ligadas por um

meu mundo

Eduarda.

Pela pouca conversa que tivemos, entendi que os pais de Julia estavam na fazenda em brasilia e por isso atrazaram para ver o jogo da filha. A mãe de Julia é so um oouco mais reservada porem mesmo assim foi um amor comigo. Descobri hoje que tenho o melhor sogro do mundo e muito carismatico. Me dei bem com ele, mais tarde concerteza bateriamos bastante papo. E laura não preciso dizer muito, eu ja a conheço a anos, nao mudou muito. Bernardo ainda não tive a oportunidade de conhecer mas pelas historia deve ser um garoto legal. Ele estava viajando com o time de base e por isso não estava presente hoje conosco. Neste momento eu estava dirigindo o carro de Julia até a casa dos pais dela aqui em BH, pela hora provavelmente dormiriamos lá mas minha namorada disse para eu não me preocupar pois eles eram tranquilos...mesmo sabendo disso ainda tenho receio, nao devo mentir, mas tudo oque eu pensava neste momento era o bem estar da minha namorada. Ainda não sabiamos a causa do desmaio, a enfermeira nos informou que foi um almento de pressao mas somente com os exames poderiam afirmar com certeza.

Eu estava com uma mão no volante e outra cruzada com os dedos nos da minha mulher no banco do carona, ela estava com a cabeça apoioada no vidro e sabia que nao estava dormindo, apesar do silencio, somente pelo carinho de seus dedos na minha pele.

-porque me pediu desculpas?

A pega desprevinida, que olha pra mim quase num susto, processa a pergunta e como se estivesse desconfortável volta o olhar até a rua.

-eu...me senti impotente. Na hora em que perdemos o segundo set, eu entrei numa bolha eu...nao sei eu fiquei totalmente me sentindo...errada, sabe? Não sei...explicar ao certo.

Paramos em um sinal de transito e viro meu rosto pro dela. Tentando tranmitir somente em um olhar tudo aquilo oque sou pessima pra falar, mas vale a apena reforçar a ela que:

-você não é oque você pensa por minutos mas sim oque transmite na sua vida todos os dias, e você meu amor...você é mais que potente, você é mais que certa e você é maior que essa bolha que te limita a fazer oque você ama, que é jogar volêi. Se você não fosse isso, nao seria a camisa 8 do maior time do Brasil.

A buzina do carro de traz atrapalha nosso momento mas me sinto stisfeita em dizer essas coisas a ela, porque é tudo oque pensei ao olhar pra ela e entender totalemente oque sente.

- você acabou de admitir que o meu time é o maior do brasil, percebeu isso né!?

Diz ela só pra me provocar e devolvendo retiro minha mão da sua colocando as duas mo volante. Ela começa a gargalhar e tenta reconciliar a frase aprtando minha coxa e rindo proximo do meu rosto. Nao posso me distrair, nao posso me diatrair, nao posso.

-chegamos, Julia.

Olho pro lado e automaticamente deixando nossos rostos bem proximos. Ela estava olhando fizamente pra minha boca. Filha da puta. Me deixa todos esses dias sem poder encostar nela e agora me vem com essa tortura.

-julia.

-hum
Faz um olhar triangular. Filha da puta.

-chegamos.

-eu sei.

Ela se aproxima ainda mais quase nos beijando quando ouço o barulho do destravamento da porta e ela se afasta rapidamente.

-por isso eu abri a porta.

E pisca pra mim.
Filha da puta.

Julia.

Eu estava exausta. Eu não sei. Nao sinto nada. Na verdade acho que estou confusa. Nao sei. Talvez so precisa de um banho ou um tempo sozinha pois ate agora nao tive isso. Amanha nao teria nada a ser feito, tive uma dispensa para cuidar da minha saude e ir ate o hospital fazer os exames, mas sendo bem sincera, isso era a última coisa que eu queria fazer.

Eu estava na cozinha com minha mãe que estava preparando uma sopa pra mim que diz ela "é a sopa que cura tudo"
E minha namorada e meu pai estavam na sala conversando sobre futebol, estranhamente eles se deram super bem, acho que tudo isso foi certo, tudo no momento certo e na hora certa, por mais que parecesse errado.

-mas emfim minha filha...eu estou tão orgulhosa, de voce de tudo oque voce e seus irmão construiram...olha so pra você forte, titular....e ainda por cima com um mulhera-

-mãe!

E ela gargalha.

-mas em- me chama atencão em um susurro alto-ela parece ser boa de, ce sabe

- tchau mãe depois dessa vou pro banho, deixa a sopa na geladeira depois eu como.

Dou um beijo em sua cabeça e saio. Oque foi isso que acabou de acontecer?

                   .           .         .         .

-eu não respirei.

Soltei a frase do nada enquanto estava conversando com a carioca deitada com a cabeça em seu colo ja que ela estava sentada com as costas na cabiceira para me fazer massagem.

-oque?

Responde obviamente confusa.

-naquela hora. Eu não respirei.

Ainda meio confusa, mas se esforçando pra me entender.

-e voce sabe o porque?

-sei.

-me diz, quero te ouvir.

-eu...me isolei. Eu por instantes vendo tudo oque eu contrui poder perder em minhas maõs por teimosia minha e-eu...não queria viver. Nao queria viver aquele momento sabe. Iria deixar todas do time tão decepcionadas comigo e até eu mesma. Eu sei que voce disse tudo aquilo, eu entendi mas. Eu queri parar de senti isso frequentemente, a sensação de nao querer viver um momento. Como eu não vou viver o moemnto da coisa que eu...mais amo fazer? Me diz? Eu não sei oque é. Talvez eu esteja doente ou...seila.

Um silencio horrivel se fez presente, agora eu me sentei e estavamos olhando umas de frente pra outra. E eu sabi oque ela estava pensando. Em como dizer qualquer coisa que não conseguisse tranmitir por gestos, ja que é pessima com palavras.

-frequentemente?

Balanço a cabeça em concordancia.

-sabe porque fechamos os olhos quando não queremos ver alguma coisa?

-não.

-porque a ilusão que criamos na nossa cabeça ao ver o escuro e pensar no que seria melhor na nossa realidade é melhor do que se decepcionar com oque vemos no mundo.

-então porque eu só penso no erro?

Pergunto meio sem paciencia e confusa pela analogio sem semtido.

-porque você ta com medo de abrir os olhos e enxergar que a realidade em que você só erra é a realidade que você mesma criou achando que isso ia te fazer melhor...mas agora você sabe que não. Ela te limita. E não te deixa respirar.-desde quando Maria Eduarra estava tão sabia assim?-promete pra mim que vai enxergar o mundo pra poder viver?

Como eu amo essa mulher.

-prometo.

A abraço, forte e apertado.
Por um bom tempo. E ela não recusa pois o toque fisico é a lomguagem que a define. A linguagem que nos define. Como eu amo essa mulher.

-eu te amo, Julia.

Como se lesse a minha mente, susurra em meu ouvido.

-eu te amo, Maria Edaurda.

Puxo fortemente o ar me permitindo respirar e abro os olhos. Sinto o cheiro de chocolate forte invadindo minhas narinas. Afasto meu rosto de seu pescoço e coloco minha testa na sua.
Enxergando o mundo.

-sabe oque eu vejo agora?

Pergunto a ela.

-oque? Me diga.

Deixo um silencio confortavel entre nós, ponho minhas mão em sua bochecha a acariciando.

-o meu mundo.

E assim dormimos juntas, abraçadas e felizes sem se preocupar com oque tinha por vir.