Acordar aflita já virou costume diário. Não é fácil você saber que esta sendo perseguida por assassinos treinados com um único objetivo, te matar. Um bom banho cedo ajuda aceitar algumas ideias, sempre o mesmo estilo de roupa e armas. Sempre imaginei minha vida cheia de aventuras, mas o que eu mais quero agora é voltar como era antes. Minha manhã é sempre igual, minha vida está se tornando um modelo mesmo que só se passaram dois dias. Meu subconsciente não se adequa a tal tipo de rotina, parece que estou vivendo por anos aqui, ficar olhando para câmeras e bebendo meu café é a única coisa normal que costumo fazer, eu acho. Michel ainda esta dormindo, pelo menos eu acho, sua expressão é tão angelical. Eu esqueci que não vivo mais como uma pessoa normal, mas como uma fugitiva. É necessário estar sempre atualizada, mas o jornal sempre diz a mesma coisa.
"Você está acordando cedo em Alexa." Michel se aproximou.
"Sim."
Nos não tínhamos mais assunto para conversar, a tensão corrói todos os pensamentos. Será que meus pais estão bem? Será que SSG irá atrás deles? Minha vida virou possibilidades e eu não consigo desfazê - las. Pego meu notbook e sai de casa sem dizer nada para o Michel. Caminhar sempre me fez bem, colocar as ideias no lugar correto é muito bom. Sento em uma padaria.
"Gostaria de alguma coisa senhorita?" Pergunta o garçom.
"Por favor um café." Depois que comecei a ficar sozinha, comecei a beber muito café, me acalma. Michel ainda esta na casa, segundo as câmeras, e o perímetro está livre. As vezes me pergunto se ele está realmente do meu lado. Ultimamente eu não posso confiar em ninguém. A cidade é muito quieta, mas mesmo assim tenho medo de me acharem. Questiono-me se estou pronta para morrer, se isso seria melhor ou pior. Como não quero entrar em depressão com isso é melhor eu beber meu café e sair daqui.
"Alexa?! Estava procurando você?" Encontro Michel ao cruzar a esquina.
"Eu estou bem."
"Não parece."
"Mas estou!"
"Suas palavras contém sofrimento."
"E desde quando você me conhece Michel. Você nem sabe do que eu sou capaz."
"Eu sei."
Virei as costas para ele e sai, eu não tenho nada para esconder, ou melhor, minha família. Vejo um telefone público e disco o número de casa.
"Oi mãe."
"Filha! Você está bem? Você não deu mais notícias."
"Eu estou bem. Só liguei para você e o papai saberem que estou viva. Tenho que ir." E desligo sem esperar resposta.
Chegar até em casa foi fácil, o difícil é conseguir olhar para o Michel.
"Diga que me odeia! Ou melhor mate - me." Michel estava na porta me esperando. Passei reto por ele, mas ele segurou meu braço. "Pare de fazer isso comigo Alexa."
"Não estou fazendo nada. Isso é respeito pela sua mulher."
"Mas eu não a amo."
"Isso não é problema meu."
"Pare de ser tão fria, você nunca demonstrou sentimento por mim."
"Melhor assim!"
"Melhor? Eu só que ouvir você dizer..."
"Você não vai escutar." Ele soltou meu braço e saiu da casa.
Fiquei observando para onde estava indo, acho melhor eu segui - lo. Entro no carro e saiu atrás dele. Realmente, ele anda bem rápido, mas não faço ideia de onde ele está indo. Faz uma hora que estou dirigindo e até agora nada. Ele para o carro e desce com uma arma na mão.
"Você encontrou ela?" Diz um desconhecido a ele.
"Não."
O homem sai e Michel fica imóvel por alguns segundos. Ele entra na mata e eu começo a segui - lo.
"Michel." Sussurrei.
Ele não fala nada, mas se aproxima e me abraça. "Está sendo difícil para mim também."
"Eu sei."
"Você está com colete?" Michel sussurra no meu ouvido.
"Sim."
"Então se prepara." Ouço tiros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SSG
AcakSonhar é a melhor coisa. Ter alguém para confiar é algo extraordinário. Descobrir mistérios e fazer parte de um, não é fácil. Para quem batalha: NADA É IMPOSSÍVEL.