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Sou a outra...
Aquela que ninguém sabe da existência.
Aquela que você usa sem ninguém saber.
Aquela que espera por sua vinda ansiosa.
Sou a outra...
Aquela que não tem forças para te mandar embora.
Aquela que para os outros é uma vadia destruidora de lares.
Talvez eu seja, talvez seja tudo o que dizem.
Mesmo sem souberem que sou apenas mais uma no grupo. Ninguém se preocupa com a outra, não deveria. Afinal, a outra não é ninguém.
Mas, estou aqui. Te amando, te desejando. Torcendo para você chegar, me jogar na cama e me amar.
Não! Você não me ama.
Você me usa.
Beija minha testa e diz : Até mais querida.
Fico sorrindo observando você vestir sua roupa, sorrindo por que você precisa me ver sorrir, sorrindo porque no exato momento que você sair por aquela porta, as lágrimas escorreram.
Eu sei, a única culpada sou eu. Eu devia parar, eu sei que está me machucando. Mas, não consigo.
Eu o amo! Tanto que chegar a me machucar.
Mas...Eu sou a outra.
Não sou aquela que você leva para sair, não sou aquela que você apresenta com seu sobrenome. Não sou aquela mãe dos teus filhos, não sou aquela que te esperar em casa para jantar. Eu não sou ela, não sou aquela que você beija seus lábios e dormem abraçados.
Você nunca beija meus lábios!
Você quer apenas o meu corpo, eu sei disso. Você diz que me ama, eu finjo que acredito. Por que eu sei que no final é para ela que você vai voltar, afinal, eu sei, você precisa dela. Ela te complementa.
Mas, você é o único que não presta.
Você é aquele que destrói meu coração e no final partirá o dela.
Você não presta, você não liga para minhas lágrimas e nem para as futuras dela. Para você apenas saciar o seu desejo carnal serve.
