DIA 09

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“Você precisa repetir o plano novamente.”
“Jason, eu já sei a parte teórica, vamos logo para prática!”
“Alexa!” Jason sabe como me convencer com seu olhar.
“Quando chegarmos em São Petersburgo eu vou entrar no esconderijo da quadrilha e preciso pegar a digital do Conrad e o pen drive.”
“E a noite?”
“Vou entrar na festa, convencer Conrad a ir ao quarto, tranca – lo, armar e bomba junto com o material tóxico e fugir pela lateral do prédio.”
“E as pessoas?”
“Vou acionar o alarme.”
“Como você irá descer?”
“Com o equipamento.”
“E se houver algum erro?”
“Desço pelas escadas e depois aciono a bomba.”
“Perfeito.”
“Vamos para prática?”
“Não tem prática.”
“Então por que você me chamou aqui? “
“Para repassar o plano.”
Respirei fundo. “Estou indo para casa arrumar minha mala.”
Jason pega no meu braço, olha nos meus olhos e diz. “Eu não sou responsável por você está indo a essa missão. Isso é perigoso, não queria que você fosse.”
“Eu sei me cuidar. Tchau.”
“Por que você está agindo assim comigo?”
“Estou normal.”
“Não está!”
“Conte-me tudo sobre Michel!”
“Onde você ouviu esse nome?”
“Fala agora!” Gritei me afastando dele.
“Alexa, volta aqui, vamos conversar.”
“Você não quer me falar, então não temos nada para conversar.”
“Michel te amava!” Eu parei quando escutei essas palavras. Alguns segundos depois continuei andando até a saída.
O dia ficou bem complicado depois que fiquei sabendo que iria viajar. Quando eu ganhei meu apartamento pensei que poderia ter uma vida normal, mas me enganei, em algumas horas estarei bem longe da América.
Um banho consegue me animar, mas quando olho a mala eu fico bem desanimada. Meu nome nesta missão será Victorya Thorne, estudo Artes em Havard e estarei conhecendo pinturas por todo o mundo. Minha roupa é bem simples, calça, blusa e salto. O avião me aguarda.
Depois que cheguei em São Petersburgo eu só queria descansar, a viagem foi longa e minha missão também será.
Meu dia começa com um café da manhã reforçado, com pão, bolo, frutas, café, ovos, bacon... variado e com bastante energia . Logo que terminei comecei a me arrumar, cabelo preso, blusa regata, colete a prova de balas, blusa de frio preta e casaco, calça de couro e coturno. Meus acessórios são destintos, desde facas até armas.
As ruas estão vazias, sinto – me a vontade em ligar a escuta.
“Alguém está me ouvindo?” Liguei para SSG pelo micro aparelho.
“Sim, toda a equipe está aqui para lhe ajudar.” Jason disse em um tom firme.
“Em que direção devo seguir?”
“Três quadras ao sul.”
“Obrigada.” Cada metro que eu andava sentia uma energia muito ruim, pessoas fumavam drogas ilícitas, compartilhavam experiências de corridas contra a polícia, eu simplesmente não estava acreditando. Cheguei no local, dois seguranças estavam na morta e mais quatro depois, por incrível que pareça ninguém me parou. Sabia muito bem o que fazer, coloquei meu plano em ação.
“Que falta de consideração, ninguém recebe a Victorya Thorne.” Falei com desdém.
“Perdoe – me Sra. Thorne! Meu nome é Conrad, como vai a senhorita?”
“Melhor agora que me receberam como alguém importante.”
“Você é maravilhosa, gostaria de jogar cartas comigo?”
“Sim.” O jogo começou, por mais que Conrad dizia ter gostado de mim, havia algo estranho naquele homem. Meu foco é como pegar uma digital! A carta! Ótimo. Percebi que a digital tinha permanecido na carta, peguei – a discretamente e a guardei. “Você está trapaceando.” Falei levantando e jogando a mesa no chão.
“Querida acalme-se é apenas um jogo.” Consegui me aproximar o suficiente e pegar o pen drive. “Ela está com o pen drive, vão atrás dela.”  Comecei a correr rapidamente, mas um dos homens conseguiu me alcançar. Lutar corpo a corpo é incrível, em um piscar de olhos o homem já estava com o braço quebrado se retorcendo de dor. Consegui despista – los.
“Alexa para SSG.”
“Estamos na escuta.”
“O pen drive está comigo.”
“Parabéns. Uma equipe está indo para seu apartamento para pegar o pen drive e a digital.”
“Tudo bem. Willian cadê o Jason?”
“Não sei.”
“Obrigada, desligando.”
Fiquei muito feliz por concluir a primeira parte do plano sem nenhum sangue em minhas mãos. O caminho de volta para casa foi mais tranquilo quanto o de ida. As pessoas estavam indo para seus trabalhos ou levando as crianças para escola. Será que algum dia terei uma vida assim?
A porta do meu apartamento aberta? Pego minha arma e entro devagar.
“Jason!” Não acredito que ele está aqui. “O que você está fazendo aqui?” Falei fechando a porta.
“Eu sou a pessoa enviada para pegar a digital e o pen drive.”
“Sim.”
“Vou te ajudar.”
“Não preciso de ajuda.”
“Eu sei! Você está provando ser um sucesso.”
“Que ótimo.” Entreguei as evidências e mostrei a porta para ele.
“Nos vemos em algumas horas.”
“Infelizmente.”
Depois que cheguei da minha primeira missão eu acabei dormindo, agora preciso me arrumar para festa. O clima aqui é bem frio, logo após que tomei banho comecei a escolher meu vestido. Minha maquiagem é simples, cabelo liso e solto e um vestido vermelho. 
O lugar está muito bem organizado, com muitos convidados e repórteres. Até agora não consigo ver o Conrad, antes de sair de casa peguei um pen drive, coloquei algumas informações para conseguir afasta-lo da multidão. “Olá Conrad.” Falei aproximando dele.
“O que a senhorita faz aqui?”
“Pensei que ainda queria o pen drive.”
“Por favor, entraga-me.”
“Espere – me daqui cinco minutos na última sala a direita.”
“Tudo bem.”
Conrad já está indo para sala e mais dois seguranças. Vou para o banheiro trocar de roupa, a mala está no sistema de ventilação, com um esforço consigo pegar tudo. Troco – me e saiu rapidamente, desço até o subterrâneo onde estão as substâncias tóxicas e instalo as bombas. Agora preciso trancar Conrad na sala. Vou na direção do quarto e consigo pegar a chave sem que ninguém perceba, tranco – o e saiu correndo. Aciono o alarme de incêndio, consigo ouvir os gritos das pessoas, mas continuo observando os seguranças, por mais que tentem a porta não vai se abrir, eles desistem e para salvar suas vidas eles saem correndo. A bomba vai explodir, preciso sair daqui. Corro para janela e pulo no equipamento e saiu pela lateral do prédio. A explosão foi grande, mas ninguém se feriu além de Conrad e seu projeto tóxico.
“Alexa, você conseguiu.” Jason se aproximava de mim com um sorriso.
“Acho que sim.”
“Vamos embora.”

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