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26 de julho

Bom dia para mim mesmo. Acordei animada hoje, faço o café da manhã, Sento sozinha ao redor da mesa, bebo meu café e como meu pedaço de pão. Hoje estou pensando em fazer um bolo, então tenho que apresar para conseguir o supermercado aberto. Tomo um banho bem rápido, e como para o ponto de ônibus, vou parar direto onde queria, compro tudo que preciso e volto para casa. Hoje não estou afim de sair, amanhã será um dia bem agitado. Faço o bolo e coloco para assar. Eu amo chocolate, ainda mais de se ele for meio amargo, faço uma cobertura, coloque em cima e deixo gelar. Preciso fazer um almoço, como sabia que iria ficar desanimada, comprei tudo para fazer uma lasanha. Começo os preparativos e rapidinho ela já está no forno. Ligo a TV procuro algum filme, mas acabo parando em séries como sempre. Minha lasanha fica pronta e eu a saboreio.
Quem será? Meu celular tocando uma hora dessas.
[Karina]: Oi, tudo bem com você?
[Eu]: Sim
[Karina]: Desculpa por tudo.
[Eu]: Tudo bem.
Ela não fala mais nada, e nem eu dou este luxo para ela. Acho que vou mandar uma mensagem para minha mãe, estou com saudades.
[Eu]: Oi mãe
[Ioni]: Oi filha, tudo bem com você?
Eu e minha mania de não salvar nada como familiares, prefiro seus nomes, assim não corro nenhum risco.
[Eu]: Estou sim, e a senhora?
[Ioni]: Estamos todos bem, mas com saudade de você amor. Desculpa mas estamos saindo. Se cuida. Tchau.
[Eu]: Tchau.
Parece que ninguém está afim de falar comigo hoje, e eu preciso sair. Vou comprar um sorvete. Troco de roupa, o dia está muito quente, coloco um shorts jeans e uma blusa regata. Ainda bem que tudo aqui é bem perto do meu apartamento, não gosto muito de ficar andando de ônibus, mas no primeiro dia de serviço isso vai mudar, eles te fornecem um carro ou uma moto. Chego na sorveteira. Peço um Sunday e sento sozinha.
"Oi, você é a Alexa? Que vai trabalhar na delegacia e privações?" Disse o rapaz com curiosidade.
"Sim. E o senhor?" Respondi.
"Willian. Prazer." Quando me dei conta, suas características eram idênticas ao relatório: musculoso, bronzeado, cabelos castanhos, olhos cores de mel e alto.
"O prazer é meu. Sente - se por favor."
"Não obrigada, estou de saída."
E ele saiu. Que estranho só veio aqui ver o movimento? Ele não comprou nada.
Cheguei em casa e tentei afastar aquele pensamento, talvez ele foi lá e não achou o que queria, as pessoas fazem isso todo momento. O tempo aqui passa rápido demais, me perco em algumas horas, como amanhã eu começo a trabalhar pego a carta e começo a estudar cada característica e suas personalidades. Isso para mim esta sendo uma loucura, mas pelo menos estou sabendo o nome de cada um.
No próximo dia também vou começar a estudar tudo sobre investigação e técnicas de perito. Começo a pesquisar na Internet, e gosto muito de tudo que eles fazem, acho que vou me dar bem.
Escuto um barulho atrás da porta e observo pelo olho mágico Willian, ele está se mudando para o apartamento ao lado da minha casa. Mas ele fala com alguém no telefone, mas só consigo escutar ele falar.
"Ela é meio boba, vai ser fácil  ficar de olho nela." Parece que estão falando de mim. Isso só pode ser minha imaginação, mas se eu sou boba, vamos ser esperta o suficiente para deixar ele no chinelo.
A campainha toca, olho pelo olho mágico e vejo Willian, abro ou não abro? Resolvo abrir.
"Oi Willian, precisa de alguma coisa?" Disse não dando espaço para ele pensar.
"Sim! Você pode me emprestar farinha? Vou fazer um bolo! Venha comer mais tarde na minha casa."
"Claro!" Entro pego a farinha e entrego para ele.
"Obrigada." Ele sai não dando tempo de responder. Que estranho, ele acabou de se mudar e nem colocou as malas para dentro e está pedindo farinha.
"Alexa para de pensar abobrinha." Falo para mim mesma tentando afastar o pensamento.
Estava assistindo TV quando o campainha tocou novamente. Vejo que é Willian.
"Oi." Digo.
"Oi, venha comer um pedaço de bolo na minha casa." Observo desconfiada mas a curiosidade é maior.
"Só um minuto, vou pegar um sapato."
Entrei em sua casa, era igual meu apartamento, um pouco bagunçado, mas a decoração era igual. Fomos até a cozinha.
"Servida?" Ele diz olhando para mim.
"Sim, obrigada."
Sentamos ao redor da mesa e ele começa um diálogo.
"Aqui em Cambridge costumamos ajudar os outros, principalmente os estrangeiros. Observei que você possui um sotaque, então não é das redondezas. Certo?" Muito bem observado, pensei comigo.
"Certo." Respondi.
"Conte-me sobre sua cidade Natal."
"Prefiro não falar sobre o assunto." Nunca vou sair falando da minha família para alguém que acabei de conhecer.
"Certo. Desculpa."
"Tudo bem."
"Animada para o primeiro dia de trabalho amanhã?"
"Sim." Falei sem estender a conversa.
"Você não é de falar muito. Você é muito linda." Ele tirou uma mecha de cabelo dos meus olhos e colocou atrás da orelha. Eu segui cada movimento seu.
"Obrigada."
Um silêncio parou diante de nos.
"Preciso ir, obrigada pelo bolo. Estava uma delícia." Ele me segue até a porta, e fecha logo em seguida.