Capítulo 19

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Exames e incertezas

Ana estava de cinco meses e começava a sentir com mais intensidade a conexão com sua bebê. Apesar dos conflitos recentes, ela tentava manter o foco na saúde e na chegada de sua filha. Na última semana, Ana havia realizado alguns exames de rotina, mas ao buscar os resultados naquela manhã, foi surpreendida pela preocupação no rosto do médico.

— Ana, alguns resultados vieram alterados. Não quero te alarmar, mas precisamos investigar melhor. Vou te encaminhar para uma ultrassonografia mais detalhada ainda hoje.

Ana engoliu seco. Apesar do tom calmo do médico, sentia o coração apertar.

— Alterados como, doutor? O que isso significa?

— Pode ser apenas algo pontual, mas precisamos verificar se há alguma complicação no desenvolvimento do bebê ou na sua saúde. Vamos resolver isso juntos, mas não podemos ignorar os sinais.

Ela assentiu, tentando conter a onda de ansiedade que se aproximava. Saiu do consultório com o encaminhamento nas mãos e uma mistura de medo e determinação.

Sozinha no momento difícil

As amigas de Ana estavam no trabalho, ocupadas com suas rotinas, e Ana sabia que não podia contar com ninguém naquele momento. Mesmo assim, sentia-se sozinha e vulnerável. Antes de ir ao local indicado para o exame, sentou-se em um banco próximo à clínica e respirou fundo.

— Você é forte, Ana. Sempre foi. Por você e por essa bebê, você vai passar por isso — murmurou para si mesma, acariciando a barriga.

Com passos hesitantes, entrou na clínica e entregou o encaminhamento na recepção.

O exame

Deitada na maca, Ana observava a tela enquanto o técnico fazia a ultrassonografia. O silêncio do profissional parecia interminável, e cada segundo aumentava sua tensão.

— Está tudo bem? — perguntou, sem conseguir se conter.

O técnico hesitou antes de responder.

— Vou encaminhar isso ao seu médico, Ana. Não sou autorizado a dar diagnósticos, mas fique tranquila. Ele irá explicar tudo para você.

Essa resposta, embora educada, não a tranquilizou. Ana se levantou, limpou o gel da barriga e agradeceu, mesmo com a mente em turbilhão.

O retorno ao médico

Algumas horas depois, com os exames em mãos, Ana voltou ao consultório. O médico analisou os resultados com atenção antes de se virar para ela.

— Ana, vou ser honesto com você. Parece haver dois grandes problemas um na formação da placenta, o que pode limitar o crescimento do bebê. Não é algo incomum, mas exige acompanhamento rigoroso a partir de agora. Vamos intensificar os exames e monitorar semanalmente. E o outro é um pouco mais grave no ultrassom mostra um nódulo do lado direito do seu útero,pode ser benigno ou maligno,mas para saber só com biópsia,por isso a alteração nos exames, vamos cuidar de você e dessa pequena,viu.

Ela sentiu o coração apertar novamente, mas a explicação do médico a fez sentir-se um pouco mais desesperada,mas não transmitiu isso ao médico.

— Isso significa que minha bebê está em perigo?

— Infelizmente sim, Ana. Com o acompanhamento adequado, podemos garantir que ela continue se desenvolvendo bem. Mas você precisa cuidar ainda mais de sua alimentação, descansar e evitar qualquer tipo de estresse. Com o nódulo vamos fazer mais exames para ver o melhor tratamento e saber se é benigno?

Ana assentiu, determinada.

— Vou fazer tudo o que for necessário.

Um pedido de ajuda

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