the constellations unite us

XIV

GENTE ME PERDOA POR CAUSA DAQUELE CAPITULO ALEATORIO

EU SO QUERIA FAZER O CRAIG GOSTOSO, TCHAU

pfv nao me matem nesse capitulo, e aviso de:auto-mutilação, traumas, momentos horriveis, autoagreçao, descontamento em si, 

nao me matem por favor.

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me lembro tão claramente do parque aquático, como se fosse ontem. O Craig estava simplesmente... uau, ele estava incrivelmente bonito. Não, sério, ele estava lindo. Não conseguia desviar os olhos dele, parecia que algo dentro de mim tinha se soltado. Eu fiquei observando por tanto tempo, e não sabia mais o que estava acontecendo comigo. O que eu estava sentindo? Como isso tinha acontecido? Como ele foi capaz de... me deixar assim?

Peraí, o que eu estou pensando? O que está acontecendo comigo? Não é possível que eu esteja pensando nisso! Como é que ele entrou na minha cabeça dessa maneira? Como ele simplesmente não sai? Isso é... revoltante! Por que é nele que eu estou pensando? Eu não devia estar pensando nisso.

Eu sabia que deveria me concentrar em outra coisa. Qualquer outra coisa. Mas, por algum motivo, minha mente simplesmente não conseguia parar de voltar para ele. Para ele. O dia foi uma bagunça. Tudo era tão aleatório, tão confuso. Desde as brincadeiras no parque até as provocações do Craig. Mas, se eu for sincero, o parque foi bem divertido, mais do que eu esperava. O caos, as piadas, as risadas... no fim das contas, eu realmente me diverti.

Mas, hoje... hoje não era o mesmo. Hoje era o dia da aula, e eu mal conseguia me forçar a sair da cama. Odeio isso. Eu sabia que teria que me arrastar para fora do conforto das cobertas e enfrentar a realidade. Eu simplesmente não queria. Mas não tinha escolha, né? Suspirei, olhando para as tintas na minha mesa. As cores estavam ali, esperando que eu fizesse algo com elas. Peguei o verde escuro e o verde limão. Uma escolha meio sem sentido, mas eu estava com pressa. Eu estava sozinho hoje. E, sem a Marjone por perto, era mais difícil tomar decisões. Ela sempre dava as ideias quando eu ficava perdido. Mas hoje... bem, hoje estava sozinho com meus pensamentos.

Misturei as cores na paleta, tentando me concentrar na pintura. A arte era a única coisa capaz de me distrair um pouco. Mas a verdade é que, mesmo com a tela diante de mim, minha mente só conseguia voltar ao Craig. Como ele estava tão, tão incrível ontem? Eu queria focar nas cores, na tela, mas era impossível. Ele estava ali, em minha mente, ocupando todos os espaços.

E foi quando a porta se abriu. Marjone entrou apressada, com aquele sorriso malicioso no rosto, e imediatamente eu soube que algo estava errado. Algo estava acontecendo.

— Desculpa pela demora! — Ela falou, apressada, mas antes que eu pudesse questionar, ela passou a mão no pescoço. E foi então que eu vi.

Eu fiquei congelado. O pescoço dela estava coberto de chupões e mordidas. Ela não estava tentando disfarçar, não estava nem um pouco preocupada em esconder. O que tinha acontecido com ela?

— Marjone... O que... o que aconteceu com você? — Eu perguntei, minha voz cheia de surpresa, minha mente tentando entender o que estava acontecendo.

Ela deu um sorriso nervoso, passou a mão sobre o pescoço como se tentasse disfarçar, mas era impossível não ver.

— Ah, nada demais — respondeu, evitando meu olhar. — Só umas coisas que aconteceram ontem... mas não é nada, não.

Eu olhei para ela, ainda cético. Eu não ia cair nessa. Não era "nada", eu sabia disso. O pescoço dela parecia um mapa de beijos e mordidas, e ela tentava de todas as formas disfarçar isso. Não adiantava.