Capítulo 9.1 - O Plano dos Sonhos

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_ Ei acorde. Vamos; abra seus olhos.

A viajem durara poucos milésimos de segundos; agora o Rei Claudios se encontrava em um lugar escuro. Uma voz sussurrava ao vento para que este por sua vez acordasse. Desperta, abre os olhos; tudo esta tão escuro que mau consegue ver um palmo a sua frente. A voz torna a lhe dizer:

_ Finalmente acordou. Consegues me ver?

Claudios sem ver absolutamente nada indaga:

_ Quem ou o que sois vós? Onde estão todos? E porque tudo estas em trevas?

Após fazer uma pergunta em cima de outra ele obtêm sua resposta:

_ Não creio que não saibas quem sou. Somos tão parecidos. E de que outros falas? Não há mais ninguém aqui que não seja a mim e a ti. Há! há! há! Espere que irei lhe ajudar.

Á frente do Rei, uma luz amarelada surge e, de costas a imagem de um homem aparece sentado sobre uma cadeira, segurando um retrato. Claudios não entendia o que significava o que seus olhos viam. Quem era aquele homem? E porque segurava um retrato?

A voz novamente soa:

_ E agora, ficou melhor?

O Rei lhe responde:

_ O que queres me dizer com isso? Apareça agora!

O pedido de Claudios é realizado; O homem que estava sentado, do nada some e reaparece em pé na sua frente e, olhando diretamente para ele diz:

_ Podes me ver melhor agora?

O corpo estremece. Uma gota de suor gelado desce de sua face. Claudios se via em um espelho; cara a cara consigo mesmo. Responde:

_ Por Deus; como se parece tanto comigo?

Rindo auto o homem torna:

_ Sou você. Não; sou ainda melhor que você.

Um sopro gélido neste momento passa pelo corpo de Claudios. Sua cópia tinha a feição maléfica. Cada segundo que se passara, sugava a vitalidade do Rei, que aos poucos começava a se sentir-se fraco. O homem desaparece de sua frente e torna a aparecer por detrás dele; colocando sua mão esquerda e esquelética em seu ombro, sussurra em seu ouvido:

_ Estás na hora de nosso verdadeiro eu tomar o controle deste corpo. Olhe como és belo.

Levanta o braço direito, suavemente eleva até o alto o retrato que segurava. A voz de Heitor neste momento, bem fraca lhe toca os ouvidos:

_ Não olhe para o retrato.

Claudios direciona seus olhos para baixo e em alta voz diz:

_ Heitor apareça.

Não é correspondido. Sua réplica maligna o abraça forte; o abraço da Morte. Sempre dizendo para que ele olhasse para o retrato. Tenta se desvencilhar mas não consegue; estas bem fraco agora. Com muito esforço saca sua espada. Direcionando a ponta dela para traz e a encostando na barriga do homem diz:

_ Solte-me agora, pois pelo contrario, irei matar-te.

Gargalhando, sua cópia indaga:

_ Lembre-se de que somos um só. Se ferir-me, iras ferir-lhe também.

Claudios rapidamente retira e guarda sua espada. O que fazer neste momento. Sendo que o inimigo eras si próprio?

A voz de Heitor ressurge:

_ A resposta para sua libertação e evolução estas dentro de vós. Procure-a e a encontre. Apenas você és capaz de se livrar de si próprio.

Caludios grita:

_ Desgraçado. O que queres me dizer. Me tire daqui agora.

Sua réplica fala:

_ Nem comecei a lhe tomar ainda e já estas a delirar. Vejo que és fraco de mais. Como conseguiu comandar um Reino assim. Há! há! há!. Lhe prometo que se olhar no retrato, irei lhe libertar.

Os olhos começavam a serrar, a chama de sua vida estava se acabando. Ele não podia desistir pois sabia que se olhasse no retrato ou se rendesse à morte algo muito ruim aconteceria. Juntando suas ultimas forças ele fecha os olhos e mergulha em seus mais antigos sentimentos. Um filme passa. Tudo o que até então ele fez, relembrava; percebera que faltava algo muito importante em sua vida, que era o amor; não pelo seu Reino ou por todas as pessoas e seres, pois estes, ele amava muito; mas por si próprio. Claudios percebera que até então, nunca tinha se dedicado e amado a si próprio. Ele diz:

_ Não acredito que o grande Claudios sera vencido por um abraço.

Sua cópia lhe torna:

_ Tudo irá melhorar. Durma, pois tenho um mundo a governar.

Um sorriso estampa a face de Claudios que, abre os olhos, diz:

_ Você venceu. Provou que és mais forte. Agora me soltes pois irei olhar o retrato.

Mal sabia o homem que Claudios em seu ultimo suspiro encontrara a resposta e planejara algo. O soltou. O Rei lhe pediu ajuda para que o virasse, para dizer uma ultima palavra. Este então não vendo mais nenhum tipo de resistência e, certo de sua vitória concorda e o vira.

O Rei com suas ultimas forças abraça o homem e diz em seu ouvido:

_ Obrigado. Agora sei o que me faltava meu caro. Eu te amo.

O homem arregalando os olhos começa a tremer, cai e fica de joelhos.

_ Mas como podes isso acontecer. Eu so o mais forte. Minha vitória estava certa. Porqueeeee?

Retomada as forças Claudios o responde:

_ Sim, você estás certo. Foste o mais forte. Mas não o mais inteligente. Agora olhe como és lindo.

Claudios pega o retrato de olhos fechados , o segura em frente ao homem, que por sua vez, torna a dizer:

_ Não tens nada neste retrato. Ele é a prisão das personalidades. Não funciona comigo.

Claudios lhe responde:

_ Tens mesmo certeza. Você e eu somos a mesma pessoa.

O homem olha para o retrato e de repente, é sugado para dentro dele. Claudios o joga para cima, retira sua espada e o parte ao meio. Uma forte luz neste momento cobre os olhos do Rei; ao cessar, ele já não estás mais no plano dos sonhos, sim na frente de Heitor que, olhando para ele diz:

_ Meus parabéns Rei Claudios. Tu foste o primeiro a encontrar a ti próprio. Agora junte-se a mim em frente -as portas celestiais do Poder para esperamos os demais chegarem.

Aos Olhos Do CavaleiroOnde histórias criam vida. Descubra agora