. Precisei deixar tudo para trás.

Thomas observou Alex com atenção, seus olhos parecendo ler mais do que Alex dizia.

— E encontrou o que procurava?

Alex sorriu de canto, um pouco melancólico.

— Acho que ainda estou procurando.

Thomas ficou em silêncio por um momento, antes de falar novamente, sua voz baixa e direta.

Não precisa procurar sozinho.

As palavras atingiram Alex de maneira inesperada. Ele nunca pensou que poderia ter alguém ao seu lado, alguém que realmente quisesse ajudá-lo sem pedir nada em troca, ou apenas força-lo a algo.

— Você diz isso como se fosse simples — murmurou Alex, olhando para o líquido âmbar no copo.

— Nem sempre é — admitiu Thomas. — Mas algumas coisas valem o esforço.

Alex ergueu os olhos, encontrando os de Thomas. Havia algo tão intenso e ao mesmo tempo reconfortante naquele olhar que ele sentiu um nó na garganta.

— Obrigado — disse Alex, simplesmente.

Thomas sorriu levemente, um gesto raro que suavizou suas feições marcantes.

— Não precisa me agradecer, Alex.

O nome de Alex soou quase carinhoso na voz de Thomas, e isso fez o coração dele acelerar. Ele desviou o olhar rapidamente, tentando recuperar a compostura.

O silêncio entre eles foi interrompido quando o som de passos ecoou pelo bar. Um dos homens de Thomas se aproximou, sua expressão séria.

— Chefe, precisamos de você lá fora.

Thomas assentiu, levantando-se sem demora. Antes de sair, virou-se para Alex, seu tom firme, mas com um toque de gentileza.

— Volte para casa direto depois daqui. E se algo acontecer, me avise.

Alex assentiu, mesmo sabendo que teria que voltar à sua floricultura para fechar e dispensar seu ajudante , sem conseguir dizer mais nada enquanto via Thomas sair pela porta do Garrison, seguido por seus homens.

Naquela noite, Alex caminhava de volta para casa pelas ruas de Small Heath após fechar sua floricultura. O vento estava frio, e ele manteve o casaco fechado enquanto segurava o colar ao redor do pescoço. Apesar do cuidado constante de Thomas, ele não pôde evitar o desconforto que sentia ao atravessar as ruas escuras.

Os pensamentos sobre Thomas ocupavam sua mente, misturando-se com a preocupação pelo perigo que ele enfrentava. Alex sabia que aquele mundo era arriscado, mas a conexão que começava a surgir entre eles o fazia querer arriscar mais do que ele imaginava ser capaz.

Ao chegar em sua pequena pensão, Alex fechou a porta com cuidado e se jogou na cama, exausto. Ele tocou o colar mais uma vez, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.

Talvez, pensou ele, Thomas Shelby não fosse tão inatingível quanto parecia.

Enquanto isso, Thomas estava no escritório da sede dos Shelby, sua mente dividida entre o trabalho e as memórias daquela tarde. Ele raramente se permitia distrair, mas Alex tinha uma maneira de invadir seus pensamentos.

Ao acender um cigarro, Thomas olhou pela janela, observando a noite de Birmingham. Ele sabia que estava se aproximando de Alex mais do que deveria, mas não conseguia evitar.

Havia algo naquele jovem que o atraía de um jeito que ele não conseguia explicar — algo que o fazia querer lutar não apenas pelos Shelby, mas por ele também.

Thomas tragou o cigarro, exalando a fumaça lentamente.

— Alex Dupont — murmurou para si mesmo, um leve sorriso surgindo em seu rosto.

E pela primeira vez em muito tempo, Thomas sentiu que proteger alguém não era apenas um dever, mas um desejo genuíno.

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ᶦⁿˢᵗᵃᵍʳᵃᵐ: @me_d0minick
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Entre Flores E Balas - THOMAS SHELBY × OC MASCOnde histórias criam vida. Descubra agora