SSG

DIA 11

"Aqui esta sua mala, hoje começa o jogo e seu parceiro é o Victor." O homem entregou - me uma bolsa e saiu. Não sei o que significa aquilo, mas tinha o pressentimento que não era coisa boa. Troquei de roupa, coloquei a calça jeans que estava na bolsa, coturno e uma blusa de frio preta com capuz. A mala que o homem me entrou tinha algumas armas, mas coloquei mais e acrescentei munição e facas. "Que bom que já está pronta, o jogo é o seguinte: você mata ou será morta. Esse jogo não tem tempo definido, vence quem sobreviver." O homem foi chegando perto e colocou um pano no meu nariz, minha visão ficou embasada...
"Alexa, acorda!" Alguém estava me chamando, abri os olhos e percebi que estava no meio de uma mata, estava chovendo, mas a cobertura das árvores protegiam - nos da chuva.
"Victor?"
"É sempre assim."
"Sempre assim o quê?"
"Esquece!"
"Tudo bem. Você sabe onde fica os guardas?"
"Estamos no meio do nada e você quer falar com os guardas?"
"Quero um telefone."
"Você é idiota mesmo."
"E você não me conhece, então fica quieto." A chuva começou a ficar mais forte. "Você não tem nada de tecnologia com você?"
"Consegui roubar um telefone por satélite, mas não consigo mexer." Victor entregou - me o telefone e comecei a codifica - lo.
[Desconhecido]: Preciso de ajuda.
"Como você conseguiu fazer isso?" Disse Victor.
"Eu falei que você não me conhece."
"Para quem você mandou a mensagem?"
"Uma velha amiga."
[Bianca]: Alexa?
[Desconhecido]: Sim. Estou sendo treinada para matar.
[Bianca]: Esse projeto foi reaberto?
[Desconhecido]: Sim, quando eu vou sair desse lugar?
[Bianca]: Você precisa fugir e deixar algo escrito.
[Desconhecido]: Como eu faço isso?
[Bianca]: Explore o local, você vai chegar em um muro gigante com um monte de frases e assinaturas, passe por ele e estará livre. Estarei lá!
[Desconhecido]: Obrigada.
"Que comece a aventura!" Falei começando a caminhar pela floresta. Victor estava ao meu lado. Peguei minha arma, coloquei a faca nas costas e uma no coturno, nunca se sabe o que pode acontecer.
"Alexa?"
"Oi Victor!"
"Como você sabe fazer tudo isso?"
"Fui treinada para isso!"
"Você não gosta de conversar, não é?"
"Não, vamos continuar!"
A chuva parou dando lugar ao sol e o calor, retirei minha blusa e amarrei - a na cintura. Eu estava cansada e bem desconfiada, pois até agora ninguém nos atacou. Observo alguns movimentos bem a nossa frente.
"Victor, esconda - se."
"Okay."
Respirei fundo para conseguir ficar calma, mas estava difícil, o silêncio da mata conseguia me deixar mais aflita. O barulho foi aumentando e alguém me atacou, consegui me defender, mas o homem era muito bem preparado, consegui contra atacar, peguei minha faca e enfiei na barriga dele. Retirei - a e comecei a andar.
"Alexa, você luta muito bem!"
"Eu o matei Victor!"
"Foi para se defender."
"Cuidado." Gritei e pulei em cima dele para se abaixar.
"Alexa, seu braço!"
Peguei a arma rapidamente e comecei a atirar, a troca de tiros durou um bom tempo, depois que tudo se tranquilizou percebi que meu braço estava sangrando, peguei um pano dentro da minha bolsa e coloquei sobre o ferimento. Levantei e fui ver se estava tudo bem com Victor, mas me deparei com o grupo adversário morto.
"Você está bem Victor?"
"Sim, já você não digo o mesmo."
"Eu estou bem. Vamos parar para comer?"
"Sim!"
"E fazer uma fogueira."
Peguei alguns gravetos que estavam no chão e fiz a fogueira, a noite já estava aparecendo.
"Comida em lata! Que ótimo!" Falou Victor.
"Pare de reclamar, melhor que nada."
"Desculpe- me."
"Eu fico acordada o primeiro turno, pode dormir tranquilo."
"Eu sei, você provou ser capaz."
"Obrigada."
Logo que acabamos de comer, Victor pegou no sono rápido. Nunca estive tão próxima da natureza como estou agora, ficar encostada na árvore, olhar o céu, a fogueira, uma sensação de nostalgia, mas uma nostalgia que nunca tive. O telefone toca, mensagem da Bianca.
[Bianca]: Você está bem?
[Desconhecido]: Sim, ou melhor mais ou menos, fui afetada por um tiro de raspão e está doendo um pouco. Estou com sono, mas ainda é meu turno.
[Bianca]: Você conseguiu me surpreender, nunca imaginei que você aguentaria um dia nesse lugar, vamos ser sinceras, você tem cara de patricinha.
[Desconhecido]: Não acho isso, mas tudo bem.
[Bianca]: Adoraria trabalhar com você, mas qual é o seu plano?
[Desconhecido]: Eu consegui lembrar mais sobre o Michel, ele me falou que a SSG estragava a vida das pessoas e as matava. Quero colocar um fim nisso.
[Bianca]: Então podemos dizer que trabalhamos juntas, pois o que mais quero é derrubar a SSG.
"Alexa." Victor me chama. "Agora é meu turno." Faço que sim com a cabeça.
[Desconhecido]: Obrigada! Vou dormir um pouco.
[Bianca]: Bons sonhos.
A manhã estava fria, o fogo já havia apagado e Victor está em pé mais a frente. Levantei e fui para encontra - lo.
"Bom dia." Falei colocando a mão sobre seu ombro.
"Bom dia."
"Como foi a noite?"
"Foi tranquila, vamos começar a caminhada?"
"Vamos."
Peguei minhas coisas e começamos a caminhar pela mata, o frio foi dando lugar ao calor.
"Você acha que está muito longe?" Victor falou.
"Não sei. Victor, são quantas duplas que ficam nessa floresta?"
"Ninguém sabe ao certo."
"Então pode haver terroristas?"
"Por que você está perguntando?"
"Porque tem uma cabeça bem ali na frente." Meu estômago já estava ficando embrulhado pelo mau cheiro.
"Que nojo."
"Sim."
Depois que passamos pela cena maravilhosa, seguimos em um ritmo rápido.
"Como está seu braço Alexa?"
"Nem estava lembrando. Obrigada." Ele fez que sim com a cabeça e seguimos nossa luta. Os pássaros voaram! Alguém está perto!
"Victor, esconda - se." Falei baixinho para ele.
Alguns minutos depois cinco homens com metralhadoras passaram por nós, eles estavam bem empenhados procurando por alguém. A cada segundo que passo nesse local fico mais aflita. Abaixei a cabeça, fiquei ali por um tempo. Como isso está acontecendo comigo?
"Victor, cadê você?" Ele não respondeu. Começo a procurar ao redor.
A alguns metros visualizo Victor amarrado, um dos homens pergunta. "Cadê a menina?"
"Eu não sei." Victor falou.
Como eu vou tirar - lo daquele lugar? Alguém coloca a mão no meu ombro e viro preste a atirar.
"Bianca?" Abraço - a. "O que você está fazendo aqui?"
"Pretendo ajudar! Qual é o plano?"
"Os dois homens de preto da direita." Apontei - os. "Você os ataca e eu resgato o Victor, os outros três dou um jeito neles!"
"Ótimo!"
O plano começou a ser colocado em prática, quando Bianca atacou os homens, tive tempo suficiente para salvar Victor e ajuda - lá, aquele momento passou tão rápido que quando nos demos conta já estávamos encostados em um muro.
"Obrigada!" Falei.
"Vamos sair daqui." Bianca falou subindo no muro, fiz o mesmo e depois ajudei Victor.
Entramos no carro e acabei dormindo.