Victória Pov's
Uma carta de meus pais verdadeiros, fito a mesma sem saber se abro ou não. O medo de saber o verdadeiro motivo daquilo me corroe por dentro, abro aquele lacre lentamente, olho e a letra não é uma das melhores mais consigo ler as primeiras linhas.
" Cara Victória, creio que esteja uma moça linda e formada, e recebeste a carta pelos Rascall.
Mas venho contar-lhe o por que de deixá-la nos cuidados dos dois. Acompanhei seus passos, vendo se era o casal que pudesse cuidar de você, percebi que essa seria sua família, lhe daria o amor e o devido carinho. E sei que também se pergunta porque eu não cuidei.
Eu seu pai não iria conseguir, o mal que tenho dentro de mim fez com que procurasse uma família nova para você, sua mãe nunca a quis, mais eu queria uma herdeira.
Não se culpe pelos meus atos horrendos, você um dia entenderá o motivo. Aposto que quando você ler eu vou estar bem longe ou até mesmo morto, mais quero que siga meus passos. E não tenha medo nunca.Tom Marvolo Riddle.
Lendo aquilo tive a certeza de que eu deveria ficar aqui e não seguir seus passos, como eu poderia ser uma coisa horrenda e fazer maldades. Sai do quarto indo a sala onde meus pais estavam.
- O que houve querida? - Ela abraçou-me.
- Eu não quero fazer parte do que aquele homem faz. - Lágrimas já escorriam pelo meu rosto.
- Do que você está falando meu amor. - Entreguei-lhe a carta. Ela leu atentamente. - Oh, minha querida você não vai... se tornar... isso.
- Eu não quero, não quero. - A abracei mais forte.
- Tudo bem filha, vamos subir, você tem que descansar já é tarde. - Os dois levantaram-se levando-me ao quarto.
Deitei na cama, as lágrimas já haviam cessado, mais aqueles pensamentos ainda estavam em minha mente. Fiquei olhando para o teto pensando em o quê eu me tornaria se tivesse ficado com ele. Pensamentos que aos poucos estavam me atordoando. Algo na janela assustou-me, olhei e vi um gato, senti um alívio grande ao vê-lo.
- Que susto gatinho.- Sussurrei com um sorriso em seguida.
***
Acordei ouvindo o despertador, bati nele desligando, continuei deitada. Olhei para a mesinha e a carta ainda estava lá, à fitei ainda lembrando da noite passada. Levantei indo ao banheiro, fiz minhas higienes matinais. Fui para o andar debaixo, onde vi meus pais e um senhor muito estranho.
- Bom dia. - Falei ainda descendo as escadas.
- Bom dia querida. - O rosto de minha mãe não era um dos melhores.
- O que está acontecendo aqui? - Parei ao lado dela.
- Filha! Sente aqui. - ele pegou em meus ombros e me pôs no sofá. - Esse senhor... - Ele foi interrompido pelo mesmo.
- Eu me chamo Alvo Dumbledore, sou diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
- Hum, e onde eu entro nessa história?
- Creio que já sabe que é uma bruxa.
- Sim, é algo que eu não queria ser.