Oi, galera :) tudo bem?
Sunflower é uma das minhas histórias favoritas, pensei muito sobre e acabei decidindo começar a trabalhar em My Sunflower! Isso mesmo! É Sunflower, mas no POV do Harry e com algumas cenas extras (e se minha cabeça perturbada permitir, com mais hot :) *
Vou deixar o prólogo aqui, vai que gostem e queiram dar uma chance, né?
Aproveito também pra agradecer imensamente por todo o carinho sempre e todos os comentários deixados aqui, vocês são incríveis e me impulsionam a não jogar tudo pra cima!
Bom, agora vai!!!! :)
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O tempo é ruim, suficiente para fechar a loja mais cedo e ir pra casa: eu estava certo de que ia fazer isso, tão certo que já estava fechando a porta quando algo me impediu.
— Espera!
Sua voz é desesperada, talvez um pouco mais que a feição, ela se aproxima o suficiente para que seu calor seja perceptível, encaro os dedos pequenos que tocam timidamente o dorso de minha mão e ela se afastou bruscamente, a respiração ainda pesada. O peito subia e descia, bochechas vermelhas pareciam contrastar com os olhos claros.
Não demorou para que eu a reconhecesse, mesmo que não soubesse seu nome: ela sempre passava por aqui, às vezes levando mais tempo para observar os arranjos ou flores solitárias em exposição que o namorado não suportava. Seus olhos fixaram em mim transmitindo incerteza.
Ela é ainda mais bonita de perto.
Ah, isso é...
— Vocês... ainda estão contratando? — Tentou sorrir, mas desistiu e colocou as mãos na cintura — Eu gostaria de me candidatar.
— E qual é o seu nome?
— Ah, sim, claro! Desculpe, sabe, eu vi você aparecendo aqui para fechar e eu meio que entrei em desespero e... — inspirou profundamente, e percebi que mal conseguia me mexer. — bom, eu sou Mary. Maryanne, Maryanne Sallow. Mas Maryanne é muito feio, então pode me chamar de Mary. E você é? Trabalha aqui há muito tempo?
— É um prazer, Mary. — A vi sorrir pela primeira vez. — Meu nome é Harry, Harry Styles. Na verdade, sou o único que trabalha aqui.
— Ah, então é você quem vai me dar um emprego? Ou outra pessoa? — ela perguntou, sorrindo timidamente. Seu rosto estava salpicado de sardas e parecia estar implorando por algo; talvez por uma resposta minha. A confiança dela logo desapareceu, suas mãos tremiam e a qualquer momento parecia que vomitaria.
É adorável.
— Você já trabalhou numa floricultura antes?
— Não, mas eu posso aprender. Eu vou chegar em casa e estudar todas as flores e coisas verdes que existem e, sério, eu sou muito convincente! Você vai vender muito e ficar rico às minhas custas, podemos fazer aquele teste de me venda essa caneca — fez aspas no ar — e aí você vai ver que...
— Você não quer saber os salários e benefícios ou...?
— Na verdade, eu posso saber isso amanhã quando trouxer meus documentos, já que estou contratada, né?
Não tenho motivos para falar não: ninguém foi tão ousado e carismático, as pálpebras piscam excessivamente e posso jurar ouvir sua respiração trepidar. Noto que ainda seguro a maçaneta, curiosamente ainda muito perto. Ela umedece os lábios e pacientemente espera por mim, ah, algo parece incerto.
Algo parece curiosamente certo, também.
Desviei de seu olhar quando lhe dei as costas, entrando na loja e buscando um guarda chuva cinza, a sinto encarar cada passo como se fosse crucial e, quando volto, há tristeza crescendo na íris azul.
— Você começa às 08h. Use sapatos confortáveis — lhe estendo o guarda chuva, ela parece confusa — e não precisa trazer duzentas cópias de documentos. Você vai precisar disso.
A tristeza dá lugar a uma felicidade genuína, ela grita e toma o guarda chuva sem hesitar, dando socos no ar como se eu não estivesse lá, talvez ainda petrificado pelo singelo toque de dedos. Seus cabelos caem pelo rosto e uma gargalhada gostosa preencheu o local, como se tivesse ganhado na loteria, me olhando uma última vez com gratidão genuína.
— Te vejo amanhã, chefe!
Mesmo com uma chuva terrível e ventos cortantes, parecia inabalável enquanto saltitava para o outro lado da rua com um guarda chuva em mãos e um casaco três vezes maior que ela.
Foi a primeira vez em muito tempo que uma estranha me arrancou um sorriso.
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Sunflower [H.S] [PT/BR]
FanfictionUm buquê? Arranjos? Qualquer fosse, o florista H faria com perfeição, e todos sabiam disso. A Sunflower era o local mais procurado quando se tratava de flores, pequena loja localizada no centro de Holmes Chapel. Mas ele sabia lidar bem com a pressão...